A Velha e Boa Alemanha de SEMPRE!
Depois da consagração da Copa do Mundo do Brasil, a imprensa brasileira muito tem alardeado sobre a organização e o planejamento dos alemães e seu metodismo para tornar-se a maior potência futebolística do mundo. Mas, para quem conhece o histórico da Alemanha, não é difícil entender os motivos que levaram a Alemanha a atingir esse nível de planejamento e execução, já que isso faz parte da cultura desse povo. Sempre fez. O mundo sentiu de forma voraz essa cultura de organização e execução calculista na mais trágica das formas. A Alemanha fez sua fama pela vocação belicista. Contudo, não quero falar sobre as duas guerras, daria margem para infindáveis discussões entre adeptos e acusados do rastro de destruição e morte dos regimes que estiveram no poder seja na Alemanha do Kaiser; seja na Alemanha Nazista.
A prova inconteste da magnitude da abnegação alemã surge exatamente quando o povo esteve destroçado, ou seja, no final da Segunda Guerra Mundial. Não há outro exemplo mais contundente de humilhação que uma nação tenha vivenciado com privação ao extremo, nos difíceis meses posteriores a guerra. Cidades completamente destruídas, mortos aos milhões, estupros em massa, foram os ingredientes que acompanharam a chegada das forças estrangeiras a partir de abril de 1945 e por lá permaneceram até 1989.
Não importa os motivos da guerra, as ideologias ou qualquer tipo de juízo de valor sobre seu desfecho causal, o que interessa são os fatos e isso aponta para um povo extraordinário e resistente, e com uma impressionante vocação para se reinventar e se adaptar as mais adversas situações; seja causado por regimes nefastos; seja para reerguer-se da quase aniquilação ou até mesmo para se planejarem para ser o país do futebol.
A inteligência, o trabalho e a extraordinária capacidade do povo alemão são indiscutíveis.
Noutras épocas, os alemães goleavam o Brasil na saúde, educação, segurança, transporte, seriedade e compromisso, progresso científico e tecnológico… , enfim, talvez o único setor em que o segundo teria condições de vencer com soberania os primeiros seria no futebol.
Hoje, os brasileiros continuam deficitários em todos os aspectos de sua estruturação social, e passaram também a ser superados de modo contundente pela Alemanha no âmbito futebolístico.
Cláudio, se compararmos a organização e o desempenho esportivo alemão com o que temos por aqui será outra goleada. Basta observar o quadro geral olímpico de medalhas. O futebol da Alemanha nunca deixou de ser competitivo mesmo quando não possuía grandes jogadores e/ou não conseguia ser campeão, porém, por tudo que envolveu a bordoada de 7 aplicada na última Copa vemos a distância que, com a conhecida firmeza alemã de objetivos, adquiriram em relação ao futebol brasileiro. Como você disse, a superioridade deles na área é contundente nos tempos atuais.
Não vou nem perder tempo conferindo a quantia de Prêmios Nobel dos dois povos… não vale a pena.
Amigo, faz tempo que você não aparece em Floripa ! Me diga, quem foi que te arrumou a camiseta autografada pelo Klinsmann ?
Um abraço.
E aí Renato, tudo bem ? Faz tempo mesmo mas em breve estarei na belíssima Florianópolis. Quem me arrumou a camiseta foi o Guizzardi (o Rodrigo, de São Paulo). Ele conhece o Klinsmann desde a época em que estudou em Berlin.
Fatos bem lembrados naquilo que escreveu e também acho que uma comparação de Prêmios Nobel se torna algo absolutamente desnecessário.
Até mais.