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Posts Tagged ‘Guerras’

1º Setembro de 1939 – O Primeiro Marco da Guerra

 No dia 01 de setembro de 1939, iniciou a primeira grande ação militar que culminou com a Declaração de Guerra entre França e Inglaterra contra a Alemanha, dando início ao que conhecemos como Segunda Guerra Mundial. Nossas próximas publicações vamos analisar os aspectos da invasão Alemã contra a Polônia no que diz respeitos as condições políticas e militares. Vamos verificar os cenários anteriores da negociação de paz que foram tratados com o regime alemão e os aliados, além dos motivos que levaram a União Soviética a assinar um tratado de não-agressão com uma cláusula secreta que já previa a divisão do território polonês. E para fechar, porque não foi declarada guerra a União Soviética, já que no contexto geral, os dois países subjugaram a Polônia e a guerra sobreveio apenas aos alemães.

1939 – O Ano Que Mudou o Século XX – Invasão da Polônia

Enquanto a Polônia era Invadida em 1939…

História Completa da Segunda Guerra – De Olho na Polônia

História Completa da Segunda Guerra – O aniquilamento do Exército polonês

1939 – O Ano Que Mudou o Século XX – Polônia e Outras Guerras

Tanques: A Ponta de Lança da Alemanha na Segunda Guerra

Durante a Grande Guerra os Tanques de Guerra eram grotescos e bizarros, com pouca mobilidade e nada confiável. Mas durante o período entre guerras, com avanço da tecnologia bélica, os tanques de combates passam a ser a ponta de lança de uma nova doutrina de guerra que tomava forma. Nenhum Exército poderia ignorar isso, pelo menos não deveria.

Através de alemães como Von Seeckt e Guderian que iniciaram a introdução e a doutrina de utilização de Tanques em conjunto com a infantaria, a Alemanha assombrou os especialistas militares à época. Enquanto a França importava cavalos e se vangloriava de ter os melhores “Pombos-Correios” da Europa, a Cavalaria Mecanizada tomava forma e se estabelecia como principal arma bélica das conquistas da Alemanha no início da Segunda Guerra Mundial.

 Segue a galeria de Tanques que lutaram nos diversos Fronts da Segunda Guerra Mundial, dos mais conhecidos aos mais estranhos.

Série: Antes e Depois. Contando a História de Forma Diferente

 Quando se vai para um local onde se sabe que houve combates duros, às vezes, e difícil interpretar um cenário tão caótico no meio da paz do cotidiano desses locais.  Mesmo tendo a convicção que naqueles locais a morte passeava entre as tropas, por muito não conseguimos enxergar essa calamidade.

 Com certeza as fotos que se seguem nos dão uma ideia de como era a guerra de ontem em meio à paz de hoje. É por isso que gosto de buscar essas fotos comparativas e montagens, elas refletem exatamente isso o passado com visão do presente. Uma verdadeira visão do passado aos olhos de hoje.

 Claro, não poderia ser diferente, o artista é o Max3

Rússia, 1941. Uma Guerra Sem Louros – Parte XXI

Parte 21

“Quando nós invadimos a União Soviética nós éramos vistos inicialmente como libertadores e éramos recebidos com pão e sal. Fazendeiros repartiam conosco o pouco que tinham” declarou Hans Hewarth von Bittenfeld, um sub-oficial de infantaria. Tudo isso mudou com o ciclo auto-perpetuado e vicioso composto de atrocidades e ataques de vingança. E os povoados ficavam indefesos no meio. “O desastre aconteceu quando os nazistas conseguiram jogar de volta para os braços de Stalin aqueles que desejavam cooperar conosco” continua von Bittenfeld. A sua opinião é de que “nós perdemos devido ao fato de lidarmos mal com a população soviética.” Os ‘Hiwis’ russos que trabalhavam para a Wehrmacht não eram necessariamente forçados a fazê-lo. Ele explica que “a ideia originou a partir dos soldados e não do oficialato.”

As atrocidades eram uma realidade da vida da qual não havia escapatória. O tenente F. Wilhem Christians também contou que foi ”recebido com grande entusiasmo” na Ucrânia. “Mas logo atrás dos panzers vinham as tropas de segurança da SD” o que era “uma experiência muito cruel e triste.” Christian lembra que em Tarnopol “os judeus foram reunidos com a ajuda, eu devo dizer, dos ucranianos os quais sabiam onde as vitimas viviam. Quando eu reportei isto para o meu general, sua reação foi de tornar terminantemente proibida a participação de qualquer membro de sua divisão em tais atos.”

