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Uma Luz na Escuridão Histórica: Gastão Coimbra e o Seu Maravilhoso “Homens da Pátria”
O professor e historiador Roney Cytrynowicz escreveu um artigo que dizia o seguinte sobre o envolvimento do Brasil na Segunda Guerra Mundial:
O lugar da Segunda Guerra Mundial na história e na memória coletiva da população do São Paulo, e do Brasil [grifo nosso], tem sido, no entanto, marcado muito mais pela ausência do que por uma presença efetiva e consistente. A guerra, episódio central da História do século 20, não está presente na memória da cidade de São Paulo; ela não é celebrada coletivamente, não é lembrada. Os soldados que lutaram e os mortos não são referenciados a não ser por pequenos grupos diretamente ligados a eles.
Infelizmente uma verdade gritante que se agrega a característica do Brasil em ser um País sem memória. Mas, sempre haverá ações que possam ir de encontro a essa nociva cultura. Essas ações, não raras vezes, são protagonizadas por pessoas que, distantes dos financiamentos públicos e de suas estatais, têm que vivenciar sacrifícios pessoais para ter sua obra sendo exibida.
Gestão Coimbra conseguiu formar um bastião de resistência para levar ao público uma obra cinematográfica que retrate o sacrifício de jovens, que deixaram suas famílias e sua terra, para obedecer ao chamado patriótico de uma nação em guerra. O longa-metragem HOMENS DA PÁTRIA é muito mais do que um filme, é um projeto que traz ao público histórias marcantes e reais de pessoas humildes que estivem à serviço do Brasil e lá deixaram suas vidas ou grande parte de sua juventude; histórias reais vivenciados por brasileiros que, infelizmente, são estigmatizados pelo ideologismo governamental que vira as costas para a importância histórica dos mais de 25 mil brasileiros que lutaram na Itália e a memória de quase 500 mortos.
Apesar dos sacrifícios para concepção do projeto, é facilmente perceptível a fidelidade histórica do filme de 90 minutos, possibilitando uma vivência com os fatos narrados, ou seja, será uma aula de história e o reconhecimento da Força Expedicionária Brasileira na formação de uma política de regaste do nosso passado recente.
Esses são alguns motivos para que TODOS possam apreciar e convidar outras pessoas, principalmente àqueles que acham que o Brasil pulou de 1939 para 1945.
O Todos os envolvidos nosso muito obrigado!
Os Cem Melhores Filmes de Guerra da História – Completando
A lista dos CEM MELHORES FILMES DE GUERRA é uma lista que não está em ordem, tendo em vista que cada um pode colocar segundo o que entender “Melhor”. Recebi dezenas de emails, pedindo para incluir um ou outro filme, se queixando de não aparecer na lista dos primeiros uma dezena de outros. Enfim, Lista é Lista! Cada um tem a sua! O BLOG apenas relacionou 100 filmes que o autor entendeu serem imprescindíveis para quem é estudioso ou aficionado pelo assunto tem por obrigação de assisitir. Todos são bons? Não, evidente que não! Mas cada deles tem uma visão diferente de algum conflito que atingiu a humanidade em algum período, mesmo que não tenha armas, mortos e feridos, mas suas histórias são frutos de uma guerra. Agora cabe a cada um ordenar de acordo com sua preferência.
MANDE SUA LISTA QUE PUBLICAREMOS COM TODO PRAZER. NÃO PRECISA SER 100, MAS SE QUISEREM ENVIEM: blogchicomiranda@gmail.com.
Recomendamos: filmessegundaguerra.blogspot.com
- Uma Ponte Longe demais
- 9º Pelotão
- Tora! Tota! Tora!
