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Archive for setembro \29\America/Recife 2011

Fotografia: Contando a Segunda Guerra Mundial – Parte I

Uma foto pode trazer uma série de associações e despertar o interesse pelo fato histórico! Estamos publicando uma série que colocamos o nome: Fotografia: Contando a Segunda Guerra Mundial. Iremos por tempo indeterminado publicar uma vez por semana um conjunto de fotos que represente vários períodos da Segunda Guerra (muito embora vamos publicar de outros acontecimentos também) com o objetivo de fazer você associar as fotos com os acontecimentos, sem obedecer uma ordem cronológica, e realizar a relação do momento que a foto foi tirada com o contexto histórico que ela está relacionada. Por exemplo, nessa primeira publicação teremos fotos sobre a Afrika Corps e podemos conceber uma série de informações, tais como se a foto foi tirada quando os alemães estavam em franca ofensiva ou se já estavam com sérios problemas logísticos. Enfim, cada fotografia tem sua própria história e ela se encaixa no contexto geral da guerra. Vamos lá, teste seus conhecimentos e envie pra gente o que você consegue extrair dessas Fotografias que Contam a Guerra!

As Belas e Impressionantes Aeronaves da Segunda Guerra – Em Cores

 O barulho em terra deixava todos aterrorizados, mas não podemos negar um sentimento até utópico de uma maravilhosa beleza com a destruição e morte que essas aeronaves causaram durante a Segunda Guerra Mundial. Por isso, vamos nesse momento esquecer por alguns instantes a destruição e morte e nos concentrarmos apenas na beleza dessas máquinas…Mas apenas por um instante!

Tanques – Destruição e Bravura de Cavaleiro!

Falamos sempre da Infantaria, pois é das armas a Rainha!! Cantamos a canção da Rainha das Armas:

“…Nós Peitos nunca vencidos de valor desmedidos no fragor da disputa…És a Nobre Infantaria das Armas a Rainha…”

Mas sinceramente, o cara da Cavalaria Mecanizada é das armas a morte mais sofrível! Dentro de uma tanque da Segunda Guerra, sob um ataque aéreo…O que fazer? Nem correr o cara pode!! E basta um soldado! Apenas um! Dotado de um mísera arma anti-tanque…Já era!! Se sair correndo a abandonar o tanque…Já era!! Se ficar dentro sem abrir a escotilha…Já era!!

 Enfim! O cara tem que ser muito de Infantaria para lutar dentro de um “Cavalo Mecânico” . Segue alguns exemplos!!

FEB – Os Detalhes Históricos – Introdução

Para entender os motivos que levaram a formação de uma Força Expedicionária Brasileira é necessário primeiramente compreender os desdobramentos políticos do Brasil na década de 30, sendo que à luz de uma análise desse período podemos ter uma visão geral dos acontecimentos que culminaram com a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial. Ainda no contexto político poderemos entender os motivos, até certo ponto contraditórios, de uma nação regida por uma política totalitária, como era a varguista, lutando lado a lado com potências democráticas.

O Brasil encerra a década de 20 com uma agitação política causada pelo rompimento da base da chamada política café-com-leite, onde o poder republicano, desde o início do século, pendia ou para São Paulo ou para Minas Gerais. Mas no processo de indicação visando as eleições presidenciais Júlio Prestes sai candidato por São Paulo, contrariando o presidente de Minas Gerais Antônio Carlos Ribeiro de Andrada que apoia o gaúcho Getúlio Dornelles Vargas. Em 01 de março de 1930, acontece a eleição presidencial que aponta Júlio Prestes vencedor da disputa eleitoral, contudo este não toma posse, em virtude do Golpe de Estado, desencadeado em 03 de outubro. Getúlio Vargas é nomeado chefe do Governo Provisório em 03 de novembro do mesmo ano. Com isso chega ao fim o período da História do Brasil conhecida como República Velha.

Evidentemente não nos aprofundaremos nas circunstâncias que levaram Vargas ao poder, mesmo que esse fato tenha configurado todo o cenário brasileiro para as décadas seguintes, contudo cabe uma análise da posição do Exército Brasileiro no envolvimento com essas mudanças que floresciam no Brasil e no mundo.

Sublevações aconteciam a todo o momento no Brasil desde o início da década de 20, a exemplo a Revolta Tenentista, a Intentona Comunista de 35 que teve a participação de vários militares e iria ser o pretexto utilizado pelo próprio Vargas na instauração do Estado Novo, portanto as Forças Armadas estavam no centro das mudanças políticas e revoltosas que deixavam o país com uma instabilidade social, afetando diretamente a vida da sociedade. Em paralelo a esses movimentos revoltosos, o Exército estava sofrendo uma mudança radical em sua doutrina e estrutura, desde o final da Grande Guerra foi instaurada aqui em 1919 até 1940 a Missão Militar Francesa (MMF), e tinha como objetivo a modernização do Exército Brasileiro, bem como a adoção de uma nova doutrina militar de guerra, que naquele momento, era considerada a mais avançada do mundo.

No contexto territorial a rivalidade e as frequentes disputas que existiam entre a Argentina e Brasil pela hegemonia regional. Os argentinos exportavam matéria-prima em grande escala para a Alemanha durante a Grande Guerra, mas que a partir de 1924 a ideologia aos moldes fascistas, baseado no nacionalismo aflorou a disputa e, posteriormente, em 1930, sob o comando do General golpista José Felix Uriburu inspirou cuidados do Governo Provisório, chefiado por Getúlio Vargas, já que acreditava-se à época  que o  general argentino tinha aspirações territoriais no sul do Brasil, e partes das Forças Armadas brasileiras deslocaram efetivos para a tríplice fronteira.