Havia uma miríade de fatores que fazia com que o soldado alemão participasse ou ignorasse esses excessos. Eles estavam isolados em uma terra estranha, assolados por inúmeros fatores e tinham que, é claro, representar a violência disciplinada que se esperava de um soldado durante uma guerra. Muitos deles nunca antes tinham saído da Alemanha ou mesmo dos distritos onde nasceram. Eles estavam então sujeitos a formarem uma insanidade em grupo. Uma guerra corrompe, independente de qual seja a crença política e um alto nível de cultura não necessariamente é uma garantia da perpetuação dos valores civilizados. O oficial da SS, Peter Neumann da 5ª Divisão ‘Wiking’ lembra como um amigo, de forma fria, executou um grupo de civis russos da ITU (essa era a Administração Central para Treinamento Corretivo – Isspraviteino Turdovnoie Upalvelnnie – responsável pelo envio de pessoas as campos de concentração russos). Ele atirou neles com o seu fuzil Mauser. Neumann observou que:

“Esses tipos não eram de forma alguma santos e provavelmente não hesitariam em enviar um pobre diabo, culpado de um crime menor, para as minas na Sibéria. Mas mesmo assim por um momento eu fiquei paralisado devido ao incrível sangue frio do Karl. A sua mão nem mesmo tremia. Será que era possível que esse era o mesmo rapaz que uma vez eu vi, de calção, jogando bola na areia dos quebra-mares de Aussen-Alster em Hamburgo?”

A maioria dos soldados diria que apenas aqueles que estiveram lá realmente entenderiam tal dilema. Estes mesmos homens poderiam ser também rotulados de “pessoas legais” por seus contemporâneos. O Batalhão Policial 101, responsável por excessos cruéis, era composto por “homens comuns” e sem muito brilho. Depois que um soldado matava pela primeira vez, a próxima vez se tornava proporcionalmente mais fácil. Em cada setor da sociedade existem os tipos criminosos que formam parte do inexplicável lado sombrio que compõe o ser humano. E os soldados não são uma exceção. Na realidade, a violência aceita no campo de batalha apresenta as oportunidades para aqueles emocionalmente suscetíveis a atos destrutivos e malignos. O Obergefreiter da artilharia Heinz Flohr viu mães serem obrigadas a testemunhar a execução dos próprios filhos em Belaja-Zerkow no verão de 1941. Ele contou, visivelmente emocionado: “Eu tive de me perguntar se eram mesmo seres humanos que estavam cometendo tais atos?” Estupros nem sempre eram ideologicamente repulsivos. O Gefreiter Herbert Bütnner impediu que um Feldwebel do corpo médico molestasse uma menina russa, mas mais tarde o mesmo Feldwebel humilhou um grupo de judeus ao cortar metade de suas barbas e cabelos durante um despejo feito à força.

C O N T I N U A

Traduzido Por A.Reguenet

Rússia, 1941. Uma Guerra Sem Louros – Parte XI

PARTE 11

Um médico Gefreiter da 125ª Divisão de Infantaria escreveu para casa relatando a extensão da “crueldade judia-bolchevique e que qualquer um acharia difícil de acreditar”:

“Ontem nós atravessamos uma grande cidade e passamos por sua prisão. Ela fedia devido aos cadáveres, mesmo a uma longa distância. Enquanto nós nos aproximávamos, mal dava para suportar o cheiro. Dentro dela estavam os corpos de 8.000 prisioneiros civis, nem todos fuzilados, mas que também foram espancados e assassinados – um banho de sangue produzido pelos bolcheviques um pouco antes de se retirarem.”

Os soldados eram extremamente influenciados por aquilo que viam. Isso afetava tanto a moral quanto a ética. Um sub-oficial escreveu: “Se os soviéticos já assassinaram milhares dos seus próprios cidadãos ucranianos indefesos, mutilando-os de forma brutal e matando-os, o que eles farão então com os alemães?” A sua própria e profética opinião era de que: “se estes animais, nosso inimigo, vierem a entrar na Alemanha, haverá um banho de sangue tal qual o mundo nunca viu antes.”.

A publicidade em torno da atrocidade de Lvov, veiculada nos cinejornais e nos periódicos só fez por aumentar as suspeitas e o mal-estar que já se fazia sentir entre o povo na Alemanha. Suas preocupações eram repassadas para aqueles que serviam no front, aumentando o isolamento e o pessimismo que começava a emergir dentro de cada um diante das perspectivas da campanha se tornar ainda mais longa. Uma dona de casa de Düsseldorf confessou ao seu marido:


“Nós temos uma ideia do que parece estar acontecendo aí no leste a partir do (cinejornal) Wochenschau, e acredite em mim: essas imagens tem produzido tamanho pavor que nós preferimos fechar os olhos enquanto que algumas cenas são projetadas. E essa realidade – o que lhe parece? Eu acredito que nunca nós conseguiríamos imaginar.”

