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Sobre o Comunismo – Parte 1
Num país polarizado, muitas vezes não compreendemos que a origem dos rancores que afloram hoje, tem sua origem na história. Então vamos analisar alguns fatos históricos que marcaram a essência do Comunismo, que no geral, são um dos lados dessa polarização no Brasil
Muito se fala, pelo menos a Esquerda Brasileira, sobre o quão assassino e repressivo foram os anos em que os militares estiverem no poder. De fato, é inegável as torturas e as mortes nos porões do governo militar. Contudo, negar que a Esquerda teria se comportado de forma diferente caso estivesse no Poder nesse período, é não compreender a essência do regime comunistas no decurso da História.
Joseph Stálin foi o maior genocida que a humanidade já presenciou. Isso mesmo! Hitler é culpado pelo genocídio durante a Segunda Guerra Mundial, mas Stálin já vinha dizimando seu próprio povo desde que assumiu na década anterior.
Não é possível deixar de registrar que de 1939 a 1941, ou seja, dos seis anos de Guerra Mundial, três, soviéticos e alemães marcharam no mesmo compasso. Dividiram e Invadiram a Polônia (exatamente nessa ordem) e determinaram áreas de influência com o objetivo de viverem harmoniosamente durante as décadas vindouras. Se Hitler, traíra por natureza, não tivesse rasgado do Tratado de Não-Agressão Molotov-Ribbentrop, estaríamos falando de uma guerra com um final possivelmente diferente do que conhecemos hoje.
Então cabe uma reflexão. O que um regime aos moldes soviéticos faria no Brasil se, e só se, derrubasse o governo militar e assumisse o poder? Instituiriam um modelo onde o povo estivesse à frente de todos os interesses do Estado? A bandeira nacional continuaria nas mesmas cores e um período de paz a amor entre todos se perpetuaria com justiça social?
A História ensina e Trotsky sentiu na pelo o que o totalitarismo vermelho pode fazer com seu próprio povo e sua nação.
Próximo POST: A tristeza por Katin.
- Hitler se encontra com o General de Infantaria Blaskowitz
- General de Infantaria Strauss e o Generalde Artilharia von Kluge apresentam um relatório da situação
- Recebido como Herói
- Engenheiros de combate trabalhando para recuperação de uma ponte
- poloneses de origem alemã retornam
- poloneses de origem alemã tinham se encontram com o próprio Hitler
- Hitler observa o avanço de suas tropas
- Avanço de tropas
- Superioridade bélica alemã.
- Tropas alemães em constantes avanços
- Uma das dezenas de campos que reúnem armas polonesas
- Infantaria leve atravessa rio na polônia
- Motociclistas abrem os comboios militares
- poloneses de origem alemã recebem tropas com alegria
- Ofensiva Aérea
- Artilheiro de bombardeiro
- Sieg Hail!
- A Polônia desencadeou a luta contra a Cidade Livre de Danzig
- Famílias de origem alemã refugiadas da província de Volhynia na Polônia buscam proteção do Reich
- Os poloneses destroem a ponte Vistula próximo a Darshau.
- Marco Inicial do Corredor com referência ao Tratado de Versailles
- REICHSTAG, 01 de setembro de 1939. Hitler justifica a invasão da Polônia.
- O Presidente do Reichstag Marechal Hermann Goering, abre a sessão históric a com uma pequena declaração as 10 horas da manhã da sexta-feira. A Invasão da Polônia iniciara as 4:45 daquele dia.
- Danzig – Uma linda antiga cidade alemã. Pode ser a torre da Catedral de Santa Maria.
A Invasão da Polônia em 1939: Aspectos para Refletir
“Abrisse-se as portas do inferno”. Essa é primeira frase que se verificou nos jornais ocidentais quando Hitler, a despeito de todas as advertências inglesas e francesas, lança suas tropas contra a indefesa Polônia. Mais de 75 anos depois daquela fatídica sexta-feira, no distante 1º de setembro de 1939, ainda há muita controvérsia sobre o início do conflito e as causas que levaram o mundo a escuridão da guerra por anos. O próprio Hitler, já derrotado seis anos mais tarde, em seu bunker nos arredores da devastada Berlim, registra em seu testamento político que, ao contrário do que possam falar, ele não desejava a guerra em 1939. Se ele não desejava a guerra, então quais os motivos que levou ele ao conflito? Vejamos uma pequena análise das circunstâncias da eclosão da guerra.
Em 1938, líderes ocidentais se reúnem em Munique para discutir as investidas Nazistas contra a região dos Sudetos, de minoria germânica. Hitler recebeu os lideres da França, Inglaterra e da Itália para estabelecer as condições para evitar à guerra. As nações assinaram o Acordo Munique, mesmo sem a presença da Tchecoslaváquia, a região dos Sudetos foi anexado a Alemanha. Era a política da “paz a qualquer custo”, protagonizado pelo Premier Britânico Neville Chamberlain.