A partir da instauração do Estado Novo em 1937, o Brasil passa a ter pretensões mais ousadas. Getúlio Vargas deixa claro sua política externa quando afirma que o Brasil iria buscar o seu lugar no contexto mundial, sendo um dos signatários nas Liga das Nações.

 Como era normal para o regime varguista, o Brasil estava mais ligado aos países ditatoriais, basta lembrar que houve um intenso e crescente comercio entre o Brasil e a Alemanha até 1935, quando esse último implementou leis protecionistas e diminuiu suas importações, mas o comercio nunca deixou de existir até 1939, quando as relações diplomáticas foram cortadas, Um outro exemplo foi a aproximação entre o Brasil e a Itália, cuja a ideologia fascista era até certo ponto exercida aqui no País. O nossos líderes à época expressaram em várias ocasiões sua admiração pelos resultados apresentados pelos Estados totalitários, portanto na concepção inicial, era de se imaginar que um conflito bélico o Brasil, no que concerne a seus líderes, se colocasse alinhado com os valores defendidos por essas nações.

 Esse era o cenário brasileiro nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial, um país ávido por mudanças, mas com problemas sociais e políticos crônicos, mas sem uma identidade internacional, e com início do conflito cada vez mais pressionado para se posicionar.

Fontes:

http://tenentismonobrasil.wordpress.com/

http://blogdoconfrade.blogspot.com

Missão Militar Francesa de Instrução junto ao Exército Brasileiro – General Alfredo souto Malan – 1988

FEB – Todos os Detalhes – A Série

Com o intuito de preservar a memória histórica dos mais de 25 mil homens que embarcaram a partir do dia 02 de julho de 1944 para lutarem na Segunda Guerra Mundial contra as potências do Eixo, estaremos realizando uma profunda reflexão histórica sobre a vida desses brasileiros e os desdobramentos políticos que levaram a criação dessa força de combate impar na America latina. Teremos duas publicações semanais que compreenderá o período do envolvimento político brasileiro com a Alemanha, sua decisão em lutar ao lado dos Aliados e a consequente formação de uma Divisão de Exército Expedicionário; seu retorno como tropa vencedora, os movimentos políticos para desmobilizar a FEB; o reconhecimento com a Constituição de 1988. Nosso objetivo é produzir um material de qualidade que possa ser utilizado como apoio para pesquisas. Não temos um intuito de escrever uma obra literária, contudo prezaremos pelo que há de mais importante para a pesquisa histórica, os fatos! Para tanto nos apoiaremos em obras importantes para deliberar sobre todos os acontecimentos que culminaram com a entrada do Brasil na Segunda Guerra e o resultado para o governo brasileiro a partir da década de 40.

 Esperamos sinceramente que os artigos publicados nessa série possam estar a altura de todos aqueles que acompanham o BLOG, pois sabemos que o nível de nossos internautas é elevado! Portanto, Acompanhem! Comentem e divulguem, pois devemos lutar contra a ignorância histórica desse país e valorizar os homens que lutaram pelo Brasil e honrando aqueles que perderam sua vida longe de sua pátria.

Deixo aqui uma frase clássica da FEB: “Conspira contra a sua própria grandeza, o povo que não cultiva seus
feitos heróicos”
 
Iniciaremos as Publicações AMANHÃ – 27/09

O Rei Netuno e a FEB!

O que o Rei Netuno tem haver com a FEB? Na verdade nada! Ou quase nada…

Havia uma tradicional brincadeira na USNavy em presentear os marinheiros que atravessam a Linha Imaginária do Equador com “Diplomas do Rei Netuno”, por isso a deidade grega é revestida de uma simbologia única para Forças Latino-Americanas, tendo em vista que o Brasil foi o único país do continente sul-americano a participar de ações beligerantes na Segunda Guerra Mundial. E para diminuir a tensão da viagem, que para o 1º Escalão da FEB iniciou no dia 02 de julho de 1944 e o desembarque aconteceu em Nápoles no dia 16 de julho, nesse período havia riscos de operações de submarinos do Eixo o que era necessário total alerta e treinamentos constantes para a tropa e a tripulação. A noite todas as luzes eram apagadas e o calor tornava a viagem bastante desgastante para os nossos soldados. Por isso a prática da marinha americana de “diplomar” os militares por cruzarem a linha imaginária do hemisfério tornou a viagem mais animada e, como o espírito brasileiro naturalmente é caracterizado pela irreverência, trouxe um animo a mais para tropa no Navio de Guerra General Mann.

Estamos abaixo exibindo uma raridade que é o “Diploma do Rei Netuno” do querido pracinha Sargento Rigoberto Souza que embarcou com o 2º Escalão e lutou nas principais batalhas do Teatro de Operações do Mediterrâneo.