- E o Vento Levou
- Terra de Ninguém
- A conquista da Honra
- Os vitoriosos
- Hamburqer Hill
- Ilusão Perdida
- Asas
- Nasci em 04 de Julho
- O General
- Dr. Fantástico
- Casablanca
- RAN
- Napoleão
- Uma Aventura na África
- Coronel BLIMP – Vida e Morte
- O Grande Ditador
- Alexander Nevsky
- Hiroshima, meu amor
- Ser ou não Ser
- Guerra de Paz
- A Carga da Brigada Ligeira
- Sargento York
- The Cruel Sea
- O Grande Desfile
- Os gritos do Silêncio
- Fugindo do Inferno
- Os doze condenados
- Inferno nº 17
- ZULU
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- O Exército das Sombras
- Capacete de Aço
- Coração Valente
- O Último dos Moicanos
- El Cid
- A Patrulha Perdida
- Afundem o Bismarck
- Três Reis
- Os que sabem morrer
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- Labaredas do Inferno
- Stalingrado
- O homem que nunca existiu
- Ratos do Deserto
- Filhos da Guerra
- Johnny vai a guerra
- Império do Sol
Artigo – A Alemanha Foi Uma Nação Vilã? Parte I
O que podemos pensar de um país que levou o mundo à beira do caos e da destruição? E esteve no centro das atenções do mundo durante todo o século XX, fornecendo subsídios para marcar para sempre a história da humanidade. Quando falamos em Segunda Guerra Mundial a primeira imagem que temos em mente é o nazista Adolf Hitler comandando uma nação inteira em uma voraz e desenfreada série de conquistas por toda a Europa, que tinha como objetivo único e exclusivo a predominância da raça ariana e a escravização dos demais povos, tornando-os apenas instrumento de produção da grande nação germânica, e para tanto, não tinham limites para alcançar tais objetivos. Mas era isso mesmo?
É necessário que a revisão histórica possa isentar a Alemanha e seu povo e, de forma mais justa, permitir uma profunda reflexão sobre as circunstâncias que levaram a Alemanha a adotar o nacional-socialismo e depois revestir Hitler de todos os poderes necessários a campanha expansionista empreendida por ele posteriormente. Importante citar que essa reflexão sobre a Alemanha não é um apologia aos ideais nazistas ou qualquer tipo de salvo-conduto das atitudes de Hitler, muito pelo contrário, a reflexão tem por objetivo a separação de tais ideais defendidos e implementados por Hitler do povo alemão, de forma a não generalizar a Alemanha inteira como uma nação puramente nazista. Claro, não vamos ser inocentes, evidente que houve aceitação das doutrinas ultranacionalistas, mas é exatamente essa aceitação que deve ser objeto de estudo. Uma explicação pertinente é exatamente a dimensão do alcance dos ideais nazistas, que foram muito além das fronteiras germânicas, e alcançaram adeptos pelo mundo inteiro, não apenas nas nações ocupadas, mas em países como Brasil, Argentina, Iugoslávia, Índia e vários outros continentes pelo mundo afora; havia milhares de adeptos da doutrinas de Hitler, tudo isso é mais um indício que as influências do nacional-socialismo, mesmo nascendo na Alemanha, estava impregnada pelo mundo inteiro e, portanto, uma doutrina aceitável para aquele período.
Primeiramente, lembram-se daquela história ensinada nas escolas sobre a Alemanha como a grande precursora da Segunda Guerra e causadora de todo o mal do mundo? Esqueçam! Isso mesmo. É necessário se despir do preconceito imputada por décadas do pós-conflito a Alemanha, e é evidente que o mundo depois da Segunda Guerra Mundial criou a imagem de que os alemães são, por natureza, violentos a malévolos. Por exemplo, uma pequena representação sobre os alemães, bastante comum na Europa nos anos 50 e 60, era a seguinte:
“quando um italiano está só, ele canta, e o faz sempre a gesticular, farta e amplamente; quando há dois italianos, temos um pequeno conjunto musical; quando há três, já temos uma ópera. E quando um inglês está só, ele toma um drinque calado, sem fazer qualquer gesto, quase como se estivesse a dormir; quando há dois ingleses, eles tomam um drinque juntos calados; quando há três, eles fundam um clube, e ali permanecem juntos e calados, a ingerir sua bebida. Quando um alemão está só, ele marcha; quando há dois alemães, temos uma pequena tropa; quando há três, já temos uma guerra”.
