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Pirâmide Humana – Batalhão da Polícia do Exército de Brasília
Detentora de dois recordes mundiais, a Pirâmide Humana do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, é uma das atividades do Batalhão que demonstram disciplina e arrojo. Esta tradição foi iniciada em década de 1960, pelo então Oficiail R/2 Tenente Arantes, e ainda hoje é motivo de orgulho para seus integrantes que bravamente se dispõem sobre uma moto carinhosamente batizada de “Mulher Maravilha”.
Observem um pequeno exemplo desta atividade do Soldado PE de Brasília.
AO PRIMEIRO COMANDANTE! FELIZ DIA DO SOLDADO!
Lembrai-vos dos vossos Soldados!
Ser soldado para alguns desavisados e de conhecimento insípido, se reduz apenas a receber e executar ordens como se robozinhos fossem. Ser soldado para outros tantos é apenas um elemento acéfalo que mecanicamente responde a ordens de seus superiores. Ser soldado para aqueles que, ideologicamente sentem ódio pelo seu próprio Exército, são homens vis, que matam e torturam.
Mas será essa a verdade que representa ser um SOLDADO?
Soldado, antes de tudo, tem na sua essência o antigo guerreiro, aquele que morre por sua terra para proteger sua família. O conceito de soldado vai muito além de ideias simplistas e equivocadas. Ser soldado é viver em função de sua pátria, por seu País. A vida de um soldado e sua alma repousam na farda que ele enverga. Essa segunda pele que representa tudo que ele acredita e por ela entrega a vida. Ser soldado é ter honra! Ser um disciplinado e privar-se para salvaguarda da coletividade. É ser vigilante enquanto outros dormem em berço esplêndido! Ser soldado é entregar tudo, sem nada esperar em troca! Enfim, ser soldado, é aceitar perder a vida nos campos de batalha, a viver uma existência na escuridão da covardia!
Neste Dia do Soldado, neste esquecido Dia do Soldado! Apresento-lhes um dos maiores soldados que esse País já teve. Um jovem Tenente Temporário que o Brasil e seu Exército insistem em não reconhecê-lo.
José Sabino Maciel Monteiro, natural de Porto Alegre, Rio Grande Sul, nascido em 20 de janeiro de 1917, cursou o primeiro ano do Curso de Cavalaria do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Paraná (CPOR/PR), onde foi matriculado em 20 de abril de 1934, cursando o segundo e o terceiro ano do Curso no CPOR/Rio de Janeiro, onde foi declarado Aspirante a Oficial em 1936. Em 1942, já como comandante de fração do 2º Regimento de Cavalaria, se destacou durante a realização de uma apresentação de Pista de Combate e o General de Divisão Mascarenhas de Morais, Comandante de Força Expedicionária Brasileira, convidou o jovem Tenente para servir na 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária. A designação para a função foi publicado no Diário Oficial em 08 de maio de 1944. Participando do 3º Escalão da Força Expedicionária Brasileira.
Não demorou muito para que o Tenente Sabino tivesse seus méritos reconhecidos. Foi convidado a assumir o comando do Military Police Platoon, a primeira fração de Polícia do Exército do Brasil. O Tenente Sabino tinha a perfeita noção da responsabilidade, isso explica sua dedicação devocional no cumprimento as missões do Pelotão de Polícia. Tanto que foi promovido a Capitão nos campos de Batalha. A documentação que embasa esse espírito, refletindo a quantidade de elogios que foram direcionados a este militar. Os elogios partiram de todos os escalões de comando, destacando-se a referências elogiosas do Chefe do Serviço de Polícia, órgão a qual o Pelotão/Companhia estava subordinado, junta-se os elogios do Comandante da Divisão, General Mascarenhas de Morais. Das referências elogiosas e citações, uma em especial chama a atenção, o elogio pessoal do Major General do Exército americano Willis D. Crittemberger, comandante do IV Corpo, sobre as ações ofensivas. Uma referência elogiosa pessoal para um Oficial comandante de uma Companhia não era comum no contexto das operações de um Corpo de Exército. Segue resumo das citações elogiosas:
“[…] Tenho a honra de louvar o Capitão José Sabino Maciel Monteiro, pelo muito que fez na esfera de suas atribuições, para que a Divisão alcançasse o alto conceito em que se firmou no Teatro de Operações da Itália[…]” Continua “…Recebendo cada nova missão entusiasticamente e cumprindo-a com eficiência, é um resultado de que se podem justamente orgulhar os oficiais e praças da 1ª DIE”.- Elogio registrados nas alterações do Capitão Sabino em 16 de junho de 1945.