Diploma do Rei Netuno -Digitalização Original

 

Fontes:

Rigoberto Souza Júnior

“A luta dos Pracinhas – A Força Expedicionária Brasileira na 2ª Guerra
Mundial de Joel Silvera e Thassilo Mitke

 

Operação Market Garden – Um Fracasso? Parte I

Depois que os pára-quedistas atingiram os seus objetivos na Normandia na costa francesa, altos comandantes aliados planejavam utilizar tropas aerotransportadas novamente. No entanto, cada vez que o plano era formulado, as tropas terrestres avançavam rapidamente antes das operações aéreas ocorrerem. As tropas americanas do I Exército comandadas pelo General Courtney Hodges e do III Exército do General Patton, estavam avançando muito mais rápido do que o esperado nos primeiros meses na França.

As tropas aerotransportadas foram finalmente escolhidas para serem utilizadas por Dwight Eisenhower, tal como recomendado pelo Bernard Montgomery. A Operação Market Garden era o plano de Montgomery para obter um avanço com o Segundo Exército Britânico e a Divisão Blindada britânica na região inferior do rio Reno, na Holanda. Uma vez que esta região estivesse sob controle, as planícies do norte da Alemanha estariam vulneráveis ​​para as unidades aliadas móveis se dirigirem ao coração da Alemanha. Para lançar as bases no avanço britânico a Primeira Divisão Britânica Airborne, Primeira Brigada Pára-quedistas polaca, 82ª Divisão Aerotransportada, e a 101ª Divisão Aerotransportada americanas seriam deixados em áreas designadas ao longo de uma linha marcada de Eindhoven no sul ao Arnhem no norte, ambas as cidades na Holanda. As tropas aerotransportadas seriam encarregadas de fazer um salto a luz do dia, surpreender o inimigo e tomar o controle de pontes-chave para os tanques britânicos cruzarem. Para tornar possível esta operação, Eisenhower interrompeu o avanço de Patton, de modo que o combustível poderia ser disponibilizado para a ofensiva terrestre compostas por forças britânicas. Tropas e suprimentos também foram realocados para um potencial assalto na importante cidade portuária de Antuérpia para a Operação Market Garden. Antuérpia era um porto-chave belga que os Aliados poderiam fazer uso  (a despeito do controle alemão continuou do Estuário do rio Escalda), possivelmente trazendo maior quantidade de suprimentos mais próximas da linha de frente. Assim, o custo da Operação Market foi bastante elevado. A pressão política dos Estados Unidos para usar os pára-quedistas de elite e a insistência de Montgomery para mudar a estratégia para uma ampla frente avançada, ambos foram grandes razões externas para Eisenhower seguir com a operação.

Uma parcela da Operação Market Garden era composta pelos ataques aéreos. Os Aliados foram capazes de alcançar um alto grau de surpresa. Foram estabelecidas poucas defesas antiaéreas por parte dos alemães que ficaram alarmados como com a extensão da operação na Holanda; algum fogo antiaéreo sacudiu os aviões, mas não eram eficazes. A história oficial da 101ª Divisão Aerotransportada registrada que esse foi o salto de maior sucesso em sua história, mesmo missões de treinamento foram consideradas. Após as tropas aerotransportadas saltarem, equipamentos adicionais também foram enviados por pára-quedas. Os americanos da 101ª Divisão Aerotransportada capturaram a ponte em Veghel com pouca resistência, apesar de um ataque de artilharia ter sido desferida pelos alemães e atrasou o avanço Aliado tempo suficiente para que a ponte em Son fosse explodida. No norte, a 82ª Divisão Aerotransportada tomou a ponte em Grave rapidamente, mas encontrou forte resistência perto de Nijmegen, e a ponte acabaria sendo abandonada. Primeira Divisão Airborne britânica, encarregado de capturar a ponte em Arnhem, encontrou forte resistência das unidades de formação de um batalhão alemão. Em Nijmegen e Arnhem eram importantes devido à largura e a evasão de água, por isso as pontes deveriam ser capturadas para os tanques britânicos atravessarem.

Parte da Operação Market Garden consistia no avanço de uma coluna de tanques britânicos vindos do norte ao longo da estrada 69 (apelidado de “estrada do inferno” por pára-quedistas americanos), sob o comando do General Brian Horrocks. A estrada, como muitas estradas na região, foi construída um metro acima do solo. Isso significa que qualquer coisa que se mova pela estava é um alvo em potencial de franco-atiradores e tropas de contra-ataque.

Do lado alemão, enquanto as tropas foram pegos de surpresa no início da operação, divisões blindadas rapidamente reuniram-se para contra-atacar. Os pára-quedistas aliados eram conhecidos por não serem equipados com armas anti-tanque. Os alemães também tiveram alguma sorte – o comando da região, ordenou que 9.000 tropas de elite pesadas do II Corpo SS Divisão Panzer para descansar e reagrupar em Arnhem, que desempenharia um papel importante mais tarde, como os desdobramentos da Operação Market Garden.

