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Fotos que Marcaram o Século XX – AP


Em 1973 a revista brasileira REALIDADE publicou as 73 fotos que marcaram até aquele ano a Associeted Press. A maior agência de notícia americana foi fundada em 1846 por um grupo de jornais e posteriormente congregou rádios e TVs de notícia para distribuir a notícia entre os seus afiliados.

Evidentemente que de 1973 até hoje muitas outras fotos entraram nesse ranking, contudo é importante relembrar as histórias que marcaram o século passado e praticamente forjou a notícia fotográfica.

Os detalhes históricos são do próprio período REALIDADE.

O “bombardeio” de Wall Street

O “bombardeio” de Wall Street

Os negócios prosperavam com tanta segurança, na tranquila Wall Street, que o “Rei dos Reis”, J. P. Morgan, tinha ido descansar na Inglaterra, deixando a direção de seus interesses ao filho, Junius. A 16 de setembro de 1920, quase ninguém notou uma velha carroça puxada a cavalo, que estava parada em frente ao número 23 da rua dos milionários. Até que ela desapareceu em uma coluna de fumaça matando trinta pessoas e ferindo trezentas, entre os quais o próprio Junius. Era um atentado terrorista, atribuído, vagamente, aos “vermelhos” e fotografado por George Schmidt.

 

Prelúdio de Guerra na Ásia

 

Prelúdio de Guerra na Ásia

Preocupados com os acontecimentos da Europa, os americanos nem pensam na Ásia, onde os japoneses prosseguem sua expansão imperialista. A 28 de agosto de 1937, a impressa o bombardeio da estação de Xangai, na China. Mas, como os aviões nipônicos demoraram, todos os fotógrafos foram-se embora. Menos um, H. S.Wong, que mandou para o ocidente a visão do horror.

A Dança da Vitória

Hitler gosta de escrever e reescrever a História. E como acha que um dos capítulos que precisam ser corrigidos é o que registra a rendição do Império Germânico, em 1918, ele escolhe com capricho o palco improvisado da cerimônia – um velho vagão, a alguns quilômetros de Compiègne – para, a 21 de junho de 1940, receber a delegação da França derrotada. Depois de falar aos franceses, sentado na poltrona que tinha sido ocupada pelo Marechal Foch (que comandou a vitória dos aliados em 1918), ele saiu para o ar livre, onde uma banda toca Deutschland über Alles (A Alemanha Acima de Tudo). E um fotógrafo desconhecido registra a reação coreográfica.

O velho Henry Capitula

A 3 de abril de 1941, pela primeira vez na história da companhia, os 120 mil empregados da Ford entram em greve. Todos os grandes da indústria já tinha aceitado negociar com os sindicatos. Mas Henry Ford sustentava que preferia fechar as portas das suas fábricas e jogar a chave fora, antes de submeter-se a qualquer espécie de acordo. Mas, diante do inevitável, ele cede. Milton Brooks, do Detroit News, ganhou o prêmio Pulitzer de fotografia, com esse fragrante desse conflito entre os operários.

O privilégio de sobreviver

Durante 16 meses, dos quais contou cada minuto, ele esteve longe de casa, na frente norte-americana. Viu 35 de seus melhores colegas morrerem antes que sua divisão chegasse à cidade de Kasserine, onde, ferido num bombardeio, foi hospitalizado. Ostentando condecorações que talvez preferisse nunca ter merecido, o coronel Robert Moore regrassa a Villisoa, Iowa, onde o esperam sua mulher, Dorothy, e sua filha Nancy. Earle L. Bunker, do Omaha World Herald, ganhou o prêmio Pulitzer de 1944, com esta fotografia.

O inverno no poder

A 29 de abril de 1945, em uma praça em Milão, onde Benedito Mussoline, o Duce, tinha começado sua triunfal carreira política, 22 anos antes, seu corpo jaz dependurado de cabeça para baixo, ao lado de sua amante, Clara Petacci, de 25 anos, e dos de dezesseis militantes do Partido Fascista. Depois do rápido julgamento, as últimas palavras do ditador foram: “Não! Não!”. Na praça, o povo incrédulo olha, espantado, para o pouco que restou do homem que, durante tantos anos, fez a lei na Itália. Alguns sacodem a cabeça de Mussoline, como para se certificar de que tudo acabou. Outros se queiram: “Morreu depressa demais. Deveria ter sofrido”.

“Ivan! Volta para casa!”

Em 1953, a população de Berlim Oriental está descontente: quer mais casas, mais bens de consumo e menos horas de trabalho. Em 16 de junho, 5000 pessoas realizam um protesto na avenida Stálin. No dia seguinte, a multidão é de 50000, e dois jovens, subindo em uma estátua, gritam: “Ivan! Volte para casa!” Os russos respondem a bala. No dia 28 tudo está calmo.

O menino do vagão vermelho

Ao meio-dia de 16 de maio de 1958, Bill Seaman, fotógrafo do Minneapolis Star, vê um menino puxando um vagão vermelho, de brinquedo, que quer atravessar o cruzamento das avenidas Riverside e 27-South. Ele pensa em avisá-lo do perigo, mas segue em adiante. Três quarteirões depois, ouve, em uma rádio da polícia, que um menino foi atropelado por um caminhão de lixo. Ele volta e encontra o corpo ao lado do vagão vermelho. A fotografia dessa tragédia valeu-lhe o prêmio Pulitzer de 1959.

Ele escolheu a sua AlemanhaConrad Schumann tem dezenove anos e não se lembra da Segunda Guerra Mundial, só tinha três anos quando ela acabou. Em agosto de 1961, ele é um dos muitos guardas da Alemanha Oriental que vigiam a barreira que separa o país em dois. Na tarde do dia 15, Peter Leibing, fotógrafo da agência Contipress, de Hamburgo, observava, do lado ocidental que os dois guardas que acompanham Schumann o olham com desconfiança. Ele prepara a câmara: duas horas depois de começar a patrulha, Schumann pula para a Alemanha que escolheu.

Uma batalha na esquina

Uma batalha na esquina

O presidente Rómulo Betancourt, da Venezuela, está no quarto ano de seu mandato quinquenal. Em junho de 1962, quinhentos fuzileiros se revoltam na base naval de Puerto Cabello. Em dois dias de sangrentos combates nas ruas entre rebeldes e tropas do governo, morreram duzentos homens. Hector Ronden, de La República, ganhou Pullitzer de 1963, com essa foto de um padre socorrendo em pleno tiroteio um soldado legalista ferido.

Injustiça pelas próprias mãos I

 

Injustiça pelas próprias mãos II

A 1º de fevereiro de 1968, quando a ofensiva Tet convulsionava o Vietnã, o coronel Nguyen Loan, chefe da polícia de Saigon, não hesitou em executar, antes de qualquer interrogatório, um suspeito do Vietcong, em pleno centro da capital. Ao recolocar a pistola no coldre, ele declarou calmamente: “Eles mataram muitos americanos e muitos dos nossos”. Eddie Adams, que estava andando pela rua, viu a cena e fotografou toda a sequência, o que lhe valeu o prêmio Pulitzer de 1969. “Tirei a foto por instinto”, disse depois, “qualquer idiota poderia ter feito a mesma coisa. Loan antes de sacar a pistola não deu nenhuma indicação do que faria.”

 

  1. washington jadum de campos
    03/10/2011 às 4:43 PM

    Pode confirmar Miranda, creio que existem muito mais ainda mais terriveis, sei que voce postará em breve, espetacular.

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