Assim percebemos que para o senso comum europeu os italianos estão para a música assim como os ingleses estão para a bebida, bem como os alemães estão para a guerra, e isso evidentemente é compreensível, tendo em vista as duas guerras do século vinte. Mas também é simplista demais. Queremos saber os motivos que levaram a Alemanha a adotar essa postura segundo a perspectiva da Segunda Guerra Mundial.
A Alemanha deve ser analisada a partir do contexto do Tratado de Versalhes, já que esse tratado foi o instrumento usado pelos Aliados da Grande Guerra para garantir que os alemães pudessem ser controlados através da opressão econômica, influência geográfica e monitoramento das forças armadas, tudo isso objetivando futuras pretensões militares de uma Alemanha derrotada e humilhada em 1918, contudo não vamos analisar os motivos da entrada ou derrota alemã na Grande Guerra, tendo em vista que nosso objetivo é estudar a correlação povo alemão e nazismo. Vejamos alguns pontos:
- Alsácia e Lorena, seriam cedidos a França (área 14.522 km², 1.815.000 habitantes, 1905).
- Parte leste da Alta Silésia para a Polônia (área 3.214 km², 965.000 habitantes) apesar do plebiscito ter apontado que 60% população preferia ficar sob domínio da Alemanha.
- As cidades alemãs de Eupen e Malmedy para a Bélgica.
- A região de Soldau da Prússia Oriental a Polônia (área 492 km²).
- Parte setentrional da Prússia Ocidental, Klaipeda, sob o controle francês, depois transferida para a Lituânia
- Na parte oriental da Prússia Ocidental e na parte sul da Prússia Oriental Warmia e Masuria pequenas partes para a Polônia.
- A província de Sarre para o comando da Liga das Nações por 15 anos.
- A cidade de Danzig (hoje Gdansk, Polônia com o delta do Rio Vístula foi transformado na Freie Stadt Danzig (Cidade Livre de Danzing sobre o controle da Liga das Nações (área 1893 km², 408.000 habitantes, 1929)
- Com o tratado o exército Alemanha foi restrito a 100.000 soldados, não sendo permitido tanques ou artilharia pesada. Já a marinha foi restrita a 15.000 marinheiros, com a proibição de submarinos enquanto a esquadra foi limitada a seis navios de guerra (de menos que 10.000 toneladas), seis cruzadores e 12 contratorpedeiros. Já a aeronáutica alemã (Luftwaffe) foi proibida de funcionar.
- Também cede aos franceses o direito de explorar as minas de carvão do Sarre por 15 anos. É proibida ainda de manter a Marinha e a aviação militar, e seu Exército fica limitado a 100 mil homens. Por fim, é forçada a pagar uma indenização de US$ 33 bilhões (calculados em 1921). O Império Austro-Húngaro é desmembrado e surgem Tchecoslováquia, Hungria, Polônia e Iugoslávia.
Essas e outras condições que foram impostas principalmente pelo temor francês de que a Alemanha pudesse empreender uma nova campanha sobre seu território. Se pensarmos em uma pessoa que morou nesse país e passa na década de vinte, sob essas circunstâncias econômicas, evidente que a grande parte da população vivia em extrema pobreza com poucas oportunidades.
Nenhum gabinete formado pelo Presidente Paul von Hindenburg conseguiu conciliar os interesses internacionais sobre a fiscalização alemã e as necessidades produtivas e econômicas para com o povo, o próprio Hindeburgo tinha um política internacional de aproximação com a Liga da Nações. Depois da Quebra da Bolsa de Valores de Nova York em 1929 a situação só piorou, com isso o cenário político e a descrença total em um governo que quebrasse as amarras internacionais, foi o ingrediente mais que propício para a chegada de um partido que teve pouca expressão desde a sua fundação em 1922, e teve um alto índice de rejeição por parte da população, pelo menos até a eleição de 1930, ainda com o povo alemão sofrendo com a crise de 29, mas pelas circunstâncias o partido nazista teve êxito e projetou-se, forçando uma aliança entre o Presidente Hindenburg e o líder eloquente desse partido, chamado Adolf Hitler, nesse momento da história da Alemanha, Hitler assumiu o poder por vias legais. Para a maioria do povo alemão isso foi uma tentativa política desesperada, já que o povo não participou da construção do governo, mas foi um instrumento da consequência de um desdobramento eleitoral a chega de Hitler ao poder.