Não demorou muito, em 10 de março de 1939, Hitler ocupa toda a Tchecoslaváquia, o encontro de Munique era mais estratégia de Hitler para ganhar tempo. Inglaterra e França, perplexos nada fazem, exceto uma promessa do Führer de que a ânsia territorial da Alemanha se encerrara. Não há guerra por isso, mas não por muito tempo.
Quando o “Cabo Austríaco” afirma: “As fronteiras de 1918 nada representam para a Nova Alemanha”, alusão clara que as imposições das condições territoriais de Versailhes não seriam mais toleradas, começa a planejar o próximo passo militar: a Polônia. Não antes sem estruturar uma estratégia que deixou o mundo estupefato, um pacto de não agressão com sua inimiga ideológica desde os tempos do Mein Kampf, os soviéticos. Ele queria uma fronteira comum e a certeza do não envolvimento da União Soviética, por isso considerou a divisão de influência e territorial do Leste Europeu com os Vermelhos. Sem se preocupar em abrir uma frente de combate indesejada em 1939, o caminho para Polônia estava assegurado.
A principal argumentação de Hitler era com relação à cidade Livre de Danzig, considerado uma aberração pelo Líder alemão. A partir de 23 de agosto, depois de assinado o Pacto Molotov-Ribbentrop que chocou o mundo mais do que a ineficiência dos políticos ingleses de entender as ações Hitler, nada mais impediria a Nova Alemanha a teoria nazista do Espaço de Vital (Lebensraum) .
Evidências históricas apontam para um planejamento detalhado das atividades alemãs para se voltar para a Polônia, sem a interferência Russa e com a o aval inicial da Itália. A ineficácia dos franceses e a indisposição inglesa tornou possível uma vitória militar em poucas semanas, mesmo com a bravura polaca, nada poderia ser feito com a primeira demonstração real do poderio militar da Alemanha, colocando em prática uma doutrina de avanço nunca antes vista, era a Blitzkrieg em sua versão mais letal.
Apesar das demonstrações de indignação e a Declaração de Guerra da Inglaterra e França e, posteriormente, pequenas incursões e ataques à fronteira franco-alemã, nada mais foi feito para impedir que em 06 de outubro a Alemanha anexasse à Polônia.
Em 17 de setembro a União Soviética invade a Polônia pelo norte, argumentando proteger os poloneses de origem soviética, evidentemente já alicerçados pela cláusula secreta do Pacto Molotov-Ribbentrop que dividia a Polônia entre as duas potências militares e que só seria conhecida no pós-guerra.
Uma Questão Histórica
Se a Alemanha invade a Polônia e a União Soviética também executa a mesma manobra 16 dias depois, qual o motivo da Declaração de Guerra das potências ocidentais ser apenas contra a Alemanha?
Essa é uma pergunta que muitos ideólogos fazem até hoje. Isso é uma retórica extremamente frágil de argumentação histórica.
França e Inglaterra (todo o domínio inglês) Declaram guerra em 03 de setembro, ou seja, 48 horas depois do início da invasão alemã. Dia 17, data da invasão do Exército Vermelho, a guerra já estava praticamente decidida, o Governo polaco praticamente já estava no exilio e a Polônia lutava uma guerra desesperada. Os diplomatas e políticos não entendiam a invasão dos soviéticos como uma questão territorial em 39, mas uma estratégia de impedir que o avanço alemão chegasse à fronteira soviética e, em última instância, não queriam uma escalada da guerra aos moldes de 1914. Portanto, compreensível que não houvesse uma Declaração formal de guerra aos soviéticos. Importante essa concepção histórica para entendimento do conflito.
Por fim
Mesmo à revelia da argumentação do Líder Alemão em seu Testamento Político, todos os indícios que se seguem desde que Hitler assumiu o poder plenamente em 1934, apontam para a conquista territorial através da intervenção militar, fato que concretizou com a Guerra Total em 1939 e a capitulação da Polônia, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo e finalmente a própria França.
Em 1941, a Nova Alemanha chegava ao ápice do Reich de Mil Anos, que duraria apenas mais quatro anos, com o Líder supremo alemão se matando com sua amante em seu último reduto nos arredores da devastada Berlim.
Qualquer outra afirmativa distante dessa argumentação é de difícil sustentação.
Fonte:
Kershaw, Ian – Hitler; tradução Pedro Maia Soares – São Paulo: Companhia das Letras, 2010
Jordan, David – A chronology of World War II – the ultimate guide to biggest conflict of the 20th century. Grange Books Ltd, 2007.
