Você conhece a Batalha da Floresta de Hurtgen? Os Desesperados Defensores!
A região de Hurtgen estava inicialmente sendo defendida pelo 7º Exército do General Erich Brandenberger. No contexto geral as tropas defensoras não tinham noção quais os objetivos dos aliados, mas sabiam da importância das represas do Roer, e do início da implementação da Unternehmen Wacht am Rhein (“Operação Vigília sobre o Reno“), que iria concentrar tropas atrás do Reno.
Graças as características da floresta, já citadas anteriormente, um pequeno força poderia impedir o progresso de um grande contingente, principalmente com o apoio de sua artilharia, já que todos os pontos dominantes, estavam sob o domínio alemão. As vantagens que os americanos tinham de nada valiam na tomada da floresta. O terreno lamacento impedia a progressão motorizada, enquanto que a visibilidade praticamente inutilizava a artilharia.
Mesmo os soldados alemães que defenderam a região, não fossem tropas de primeira linha, basicamente sobreviventes de outras frentes, a proteção de casamatas, a falta de mobilidade blindada do inimigo, assegurou vantagens incomuns sobre os americanos na campanha europeia.
Mais um trecho do livro Soldados Cidadãos – Stephen Ambrose – Bertrand Brasil
Para os alemães, a situação era igualmente terrível. Um comandante alemão, o general Hans Schmidt, 275ª Divisão de Infantaria, chamou a floresta de um lugar “estranho e selvagem”, no qual “os pinheiros escuros e as densas copas dão à floresta, mesmo durante o dia, um aspecto sombrio, capaz de deprimir as pessoas mais sensíveis”. O general Paul Mahlmann, comandante da 353ª Divisão de Infantaria, disse que suas tropas “estavam lutando diariamente, sem repouso, recebendo pouco apoio de sua própria artilharia, com as roupas encharcadas pela chuva e sem a possibilidade de trocá-las”.
Para os soldados americanos, aquilo era uma calamidade. Em sua operação de setembro, a 9ª de Infantaria e a 2ª de Blindados chegaram a perder 80% de seus efetivos na linha de frente e não ganharam quase nada com isso. No dia 9 de outubro, reforçada, fez outra tentativa, mas, pelos meados do mês, tornou a cair em apertos e sofreu terrivelmente. Suas baixas chegaram a perto de 4.500 homens para cada três mil metros de avanço. As perdas alemães eram um pouco menores: cerca de 3 mil.
Curiosidade:
No último dia de outubro, os oficiais da 9ª Divisão emitiram um relatório de cinco páginas, intitulado “Notas sobre Combates em Florestas”. instruía os homens a comprimirem o corpo contra um tronco de árvore quando tiros de barragem começassem, aconselhava jamais se mobilizarem pela floresta sem bússola e que nunca avançassem reforços em meio à batalha ou a uma barragem.
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