A referência cita ainda “a atuação da Divisão no Vale do Serchio, vencendo o antigo inimigo e tomando suas posições; a rocada para o Vale do Reno e a sua entrada em posição; a participação nas operações da Ofensiva da Primavera, com contínuos avanços sob intenso fogo de artilharia e morteiros inimigos, as constantes substituições sempre excelentemente executadas, a arrancada agressiva para noroeste contra forte resistência inimiga, conquistando Zocca, Collechio, Fornovo e obrigando a rendição da 148º Divisão Alemã e a da Divisão italiana; refletem a capacidade a eficiência e o espírito combativo de sua tropa”.
Durante o período de atuação na Itália, sete elogios forma realizados pelo General João Batista Mascarenhas de Morais, Coronel Armando de Morais Ancora e pelos diferentes Chefes de Polícia que se reversavam na atividade, todos identicamente ricos ao ressaltar as virtudes militares do Capitão Sabino.
Recebeu as seguintes condecorações: Cruz de Combate, Medalha de Campanha, Medalha Mascarenhas de Morais, Medalha do Mérito Militar, Bronze Star (EUA), Medalha Croce al Valor Militare (Itália). Dentre as várias condecorações de campanha, versa a Bronze Star, uma das mais altas honrarias americanas. Na citação que lhe concedeu a Medalha lê-se:
“[…]Como Oficial Comandante de Polícia do Exército,[…] demostrou grande habilidade como organizador[…], trefegando constantemente pelas rodovias sob bombardeio inimigos, checando a execução das missões e restaurando a ordem em lugares que foram destruídos pelo fogo inimigo[…]”
Ainda na citação se lê: “[…] conduziu com grande inteligência os Planos de Evacuação e Custódia dos prisioneiros alemães”. E que “sua conduta foi de acordo com as mais altas tradições das Forças Aliadas”.
De retorno ao Brasil, durante o período de desmobilização da FEB, o Capitão Sabino, permaneceu no Comando da 1ª Companhia de Polícia Militar por mais 116 dias, passando o comando em 15 de dezembro de 1945. Isto o tornou o primeiro Oficial de Polícia Militar do Exército Brasileiro. Ressaltando que a Companhia de Polícia Militar da 1ª DIE não foi desmobilizada e passou a ser 1ª Companhia de Polícia Militar da 1ª Região Militar e que, posteriormente, por força do Decreto nº 23.466, de 06 de Agosto de 1947, tem sua designação alterada para 1ª Companhia de Polícia do Exército. E, por último, é transformada, através da Portaria Reservada nº 121-99 de 24 de dezembro de 1951, no 1º Batalhão de Polícia do Exército.
Depois? Ah! Depois! Infelizmente ele morreu sem o devido reconhecimento de seu Exército. Morreu e sua primazia na criação da Polícia do Exército do Brasil passou para escuridão histórica!
Mas ele foi um grande Soldado! E isso ninguém pode mudar! Daqueles Oficiais R/2 que seus soldados o seguem instintivamente! Daqueles que os subordinados entram na linha de frente não por ser ordem de um superior, mas por ser ele! O Comandante! Que seus homens dariam a vida para protege-lo. Isso é ser soldado! Morrer por quem vale a pena! É um Oficial R/2 SIM! E um dos melhores que esse Exército de Caxias já produziu!
Muito Prazer em Conhecer Comandante!! Feliz Dia do Soldado!
UMA VEZ PE, SEMPRE PE!
07 de Setembro, o Que Representa?
Uma criança aparentando cerca de 4 anos olha para um soldado. Fica quase estático a sua frente…Quase como um soldado profissional levanta a mão direita e lhe presta continência! Será um filho de um militar? O garoto se volta para a mãe. Fala-lhe algo. A mãe volta quase com os olhos cheio de lágrimas e conversa com o soldado. É perceptível a emoção da mãe. A medida que a mãe fala, o soldado vai mudando de aparência…Antes sorridente, agora com uma triste aparência, quase com os olhos lacrimejados…A mãe chama novamente o filho. O garotinho se posiciona ao lado do soldado, este tira o capacete e coloca no garoto. Numa posição quase marcial ele pede para a mãe tirar-lhe uma foto! Quando acaba o soldado abraça o garoto e se controla para não chorar. O garoto abraça-o como se abraça um pai…Um herói…E naquele segundo o soldado era tudo isso. Eles se despendem…pega na mão da mãe e vão embora. Ela agradece acenando com a cabeça e desaparecem na multidão do 07 de setembro. O soldado não suporta e se afasta chorando! Esse soldado não era um soldado da ativa! Era um VETERANO DA POLÍCIA DO EXÉRCITO, do 4º Batalhão de Polícia do Exército, do Grupamento Histórico Aspirante Francisco Mega e estava aguardando para desfilar depois de mais de 20 anos. E passou no palanque RACHANDO O ASFALTO AO MEIO, cravando seu coturno e lembrando o porquê dele está ali! O garoto? Um filho de um Policial Militar morto em ação!