As informações confidenciais do Serviço Secreto da SS sobre os assassinatos dos ucranianos em Lvov confirmam que estes “produziram uma profunda impressão de repugnância” durante a segunda semana de julho. “Muitas vezes era perguntado que destino os nossos soldados podem esperar se eles se tornarem prisioneiros e, de nossa parte, o que estamos fazendo com os bolcheviques os quais nem mais são humanos?”.


C O N T I N U A

Traduzido Por A.Reguenet

Morte nos Campos de Batalha – Ainda não Aprendemos com Nossos Erros!

Dizem que a inocência de um homem acaba nos primeiros minutos de batalha, e com o decorrer da guerra sua humanidade também se desfaz. O mundo como conhecemos, foi forjado a partir da guerra, e apesar de sempre presente, a guerra é a degradação maior que o individuo pode enfrentar.

A Segunda Guerra foi o primeiro grande flagelo a ser documentado e registrado de forma industrial. Porquanto a quantidade de registros de jovens que pereceram em combate e outros que sobreviveram fisicamente, mas que deixaram suas mentes nos campos de batalha permite termos a exata dimensão do que um conflito de grandes proporções pode causar a um homem sadio.

E continuamos criando nossas guerras ao longo das décadas até os dias atuais, mesmos cientes das consequências devastadoras, deixamos que o ódio entre povos e nações continuem a produzir mais mortes. Não entendemos nossa própria história e continuamos a repetir os mesmos erros do passado.

Os Uniformes e Soldados Mais Estranhos da Grande Guerra – Parte IV

Essa Primeira Guerra foi bastante estranha, pois projetou a tecnologia que seria desenvolvida ao longo do século XX, mas também deixou evidente equipamentos, uniformes e armas que foram utilizadas nos séculos anteriores. No final das contas é um grande divisor de águas em tecnologia militar. Vamos apreciar esses estranhos e, porque não dizer, hilários exemplos:

Eu Juro, tem um soldado ai dentro!

Fico pensando o cara combater com esse negócio, deveria ter uns50 kilos. Acho que houve cavaleiro medieval bem mais flexível para o combate

O que é isso? Super-homem da Primeira Guerra? Homem de Ferro?

Frente e Verso!! KKKKKKKKK

Os Uniformes e Soldados Mais Estranhos da Grande Guerra

Realmente a 1ª Guerra Mundial expressou uma nova tendência dentros dos exércitos. Mas tevem um componente interessante, comum a todos as guerras; soldados estranhos com seus uniformes mais esquisitos ainda. Vamos conferir alguns exemplos:

Essa cobertura é horrível

Filme de Horror

Como o Comando Supremo da Wehrmacht Divulgou as Operações na URSS.

Por isso, decidimos hoje, mais uma vez colocar o destino e o futuro do Reich alemão e do nosso povo nas mãos de nossos soldados.

Discurso do Führer para o povo alemão, 22 de junho de 1941.

Fotografia: Contando a Segunda Guerra Mundial – Parte I

Uma foto pode trazer uma série de associações e despertar o interesse pelo fato histórico! Estamos publicando uma série que colocamos o nome: Fotografia: Contando a Segunda Guerra Mundial. Iremos por tempo indeterminado publicar uma vez por semana um conjunto de fotos que represente vários períodos da Segunda Guerra (muito embora vamos publicar de outros acontecimentos também) com o objetivo de fazer você associar as fotos com os acontecimentos, sem obedecer uma ordem cronológica, e realizar a relação do momento que a foto foi tirada com o contexto histórico que ela está relacionada. Por exemplo, nessa primeira publicação teremos fotos sobre a Afrika Corps e podemos conceber uma série de informações, tais como se a foto foi tirada quando os alemães estavam em franca ofensiva ou se já estavam com sérios problemas logísticos. Enfim, cada fotografia tem sua própria história e ela se encaixa no contexto geral da guerra. Vamos lá, teste seus conhecimentos e envie pra gente o que você consegue extrair dessas Fotografias que Contam a Guerra!

FEB – Os Detalhes Históricos – Introdução

Para entender os motivos que levaram a formação de uma Força Expedicionária Brasileira é necessário primeiramente compreender os desdobramentos políticos do Brasil na década de 30, sendo que à luz de uma análise desse período podemos ter uma visão geral dos acontecimentos que culminaram com a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial. Ainda no contexto político poderemos entender os motivos, até certo ponto contraditórios, de uma nação regida por uma política totalitária, como era a varguista, lutando lado a lado com potências democráticas.