 

fontes Consultadas: History Learning, 101 Division Center, Historiador Peter Chein

Hans Liscka – O Artista Alemão da Segunda Guerra – Final

 Um artista conseque expressar em sua obra a imortalização do momento, por isso mesmo há quadros famosos de períodos que não existia ou não estava disponível a fotografia, mas que foi expressada de forma tão contudente que a imagem tomou forma realista e chocou o mundo, exemplo disso são obras expressivas de Picasso que retratavam a Guerra Civil e tantos outros que foram criados a eternizados. Nos dois últimos publicações mostramos a obra de Has Liscka uma artista que lutou e viveu o  que retratou. Segue a última postagem da série:

Hans Liscka – O Artista Alemão da Segunda Guerra – Parte I

Hans Liscka (1907-1984) é um dos mais conhecidos e prolíficos ilustradores do Eixo na II Guerra Mundial, que serviu com as Forças Armadas alemãs durante a guerra. Em 1942 e 1943 a editor alemã Carl Werner, patrocinado pela Junkers Flugzeug und Motorenwerke AG, publicou dois álbuns com esboços de Hans Liska e ilustrações a cores “para agradar os soldados de primeira linha e os trabalhadores das fábricas de armas” na Alemanha. Definitivamente, a arte de Liscka viveu acima das expectativas de seus pares, e clichês de propaganda deixaram as pegadas bem reconhecíveis em todas as suas pinturas e desenhos. No entanto, ao mesmo tempo o artista também foi capaz de criar uma arte valiosa com cartaz de propaganda feitas para paredes de padaria de bairros em ruínas nas cidades alemã bombardeadas. Liska convincentemente demonstra que ele tem um olho para o drama de guerra real, com toda a sua dor, sofrimento, desespero, resistência, senso de dever e coragem para empurrar ainda mais para o extremo as imagens retratadas em sua obra.

Especial Grande Guerra – Revistas do Período – Parte I

Capas e reportagens especiais das revistas publicadas na França, Alemanha e Grã-Bretanha durante a Primeira Guerra Mundial 1914-1918: os líderes militares, os soldados famosos de ambos os lados, as tropas, armas, campos de batalha, a vida nas trincheiras, peças de propaganda. Essa é primeira parte:

Fotos & Detalhes Históricos – Especial FEB – Parte V

Ainda em homenagem ao efetivo da FEB que deixou sua terra para lutar nos campos da Itália e, em especial, para os quase quinhentos que lá pereceram, segue mais um tributo do acervo da ANVFEB-PE, cedidos gentilmente por Rigoberto Souza Júnior – Secretário  – Ad hoc.

 

Os Pernambucanos da FEB mortos na Itália

 Com orgulho publicamos uma preciosidade e ao mesmo tempo um tributo. Muitos homens passam a vida inteira no anonimato mediocre e nada significam para a sociedade que eles vivem, isso é cruel, mas é o preço da sociedade moderna. Felizmente não é o caso desses homens; eles perderam suas vidas nos campos de operações durante a Segunda Guerra, mas entraram para história de forma a serem lembrados como exemplo de heroísmo e amor pela pátria. Celebremos, portanto não a morte desses filhos da Revolução 1817 e 1824, mas O EXEMPLO desses bravos soldados pernambucanos!

Um trabalho realizado pelo Pesquisador Rigoberto Souza , a quem agradeço a esforço de louvar nossos conterrâneos.

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         Texto e fotos extraídos do Boletim Especial do Exército de 02.12.46 e  do Livro “Expedicionários Sacrificados na Campanha da Itália” do   Dr. Aluízio de Barros de 1955.

         “Aquele que morre por seu país serve-o mais, em um só dia, do que os outros  em toda sua vida”.

Péricles

 


            Manoel Barbosa da Silva – 2º Ten R/1

            Id. 2G – 83317 – Classe 1904 – 6º Regimento de Infantaria.

            Embarcou para a Itália em 30 de Junho de 1944, era natural da cidade do Cabo de Santo Agostinho. Filho de Severino Barbosa da Silva e Luíza Maria Barbosa, tendo como pessoa    responsável o seu pai, residente à Rua Rodrigo de Barros nº 159, casa 4, estado de São Paulo. Faleceu em ação no dia 22 de Outubro de 1944, na região de Barga – Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia na quadra B, fileira nº 1, sepultura nº 11.

            Foi agraciado com as Medalhas de Campanha, Cruz de Combate de 2ª Classe. No decreto que lhe concedeu esta última condecoração, lê-se: “Por uma ação de feito excepcional na Campanha da Itália.”

            Severino Barbosa de Farias – 2º Sgt

            Id. 1G – 168637 – Classe 1913 – 1º Regimento de Infantaria.

            Embarcou para a Itália em 20 de Setembro de 1944, era natural de Recife. Filho de José Barbosa de Farias e Maria José de Farias, tendo como pessoa responsável sua mãe, residente  à Rua   Cardoso de Castro nº 71, Anchieta – estado do Rio de Janeiro. Faleceu em ação no dia 12 de Dezembro de 1944, em Monte Castelo – Itália, e foi sepultado no Cemitério   Militar Brasileiro de Pistóia, na quadra A, fileira nº 5, sepultura nº 56. Foi agraciado com as Medalhas de Campanha, Sangue do Brasil e Cruz de Combate de 2ª Classe. No decreto que  lhe concedeu esta última condecoração, lê-se: “Por uma ação de feito excepcional na  Campanha da Itália”.

            José de Souza – 3º Sgt

            Id. 1G – 2023341 – Classe 1916 – 1º Regimento de Infantaria

            Embarcou para a Itália em 20 de Setembro de 1944, era natural da cidade do Recife. Filho de Antônio de Souza Filho e Severina Francisca de Vasconcelos, tendo como pessoa responsável Helena Almeida de Souza, residente à Travessa Ezequiel Freire nº 117, cidade de Caçapava – estado de São Paulo. É considerado desaparecido desde 12 de Dezembro de 1944, na zona de ação do teatro de Operações da Itália. Foi agraciado com as Medalhas de   Campanha, Cruz de Combate de 2ª Classe. No decreto que lhe concedeu esta última condecoração, lê-se: “Por uma ação de feito excepcional na Campanha da Itália”.