Só isso, valeu a pena todo o esforço para o nosso desfile do Grupamento Histórico Aspirante Francisco Mega! Só isso, nos renova e nos fortalece para continuar uma missão que muitos podem achar sem sentido, mas que para aqueles que vivenciam são inesquecíveis e incompensável.
A TODOS ENVOLVIDOS DIRETA OU INDIRETAMENTE NESTE PROJETO, NOSSO MUITO OBRIGADO!!
Fotografias da Polícia do Exército na FEB
Mais uma contribuição enviada pelo pesquisador Rigoberto Souza para o BLOG. As fotografias da MP brasileira em ação na Força Expedicionária Brasileira.
A fonte é do livro do amigo Giovanni Sulla “Gli eroi venuti dal Brasile”.
As Baixas da Polícia do Exército na FEB
Bem, não é de hoje que buscamos pesquisar sobre a origem da Polícia do Exército e sua formação no Brasil. O pesquisador Rigoberto Souza enviou informações importantes que nos levam mais uma vez a refletir sobre o importante papel da MP (Miltary Police) brasileira, futura Polícia do Exército, no Teatro de Operações da Itália. Não por acaso, a postura e a coragem desses soldados iniciaram a tradição que perpetuou a estigma máxima do soldado da Polícia do Exército ser um militar diferenciado. Já na sua estruturação encontramos um militar preparado para desempenhar suas inúmeras funções. Segue abaixo descrição do soldado PE realizada no livro A FEB por um Soldado de Joaquim Xavier. A narrativa expõe a morte de um soldado MP abatido por soldado americano embriagado.
“Quem foi motorista na FEB não esquece a figura dos MP (Military Police, nome inicialmente dado ao Policial do Exército durante os combates na Itália) postados em uma encruzilhada ou na cabeceira de alguma ponte, dando as informações precisas, mandando aguardar ou avançar. Os membros do Pelotão frente de combate ou na retaguarda, com a missão de orientar o tráfego de veículos em comboios, carros de combate e deslocamento de tropas a pé. Essas missões obrigavam a permanecer em seus postos, e muitas vezes sob forte bombardeio inimigo. O Pelotão de Polícia teve algumas baixas, uma delas extremamente dolorosa: um soldado da MP, em serviço na Ponte Veturinna, no dia 10 de fevereiro de 1945, deu voz de prisão a um elemento da tropa aliada, em estado de embriaguez, que não queria obedecer sua instrução. Foi abatido a tiros por esse militar embriagado, que, preso logo em seguida, foi entregue à sua unidade de origem. Esse militar respondeu à Corte Marcial e foi fuzilado. O fato causou constrangimento , mas também surpresa, pela rapidez com que o comando aliado julgou e condenou o responsável à pena máxima, sem apelação ou qualquer mercê.”
Abaixo vamos encontrar a fotografia e as informações sobre o Soldado CLOVIS ROSA DA SILVA, Natural do Estado de São Paulo, Morto quando fazia o Policiamento na Ponte Veturinna na Itália . Também encontramos informações sobre uma segunda baixa, esta em uma acidente de veículo que vitimou outro soldado PE.
Essas informações são extremamente importantes para que possamos trazer à luz a memória daqueles que se sacrificaram no cumprimento do dever.
- PE Clóvis Rosa da Silva
- Paulo Emídio Pereira
A Todos os Veteranos da Polícia do Exército do Brasil
A velha e boa máxima bíblica de que para tudo há seu tempo em baixo dos céus e da terra é uma perfeita analogia para nós, veteranos da Polícia do Exército. Fruto de um trabalho intenso que vem se desenvolvendo desde o ano passado, e que culminou com o I Encontro Nacional dos Lideres de Grupos e Associações de Veteranos da Polícia do Exército na bela Curitiba e, como resultado das deliberações dos lideres presentes, foi concebida a Carta das Araucárias, que constitui o primeiro documento em caráter nacional do Veterano PE, e que servirá de guia para essa nova trajetória que se inicia. Que trajetória? A formação do Conselho Nacional dos Veteranos da Polícia do Exército.
O Conselho Nacional conta com representantes do Sul, Sudeste, Nordeste e do Distrito Federal, todos centrando esforços em projetos nacionais que possam integrar e fomentar o crescimento de nossas associações espalhadas pelo Brasil; objetivando nada mais, nada menos, do que a valorização do Veterano da Polícia do Exército. O Conselho funcionará voltado para resultados práticos, recebendo projetos e analisando suas aplicações nas regionais; viabilizando e divulgando ações abrangentes e se relacionando com as instituições ligadas aos nossos grupos e associações, dentre elas as OMPE de todo o país.