O Brasil encerra a década de 20 com uma agitação política causada pelo rompimento da base da chamada política café-com-leite, onde o poder republicano, desde o início do século, pendia ou para São Paulo ou para Minas Gerais. Mas no processo de indicação visando as eleições presidenciais Júlio Prestes sai candidato por São Paulo, contrariando o presidente de Minas Gerais Antônio Carlos Ribeiro de Andrada que apoia o gaúcho Getúlio Dornelles Vargas. Em 01 de março de 1930, acontece a eleição presidencial que aponta Júlio Prestes vencedor da disputa eleitoral, contudo este não toma posse, em virtude do Golpe de Estado, desencadeado em 03 de outubro. Getúlio Vargas é nomeado chefe do Governo Provisório em 03 de novembro do mesmo ano. Com isso chega ao fim o período da História do Brasil conhecida como República Velha.

Evidentemente não nos aprofundaremos nas circunstâncias que levaram Vargas ao poder, mesmo que esse fato tenha configurado todo o cenário brasileiro para as décadas seguintes, contudo cabe uma análise da posição do Exército Brasileiro no envolvimento com essas mudanças que floresciam no Brasil e no mundo.

Sublevações aconteciam a todo o momento no Brasil desde o início da década de 20, a exemplo a Revolta Tenentista, a Intentona Comunista de 35 que teve a participação de vários militares e iria ser o pretexto utilizado pelo próprio Vargas na instauração do Estado Novo, portanto as Forças Armadas estavam no centro das mudanças políticas e revoltosas que deixavam o país com uma instabilidade social, afetando diretamente a vida da sociedade. Em paralelo a esses movimentos revoltosos, o Exército estava sofrendo uma mudança radical em sua doutrina e estrutura, desde o final da Grande Guerra foi instaurada aqui em 1919 até 1940 a Missão Militar Francesa (MMF), e tinha como objetivo a modernização do Exército Brasileiro, bem como a adoção de uma nova doutrina militar de guerra, que naquele momento, era considerada a mais avançada do mundo.

No contexto territorial a rivalidade e as frequentes disputas que existiam entre a Argentina e Brasil pela hegemonia regional. Os argentinos exportavam matéria-prima em grande escala para a Alemanha durante a Grande Guerra, mas que a partir de 1924 a ideologia aos moldes fascistas, baseado no nacionalismo aflorou a disputa e, posteriormente, em 1930, sob o comando do General golpista José Felix Uriburu inspirou cuidados do Governo Provisório, chefiado por Getúlio Vargas, já que acreditava-se à época  que o  general argentino tinha aspirações territoriais no sul do Brasil, e partes das Forças Armadas brasileiras deslocaram efetivos para a tríplice fronteira.

A partir da instauração do Estado Novo em 1937, o Brasil passa a ter pretensões mais ousadas. Getúlio Vargas deixa claro sua política externa quando afirma que o Brasil iria buscar o seu lugar no contexto mundial, sendo um dos signatários nas Liga das Nações.

 Como era normal para o regime varguista, o Brasil estava mais ligado aos países ditatoriais, basta lembrar que houve um intenso e crescente comercio entre o Brasil e a Alemanha até 1935, quando esse último implementou leis protecionistas e diminuiu suas importações, mas o comercio nunca deixou de existir até 1939, quando as relações diplomáticas foram cortadas, Um outro exemplo foi a aproximação entre o Brasil e a Itália, cuja a ideologia fascista era até certo ponto exercida aqui no País. O nossos líderes à época expressaram em várias ocasiões sua admiração pelos resultados apresentados pelos Estados totalitários, portanto na concepção inicial, era de se imaginar que um conflito bélico o Brasil, no que concerne a seus líderes, se colocasse alinhado com os valores defendidos por essas nações.

 Esse era o cenário brasileiro nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial, um país ávido por mudanças, mas com problemas sociais e políticos crônicos, mas sem uma identidade internacional, e com início do conflito cada vez mais pressionado para se posicionar.

Fontes:

http://tenentismonobrasil.wordpress.com/

http://blogdoconfrade.blogspot.com

Missão Militar Francesa de Instrução junto ao Exército Brasileiro – General Alfredo souto Malan – 1988

Especial Grande Guerra – Revistas do Período – Parte I

Capas e reportagens especiais das revistas publicadas na França, Alemanha e Grã-Bretanha durante a Primeira Guerra Mundial 1914-1918: os líderes militares, os soldados famosos de ambos os lados, as tropas, armas, campos de batalha, a vida nas trincheiras, peças de propaganda. Essa é primeira parte:

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