Mesmo assim, Hitler não fez feio. Os primeiros anos do seu governo foram baseado na reestruturação econômica, como a estatização da indústria de base, o aumento na capacidade produtiva e medidas de congelamento de preços. Todas as mudanças, evidentemente, causaram impactos significativos na vida da população, e Hitler passou a ter bons índices de popularidade, contudo para os economistas, inclusive os atuais, afirmavam que não há um crescimento duradouro com o controle total do Estado sobre os diversos segmentos da indústria e comercio. Os índices econômicos melhoram significativamente, a taxa de desemprego cai vertiginosamente (muito embora o governo de Hitler alterasse a métrica de medição do desemprego), e o governo passa a atuar de forma muito eficiente na propaganda política, que seria a marca registrada do Terceiro Reich. É inegável que o governo nazista inicialmente não tinha nenhum apoio popular real, pelo menos na condução do país, e depois de alguns anos se estabeleceu como um governo do povo. A prova disso foi na morte de Hindenburg em 1934, ele assumiu sem qualquer oposição política ou popular o cargo de Führer do III Reich. É possível que qualquer um que de nós que vivêssemos na Alemanha nesse período aclamasse Hitler como Líder Supremo da Alemanha sem pensar duas vezes.
Em Breve: A Alemanha Foi Uma Nação Vilã? Parte II
O POVO ALEMÃO E O INÍCIO DA SEGUNDA GUERRA
E o Brasil, Como Viu o Dia D?
No Brasil, não houve grande propaganda das operações que estavam sendo realizadas na Normandia, o que se publicou no Brasil foram as notícias vindas das agências internacionais que declaravam que a Invasão à Europa teria começado, contudo a ênfase maior era a libertação de Roma. No dia 07 de Junho as agências de notícias internacionais começam a repassar a dimensão da invasão e com determinar que a nova frente aberta seria o fim do jugo nazista na Europa. Segue abaixo uma série de recortagem do Jornais do Brasil que circularam nos dias 06 e 07 de Junho de 1944. Recomendamos seguir a ordem de cada imagem para o entendimento dos artigos:
- 01
- 02
- 03
- 04
- 05
- 06
- 07
- 08
- 09
- 10
- 11
- 12
A Propaganda Vermelha – Cartazes Russos 1941
Quando a invasão alemã iniciou em 1941, os soldados do exército alemão foram saudados como libertadores nas cidades soviéticas, Hitler teve a grande oportunidade de transformar o sofrimento e o massacre das nações soviéticas em combustível contra o didator Stálin, contudo o exército nazista cometeu atrocidades e deixou um rastro de destruição e morte nas cidades tomadas. Stálin resolve contra-atacar, mas ainda não com tropas, investiu em propaganda, tentou canalizar o ódio, angústia e sofrimento do povo soviético para um inimigo comum, Hitler! Segue abaixo a primeira parte dessa missão de propaganda em massa.
Os Alemães Também Tinham Humor na Guerra!
Quem diria? O Exército alemão também tinha seus minutos de descontração
- A Comida não era das melhores
- Acharam um Guia durante as ações na Belgica
- O da direita entrou em 1939 e o da esquerda em 1945
- Garantindo o Jantar
- Se o cara erra o ponto…
- Versão Nazista do Tarzan!!
- Recruta querendo ver o peso de uma Munição de Artilharia
- Sem Comentários…
No Dia D – Hitler Dorme do Ponto
Logo que o sol nasceu no dia 06, o piloto alemão Adolf Bärwolf recebeu a ordem de decolar da base de Laval para um voo de reconhecimento. Depois de sobrevoar Cean e virar à esquerda no Rio Ornem, ele e seu auxiliar viram centenas de carcaças de planadores inimigos espalhados pelo campo. Bärwolf fotografou a cena e rumou para o mar, onde pôde avistar mais de 50 embarcações. Estava claro que havia chegado o dia da invasão.