Nosso sentimento é que essa nova fase na vida de nossas representações possa ter resultados práticos em curto prazo, tendo em vista que já há demandas que urgem decisões do Conselho, tais como, a formatação de um Calendário Nacional, buscando oportunamente disseminar e prestigiar os encontros regionais e o Encontro Nacional, sempre em sedes diferentes. Também a criação de um Cadastro Nacional de Veteranos, dando condições para que o Veterano PE seja um elemento federalizado, ou seja, ser reconhecido em qualquer Estado que estiver residindo ou transitando. Esses são projetos que constam em nossa pauta e que serão implementados com o mesmo padrão PE que estamos acostumados.
Ciente das dificuldades e das condições adversas que podem surgir, mas complemente imbuídos da missão que se apresenta, todos os membros do Conselho estão irmanados para proporcionar aos veteranos das regionais, as condições necessárias para se orgulharem de serem parte integrante de um movimento de homens bons, dignos dos valores que são simbolizados no Braçal da Polícia do Exército que, mesmo não o ostentando mais, permanece perpetuado em seus corações as marcas dos seus valores.
Francisco Miranda
Membro do CONAVEPE
UMA VEZ PE, SEMPRE PE!
Policiais do Exército: Quem São Vocês?
Somos oriundos dos MP’s da Força Expedicionária Brasileira, nascidos para atuar no Teatro de Operações da Itália, com missões específicas para escoltar, proteger e realizar o policiamento em áreas de conflito, das muitas missões que os nossos pioneiros Policiais do Exército exerceram, estavam os severos bombardeios da artilharia inimiga durante os deslocamentos de comboios, enquanto o antigo PE realizava o balizamento.
Somos oriundos desses valorosos febianos que iniciaram a tradição do Braçal PE, mesmo inscrito MP, já denotavam que se tratava de uma tropa cujo os valores e a postura não deveria ser melhor, nem pior do que ninguém, deveria ser diferente.
A guerra acabou na Itália, mas a experiência brasileira com esta tropa especial foi sentida. Fato percebido por um dos grandes generais desse nosso Exército, Comandante da Infantaria Divisionária, General Zenóbio da Costa, o mesmo que tomou Monte Castelo, Colleccio, Fornovo e Montese. Percebeu a necessidade de se formar uma Tropa de Elite de Polícia do Exército em tempos de paz. Em 1946, nasce a 1ª Companhia de Polícia do Exército – Rio de Janeiro. Logo novos pelotões, companhias e Batalhões surgiram, haja vista a utilização destas tropas em operações da garantia da Lei e da Ordem. Além do Rio de Janeiro, em 1949 São Paulo, 1950 Pernambuco e Rio Grande do Sul e Brasília em 1960, estavam lançados à formação dos cinco Batalhões de Polícia do Exército do Brasil, encerrando este ciclo com a criação 8º BPE em Paraíso, São Paulo.
No decorrer destas décadas os integrantes destas Unidades de Polícia do Exército foram sendo recrutados de Estados como Santa Catarina e Paraná, dando origem a uma tradição “os lendários catarinas”, por seu porte físico e extrema disciplina. Esses efetivos percussores dos nossos Batalhões, continuaram a tradição de disciplina, postura, respeito, honra, dignidade e principalmente amor pelo Braçal PE e tudo que ele representa para o Brasil.
A Polícia do Exército se mantém firme nas suas convicções e na sua importância para manter os Poderes Constituídos da Nação brasileira sob qualquer circunstância.
Seus Veteranos, brasileiros que adquiriram e foram forjados nos valores da Polícia do Exército durante anos, estão, agora, se reunindo em um grande movimento nacional, associações de Brasília, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão se alinhando para traçar objetivos nacionais. O Brasil precisa disto, de pessoas valorosas para disseminar ações de resgate do amor pelo nosso país; ações práticas que visem engrandecer o Brasil.
Isso nos anima, pois é uma contraposição de uma sociedade que se organiza para mostrar aos parasitas que ainda há cidadãos brasileiros, munidos de valores pátrios e prontos para lutarem pela bandeira verde-amarela.
ENCONTRO NACIONAL DOS VETERANOS DA POLÍCIA DO EXÉRCITO
ENVEPEx
RECIFE/2013
ONDE?
4º BATALHÃO DE POLÍCIA DO EXÉRCITO
(PERNAMBUCO)
QUANDO?
20 a 22 de Setembro de 2013
INSCRIÇÕES A PARTIR DE 30 DE ABRIL DE 2013.
VETERANO PE – AGUARDE!