            Epitácio de Souza – Cabo

            Id. 1G – 292348 – Classe 1921 – 1º Regimento de Infantaria

            Embarcou para a Itália em 20 de Setembro de 1944, era natural da cidade de Limoeiro. Filho     de José Bernardo da Silva e Maria José Garcia, tendo como pessoa responsável José Mateus  de Lucena, residente à Avenida 15 de Novembro, nº 290 – Limoeiro. Faleceu em ação no dia  12 de Dezembro de 1944 em Monte Castelo – Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia, na quadra A, fileira nº 9, sepultura nº 101. Foi agraciado com as  Medalhas de Campanha, Sangue do Brasil e Cruz de Combate de 2ª Classe. No decreto que   lhe concedeu esta última condecoração, lê-se: “Por uma ação de feito excepcional na  campanha da Itália”.

 

  Eutrópio Wilhelm de Freitas – Cabo

            Id. 1G – 306678 – Classe 1921 – 11º Regimento de Infantaria

            Embarcou para a Itália em 23 de Novembro de 1944, era natural da cidade do Cabo de Santo    Agostinho. Filho de Antônio Wilhelm de Freitas e Caetana Ramos de Freitas, tendo como pessoa responsável Honorina de Freitas(correspondência aos cuidados da Legião Brasileira de Assistência – Recife – PE). Faleceu em ação no dia 13 de Março de 1945 em Hiola – Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia, na quadra B, fileira nº 8,  sepultura nº 87. Foi agraciado com as Medalhas de Campanha, Sangue do Brasil e Cruz de Combate de 2ª Classe. No decreto que lhe concedeu esta última condecoração, lê-se: “Por  uma ação de feito excepcional na Campanha da Itália”.

            Gonçalo de Paiva Gomes – Cabo

           Id. 1G – 295505 – 6º Regimento de Infantaria – Classe 1916 – Batalhão de Saúde

            Embarcou para a Itália em 20 de Setembro de 1944, era natural da cidade de Igarassu. Filho de Antônio Olímpio Gomes e Jesuína de Paiva Gomes, tendo como pessoa responsável Napoleão de Paiva Gomes, residente à Rua Conde do Bonfim nº 782 apto 12, Tijuca – Rio de Janeiro. Faleceu em consequência de enfermidade, no dia 4 de Julho de 1945, em Caserta – Itália , e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia, na quadra º 2, fileira º 2,  sepultura nº 13. Foi agraciado com a Medalha de Campanha.

            Hermínio Antônio da Silva – Cabo

            Id. 1G – 298003 – Classe 1921 – 1º Regimento de Infantaria

            Embarcou para a Itália em 20 de Setembro de 1944, era natural da cidade de Catende. Filho de Antônio Francisco da Silva e Ana Maria da Silva, tendo como pessoa responsável Vicente  de Carvalho Ramos, residente na Praça Eucarística, nº 5 – Catende – Pernambuco. Faleceu      em ação no dia 29 de Novembro de 1944, em Monte Castelo – Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia, na quadra B, fileira nº 4, sepultura nº 48. Foi agraciado com as Medalhas de Campanha, Sangue do Brasil e Cruz de Combate de 2ª Classe. No decreto que lhe concedeu esta última condecoração, lê-se: “Por uma ação de feito  excepcional na Campanha da Itália”.

            Honório Corrêa de Oliveira Filho

            Id. 1G – 298025 – Classe 1923 – 11º Regimento de Infantaria.

            Embarcou para a Itália em 20 de Setembro de 1944, era natural da cidade do Cabo de Santo     Agostinho. Filho de Honório Corrêa de Oliveira e Antônia Aguiar de Oliveira, tendo como   pessoa responsável o seu pai, residente à Avenida Caxangá nº 1578 – Recife. Faleceu em  ação no dia 5 de Janeiro de 1945, em Bombiana – Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar   Brasileiro de Pistóia, na quadra A, fileira nº 8, sepultura nº 86. Foi agraciado com as  Medalhas de Campanha e Cruz de Combate de 2ª Classe. No decreto que lhe concedeu esta   última condecoração lê-se: “Por uma ação de feito excepcional na Campanha da Itália”.

        José  Graciliano Carneiro da Silva – Cabo

            Id. 7G – 75521 – Classe 1922 – 1º Regimento de Infantaria.

            Embarcou para a Itália em 20 de Setembro de 1944, era natural da cidade do Recife. Filho  de João Graciliano Carneiro da Silva e Tereza de Jesus Albuquerque Silva, tendo como pessoa responsável Quitéria de Moraes Carneiro, residente à Rua da Baixa Verde nº 218,  Coqueiral – cidade do Recife. Faleceu em ação no dia 24 de Janeiro de 1945, e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia, na quadra B, fileira nº 8, sepultura nº 63. Foi agraciado com as Medalhas de Campanha, Sangue do Brasil e Cruz de Combate de 2ª  Classe. No decreto que lhe concedeu esta última condecoração, lê-se: “Por uma ação de feito excepcional na Campanha da Itália”.

