Os Civis No Dia D e depois do Dia D!
Quando as primeiras ondas de paraquedistas saltaram sobre a Normandia na madrugada do dia 05 para o dia 06 de junho de 1944 é evidente que os moradores daquela região imaginam que os dias que julgo nazista estava chegando ao fim, e que o sofrimento e as perseguições que a França estava passando desde 1940 se transformavam em esperança de um país livre e independente novamente.
Embora a primeira impressão tenha sido de libertação, o sentimento começa a se desfazer quando as primeiras bombas caem sobre a população civil, e esse talvez tenha sido o maior preço pago pela França. Em todos os momentos da invasão Aliada e nas operações que sucederam ao Dia D, estava no fogo cruzado uma população inteira de franceses que perderam tudo, exceto a vida. Diferentemente dos italianos que, nos combates em suas cidades, refugiavam-se nas montanhas em busca de proteção, os franceses permaneciam em suas casas. Não foram poucos os casos de soldados ao invadirem casas, encontrarem famílias inteiras refugiadas em regiões de intensos combates. Enquanto as operações aconteciam, o número de baixas aumentava entre os civis aumentava e, posteriormente o que se observa era a total precariedade da população que necessitou dos Exércitos Aliados para conseguirem se alimentar e terem uma estrutura mínima de subsistência por um longo período.
O grande diferencial da Segunda Guerra que afasta ela de suas antecessoras é que a Segunda Guerra teve consequências calamitosas para a população civil nunca antes registradas, e passou a contabilizar a triste estatística de baixas mais numerosos de Grande Guerra.