Quando o piloto voltou a sua base, eram cerca de 6h, e o desembarque dos Aliados mal começara. Com as informações, as temidas divisões blindadas que estavam posicionadas a oeste das praias da Normandia poderiam agir com rapidez. Os tanques iniciaram o deslocamento por determinação do marechal Gerd von Rundstedt, que pediu autorização para agir. No entanto, o contra-ataque só foi lançado entre as 14h30 e 15h pela 21ª Divisão Panzer da SS. Motivo da demora: somente Hitler, comandante em chefe das Forças Armadas, poderia dar a ordem.
Eram 7h30, Von Rundstedt recebeu a informação de que o Füher dormia. Em seu refúgio em Berghof, nos Alpes bávaros, o ditador nazista havia pegado no sono apenas à 3 horas. Ninguém queria acordá-lo por causa de “relatórios não confirmados” de invasão. Segundo depoimentos, auxiliares só teriam chamado o ditador depois das 10 horas. Outros dão conta de que ele teria levantado sozinho quando já passava do meio-dia. Ao ser informado da magnitude do ataque, Hitler desdenhou: “A notícia não poderia ser melhor. Enquanto estavam na Grã-Bretanha, não poderíamos alcançá-los. Agora estão onde podemos destruí-los”.
O Füher tinha um encontro com diplomatas e políticos da Hungria, Romênia e Bulgária. Ao entrar na sala estava radiante: “Começou, afinal!”. Logo depois, desenrolou um mapa da França e disse ao comandante da Luftwaffe, Hermann Göring: “Eles estão desembarcando exatamente onde esperávamos!”. Göring preferiu não corrigi-lo.
100 Melhores Filmes de Guerra – A Cruz de Ferro – 09
Quem realiza pesquisas, seja ela da segunda guerra ou outro período histórico e vai assitir um filme, passa o tempo inteiro analisando os cuidados que a produção teve com a veracidade dos acontecimentos, e claro, ao final, sempre tem uma ou outra observação a fazer. Por isso, para que possamos abrir nosso leque de produções que apresentem como “pano de fundo” os conflitos que marcaram a humanidade, estou lançando uma série de posts que elencam os 100 melhores filmes de guerra de todos os tempos, claro, estou colocando minha lista, e vou colocá-la propositalmente em ordem aleatória, deixando os 05 melhores colocados para o final da série. Faça a sua Lista ou acompanhe a nossa!
PS. antes que alguém critique o post, lembrem-se, é só uma brincadeira!!
A Cruz de Ferro (Posição 09)
Neste clássico antibelicista, a Segunda Guerra Mundial é mostrada sob os olhos dos alemães. O diretor Sam Peckinpah mostra que os soldados que combateram com o uniforme nazista eram vítimas dos senhores da guerra. O sargento Steiner (Coburn) participa de uma batalha sangrenta contra as tropas russa, na qual morre o bravo tenente Meyer, líder do pelotão. Só que o capitão aristocrata Stransky (Schell) diz que comandou os soldados na luta e reivindica a Cruz de Ferro, medalha concedida por bravura no campo de batalha. Stainer nega-se a corroborar a farsa. Covardemente, o capitão escarra na honra militar e se vinga do sargento.
Sam Peckinpah não se vale de meias palavras ou meias imagens para reconstruir a carnificina da Segunda Guerra Mundial. As cenas, cruéis e violentas, lembram que o sofrimento não foi privilégio dos Aliados. O enredo é universal: enquanto sonham com o poder, uns poucos alimentam o conflito com sangue da ralé. Em A Cruz de Ferro, a ambição é o estopim, a faísca e o combustível da guerra. E a terrível constatação é que mesmos os vencedores terminam vencidos.
Título Original: Cross of Iron
País: Reino Unido / Alemanha
Ano: 1977
Direção: Sam Peckinpah
Elenco: James Coburn, Maximilian Schell, James Mason, David Warner.
Curiosidade: Os soldados russos entoam uma cança iugoslava, pois os atores eram iugoslavos e não conheciam músicas russas. Ninguém da equipe percebeu, e a cena ficou assim.