            Otávio Sinésio de Aragão – Cabo

            Id. 1G – 298981 – Classe 1921 – 11º Regimento de Infantaria

            Embarcou para a Itália em 20 de Setembro de 1944, era natural de Taquaritinga do Norte –  Pernambuco. Filho de Tito Synésio Aragão e Maria da Silva Aragão, tendo como pessoa  responsável seu pai, residente na Vila de Santa Cruz na mesma cidade. Faleceu em ação no dia 30 de Novembro de 1944, em Porreta – Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro em Pistóia, na quadra A, fileira nº 1, sepultura nº 6. Foi agraciado com as  Medalhas de Campanha, Sangue do Brasil e Cruz de Combate de 2ª Classe. No decreto que  lhe concedeu esta última condecoração, lê-se: “Por uma ação de feito excepcional na     Campanha da Itália”.

Walmir Ernesto Holder – Cabo

            Id. 1G – 298676 – Classe 1920 – 1º Regimento de Infantaria.

            Embarcou para a Itália no dia 20 de Setembro de 1944, era natural da cidade do Recife.   Filho de Frederico Ernesto Holder e Otávia Etelvina de Almeida, tendo como pessoa responsável o seu pai, residente à Rua Imperial nº 634 – Recife. Faleceu em ação no dia 26   de Fevereiro de 1945, em Bela Vista – Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro     de Pistóia, na quadra B, fileira nº 5, sepultura nº 60. Foi agraciado com as Medalhas de  Campanha, Sangue do Brasil e Cruz de Combate de 2ª Classe. No decreto que lhe concedeu esta última condecoração, lê-se: “Por uma ação de feito excepcional na Campanha da Itália”.

            Joaquim Xavier de Lira – Soldado

            Id. –  Classe 1922 – Depósito de Pessoal da Força Expedicionária Brasileira.

            Embarcou para a Itália em 23 de Novembro de 1944, era natural da cidade do Recife. Filho de Maximiniano Xavier de Lira e Alexandrina Xavier, tendo como pessoa responsável o seu  pai, residente na Fazenda Córrego da Areia – cidade de Candeias – Estado de Minas Gerais.   Faleceu em consequência de enfermidade, no dia 15 de Fevereiro de 1945, no 7th Station Hospital, Livorno – Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia, na quadra A, fileira nº 10, sepultura 113. Foi agraciado com a Medalha de Campanha.

            José Gomes de Barros – Soldado

            Id. 6G – 27199 – Classe 1923 – 1º Regimento de Infantaria.

            Embarcou para a Itália em 20 de Setembro de 1944, era natural da cidade do Recife. Filho de Pedro Dias Barros e Ana Gomes de Barros, tendo como pessoa responsável o seu pai,    residente à Rua São Sebastião nº 397, Água Fria – Recife. Faleceu em ação no dia 12 de Janeiro de 1945, Monte Del Oro – Itália, e foi sepultado no Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia, na quadra C, fileira nº 5, sepultura nº 92. Foi agraciado com as Medalhas de Campanha, Sangue do Brasil e Cruz de Combate de 2ª Classe. No decreto que lhe concedeu  esta última condecoração, lê-se: “Por uma ação de feito excepcional na Campanha da Itália”.

Aviões Protótipos e outras Aeronaves Estranhas!

 Aeronaútica não é meu forte, portanto não posso deliberar sobre as informações de algumas raridades aqui. Fiquem à vontade para posterem detalhes sobre as coisas lindas e outras nem tão belas que iremos mostrar:

Uma Pulga? Não é um avião, claro!! Mas ganhou como equipamento não identificado!

 

Força Aérea da Segunda Guerra – Parte IV

Continundo a série Força Aérea da Segunda Guerra. Máquinas impressionantes que imortalizaram determinadas aeronaves para sempre na História da humanidade.

Para que não acompanhou segue o link das publicações anteriores:

Força Aérea da Segunda Guerra – Parte I

Força Aérea da Segunda Guerra – Parte II

Força Aérea da Segunda Guerra – Parte III

DUMBO!!

 

Cem Mil Acessos Diretos – Obrigado a Vocês!

Caros Amigos!

 Chegamos a uma marcar que pessoalmente acredito que seja algo a se celebrar. Estamos alcançando 100 mil acessos diretos. No meu entender, para um BLOG que tem apenas 08 meses é uma excelente marca!

 Nesse período conseguimos ter um público ávido, interessado e principalmente esclarecido. Vocês que acompanham o BLOG Chico Miranda não são um público qualquer, por isso a responsabilidade das publicações é altíssima, pois qualquer deslize a correção chega na mesma velocidade da postagem.

Sinto-me honrado em poder compartilhar com vocês essa marca e dizer que vamos alcançar UM MILHÃO MUITO BREVE!

Nosso BLOG, que não é apenas meu, tem como objetivo ser um local para vislumbrar a História e democraticamente debatê-la.

Muitos me perguntam o motivo de não ter propaganda, inclusive já rejeitei várias propostas para colocá-las, mas esse não é o objetivo. O BLOG Chico Miranda não tem fins lucrativos, pois quando criei esse espaço foi com o intuito de divulgar a História, e é para ela que continuamos nosso trabalho.

A TODOS! MEUS SINCEROS AGRADECIMENTOS!

Chico Miranda

 Para comemorar escolhi 20 publicações são as minhas preferidas e coloco a LINK abaixo para vocês apreciarem novamente, e podem mandar a de vocês também:

Vivendo e Morrendo como um Soldado!

– Gostei dessa publicação por saber a importância histórica de ser soldado.

Fotos e Seus Detalhes Históricos – Parte VIII

– Essa foi a mais gostosa de construir dessa série. A pesquisa foi excelente com detalhes impressionantes

Memórias de um Soldado de Hitler – Parte I

Memórias de um Soldado de Hitler – Parte II

Memórias de um Soldado de Hitler – Parte Final

 – O senhor Meltemenn abriu meus olhos para o lado humano do soldado nazista, aquele que lutou pelo que ele pensou ser a melhor coisa para seu país. Nós também poderíamos estar lutando pelos nossos ideais do lado da Alemanha o de qualquer outro país.

Por que a 148ª Divisão Alemã se entregou somente aos brasileiros na Itália?

– Um texto especial, pois retrata a bravura de uma Divisão Brasileira que desmente muitos críticos idiotas que não conhecem história e acham que podem deflagrar injustiças ao passado da FEB

O Dia D – Visto por um ângulo Diferente

– Primeira visão diferente do Dia D que observei

Ataque e Afundamento na Costa Brasileira do U-Boot – U-848

 – Essa pesquisa foi especial devido ao Fato do marinheiro Hans Schade ter sido encontrado ainda com vida e morrido em solo brasileiro, em solo pernambucano e seu corpo ter sido enterrado com honras militares pelos americanos no cemitério mais conhecido de Pernambuco. Foi incrível essa pesquisa.

Batalha Aérea Sobre a Inglaterra – A Resistência

Para mim a Inglaterra foi o principal bastião de resistência contra a Alemanha. E dessa pesquisa achei a foto que mais me impressionou de toda a Guerra!

Tentei de todas as formas encontrar o nome dessa senhora, infelizmente ainda não consegue, mas minha busca vai continuar…

FEB – Origem da Polícia do Exército

 – Tive muito orgulho em pesquisar sobre a origem da Polícia do Exército, pois tenho orgulho de ter sido um PE, aliás, UMA VEZ PE, SEMPRE PE! Portanto tenho orgulho de SER PE. E essa publicação para mim foi especial.

Segunda Guerra – As Fotos e Seus Detalhes Históricos.

Kamikazes – A História dos Ataques Suicidas

– Resolvi pesquisa sobre os Kamikazes, pois não encontrei muita coisa publicada a respeito.

Recife – Um Olhar Provinciano do Século XIX

– Minha Cidade! O que posso dizer? O homem que não conhece o passado de sua própria terra pode ser considerado sábio?

Humor, Charges e as Fotos Mais Estranhas da Segunda Guerra

– Nem passava pela minha cabeça que a guerra poderia ser tão engraçada

A Propaganda Vermelha – Cartazes Russos 1941

– Em ter de propaganda a URSS é imbatível!

Charges da Guerra – Parte I e II – Agora Tamanho Original

– As charges mais fantásticas!

O Brasileiro é Acima de Tudo Um Forte – O Legado da FEB

– Um Artigo que foi publicado nos jornais pernambucanos, e modesta à parte deu o recado!

Crônica de um Pernambucano

 – Minha Reclamação com Pernambuco: temos dezenas de placas e estátuas espalhadas pela cidade, mas não há uma placa em homenagem aos pernambucanos que perderam a vida na Itália.

Soldados Brasileiros de Hitler

– Entre 1945 a 1948 12 mil alemães ou de origem alemã entraram no Brasil. Quantos lutaram pela Alemanha?

Piloto Russo abatido em 1942

– A História Triste de um Guerreiro

Fantásticas Motos e Sidecars Nazistas

Um motociclista militar durante a guerra ele é um soldado que tem uma missão diferente. Ele irá fazer escolta de comboio preparado para agir como um soldado de infantaria a qualquer momento. Também poderá ser um elemento avançado ou de ligação no campo de batalha, tendo em vista que seu deslocamento será mais rápido, mas por consequência estará sujeito ao contato com o inimigo muito mais rapidamente.

No Brasil as motos são consagradas a Polícia do Exército que, ao final da sua participação como tropa da FEB, recebeu as Harley-Davidson utilizadas pelo US Army. Elas estão por lá até hoje, mas isso será outra publicação.

 

 

Outros Detalhes Recomendamos: Blog Ecos da Guerra

Força Aérea Naval na Segunda Guerra

Fotos de vários modelos de aeronaves que serviram a Marinha de Guerra dos Estados Unidos durante o Segunda Guerra Mundial.

 

Crônicas de Amor Durante a Segunda Guerra – Depoimento em Vídeo

No mês passado publicamos uma crônica sobre o amor de João, um pracinha brasileiro e Rita uma italiana. Os dois protogonizaram uma belissíma história de amor. Segue abaixo o depoimento que João concedeu para um registro oral elaborado pelo CPOR-Recife. O depoimente ora publicado registra apenas o momento em que ele cita o encontro e a paixão por Rita. O documentário na integra pertence a gradiosa unidade.

Também deixamos abaixo a crônica publicada anteriormente.

Infelizmente o veteranos João Batista da Silva nos deixou ano passado, contudo sua esposa, a italiana Rita ainda reside em Recife.

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Quando os pesquisadores estudam a história da Segunda Guerra, muitas vezes realizam uma dissertação profunda sobre os aspectos políticos, econômicos e sociais dos países envolvidos no conflito, mas outras vezes ignoram o mais básico elemento de interpretação histórica, o homem!

É muito comum ver e ouvir jovens menosprezando ou ignorando os feitos dos mais de 20 mil homens que integraram a Força Expedicionária Brasileira e que lutaram nos campos de batalhas italianos. Cada integrante dessa tropa, ainda vivo nos dias atuais, é um poço inesgotável de história oral. Esse elemento tão importante na concepção da chamada Nova História tem, em cada pracinha espalhado pelas associações de ex-combatentes da FEB, uma enciclopédia viva dos acontecimentos da Segunda Guerra.

 Uma dessas histórias é de um tal  João, nome tão comum entre os brasileiros quanto os da Silva. Esse ex-combatente paraibano que tem por nome de batismo João Batista da Silva, foi para Itália como voluntário combater um inimigo que ele não conhecia, sem imaginava o que lhe esperava.

 Depois de algum tempo na Itália, João certa vez encontrou uma jovem italiana que cruzava o acampamento brasileiro, e perguntou se ela conhecia alguém que costurasse. A jovem então o levou até sua casa e apresentou-lhe a mãe viúva. João logo fez amizade e conheceu a família e dentre as filhas da senhora costureira estava Rita Cei,  a jovem que conquistou o coração do soldado brasileiro.

Algum tempo depois João pediu a Rita em casamento, ali mesmo na Itália, com as tropas prestes a retornarem ao Brasil. A família italiana inicialmente mostrou resistência, pois João não tinha família e eles não conheciam o Brasil. Com alguma resistência resolvem aceitar a união, contudo ao se dirigir ao padre o mesmo não autorizou o casamento, tendo em vista o pouco tempo para tramitar a papelada. João decidido a não desistir, viajou até Livorno para buscar o aceite do Bispo, que vendo o empenho do brasileiro autorizou o casório.

Após uma cerimônia simples, João e Rita tiveram pouco tempo para desfrutar as bodas, pois uma semana depois o jovem soldado retornou com o contingente brasileiro para o Rio de Janeiro, mas não antes de planejar o encontro com sua esposa italiana, a fim de consolidarem a vida em comum. Rita ainda tinha um árduo caminho a fazer, pois juntamente com outras italianas casadas com soldados brasileiros, portanto a história do soldado João e da italiana Rita não foi isolada, pedalou 8 horas de bicicleta até a cidade de Livorno para a embaixada brasileira solicitar um visto de permanência.

No final os dois se encontram no Rio de Janeiro. João licenciado do exército e com dificuldades para encontrar emprego se desloca para o Recife, na expectativa de sustentar sua família. Com o passar dos anos João e Rita se firmam e já com um filho vivem um vida tranquila e cheio de história para contar aos seus netos.

Essa é uma história real de pessoas que viram a guerra e as dificuldades provenientes dela.

Valorizemos as pessoas que viveram algo tão surreal para a juventude atual.

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Fotos & Detalhes Históricos – Especial FEB – Parte IV

Segue a Série Fotos & Detalhes Históricos. Um conjunto de fotos cedidos pela ANVFEB-PE para publicação no Blog.

Vivendo e Morrendo como um Soldado!

Viver e morrer como soldado são conceitos que engrandece a vida de qualquer ser humano.  Um soldado em tempo de paz deve estar sempre preparado para cumprir o que sua pátria espera. Durante a Segunda Guerra Mundial, nos Estados Unidos, muitos jovens sabiam exatamente o que deveriam fazer com relação à guerra. E depois dos ataques a Pearl Harbor, milhares se candidataram voluntariamente para compor e se doar para sua pátria. Em outros países não foi diferente. O que podemos dizer dos soldados russos? O país que mais sofreu baixas na guerra. Independente de qualquer tendência filosófica ou social deve-se engrandecer o sacrifício do povo russo, do Soldado Russo. O que podemos dizer do soldado alemão? Podemos citar o exemplo da 148ª Divisão Alemã que se rendeu as Forças Brasileiras (FEB) de forma disciplinada e com a reverência peculiar que fez a fama do Exército Germânico. Se perguntar a qualquer soldado que lutou contra os alemães, dez entre dez fará referência a conduta, bravura e disciplina alemã.

Soldado é a forma mais elementar da guerra! Dizia Eisenhower: “Antes da Batalha os Planos são tudo! A partir do momento que ela começa eles nada valem”. A guerra é feita pelos soldados, pela infantaria na linha de combate, pela artilharia nas posições, pelo soldado raso entrincheirado.

Infelizmente é fácil observar que a relação soldado e guerra, tenha um consciente triste…A Morte! Mas morrer como um soldado é acima de tudo, uma honraria. Não há um soldado que caiu em terreno que não fosse motivo de orgulho inebriante de sua família, de sua terra e de seu país. Sua vida passou a ter um sentido a partir de sacrifício de morte! Triste, mas honroso. Embora nenhum soldado queira morrer em combate, mas ele está pronto para isso se preciso for.

O que dizer da bravura de três soldados mineiros? Geraldo Baêta da Cruz, então com 28 anos, natural de Entre Rios de Minas; Arlindo Lúcio da Silva, de 25, de São João del-Rei; e Geraldo Rodrigues de Souza, de 26, de Rio Preto, morreram como heróis em Montese, Itália. Eles são a prova viva, mesmo em morte, que a bravura de um soldado é venerada, independentemente do resultado do combate!