O Que A Invasão da Polônia Pode Nos Ensinar?
O quadro se redesenha para a História. Impressiona como ainda não sabemos olhar para trás e verificar o que a História nos ensina. Apesar de contextos diferentes, a retórica de acontecimentos explode em nossas caras, e mesmo assim não conseguimos perceber a semelhança dos fatos e acontecimentos e as decisões erradas tomadas no passado, não servem de referência para as tomadas de decisões hoje.
Em uma época não muito distante, uma nação com poucos recursos, tanto econômicos, quanto militares, valia-se do apoio de grandes potências para existir como nação. Possuía uma região autônoma e estava na fronteira de influências de nações opositoras! Qualquer semelhança é mera consciência, será?
Em 01 de setembro de 1939, a Alemanha invade à Polônia! As potências ocidentais enviam ultimato a Hitler para desocupar o território polaco. A Alemanha argumenta que o motivo da invasão é a proteção da população de origem alemã (outra consciência?). As potências que, inicialmente, protestam, ameaçam enviar tropas e aplicar sanções econômicas a Alemanha, nada fazem. Assistem de camarote a Polônia capitular em 06 de outubro daquele mesmo ano. O país inteiro é anexado a Nova Alemanha e a região Livre da Danzig deixa de existir. Este evento marca o início de seis longos anos de morte e destruição para toda a Europa.
Certamente estamos em contextos diferentes. Não estamos comparando a Rússia com a Alemanha nazista. Estamos relacionando fatos históricos ocorridos e que levaram o mundo a beira do apocalipse. Os atores são diferentes, mas os resultados podem ser os mesmos. Temos que pensar que as consequências de um conflito mundial terá o cenário descrito por Albert Einstein:
“Eu não sei com que armas a Terceira Guerra Mundial acontecerá, mas a Quarta Guerra será lutada com paus e pedras.”
1º Setembro de 1939 – O Primeiro Marco da Guerra
No dia 01 de setembro de 1939, iniciou a primeira grande ação militar que culminou com a Declaração de Guerra entre França e Inglaterra contra a Alemanha, dando início ao que conhecemos como Segunda Guerra Mundial. Nossas próximas publicações vamos analisar os aspectos da invasão Alemã contra a Polônia no que diz respeitos as condições políticas e militares. Vamos verificar os cenários anteriores da negociação de paz que foram tratados com o regime alemão e os aliados, além dos motivos que levaram a União Soviética a assinar um tratado de não-agressão com uma cláusula secreta que já previa a divisão do território polonês. E para fechar, porque não foi declarada guerra a União Soviética, já que no contexto geral, os dois países subjugaram a Polônia e a guerra sobreveio apenas aos alemães.
1939 – O Ano Que Mudou o Século XX – Invasão da Polônia
Enquanto a Polônia era Invadida em 1939…
História Completa da Segunda Guerra – De Olho na Polônia
História Completa da Segunda Guerra – O aniquilamento do Exército polonês
1939 – O Ano Que Mudou o Século XX – Polônia e Outras Guerras
História Completa da Segunda Guerra – O Início do Conflito!
Nessa segunda parte da série História Completa da Segunda Guerra Mundial, vamos analisar em algumas publicações o início do conflito europeu. A eclosão da guerra de fato, só acontece dia 03 de setembro de 1939, quando em uma declaração conjunta entre a França e Grã-Bretanha a declaração de guerra contra a Alemanha é proferida. Hitler iniciara o conflito e agora ele não mais poderia voltar atrás. Enquanto os soviéticos, inicialmente não participam da ofensiva alemã, muito embora tenham um acordo secreto assinado no Pacto Ribbetrop-Molotov que previa a divisão do território polonês, contudo as forças soviéticas só entram na Polônia em 17 de setembro, quando a declaração de guerra já estava consumada entre as potências ocidentais. Nesse momento nasce a Blitzkrieg, e o mundo observa estarrecido com a performance de nova forma de fazer guerra.
É necessário lembrar que nesse momento do conflito ALEMANHA e UNIÃO SOVIÉTICA eram parceiros nessa empreitada, inclusive com Hitler submetendo os planos de invasão para a chancela de Stalin. É necessário entender que, mesmo sendo regimes antagônicos, os dois países tinham políticas parecidas no que se refere a áreas de influência pela Europa Central. Não há como negar a esdruxula relação fez parte de uma estratégia, inclusive interna, do Fürher para o planejamento da guerra total que estava por vir.
O início da Blitzkrieg
Nas primeiras horas da manhã de 01 de setembro de 1939, bases áreas polonesas são atacadas por bombardeiros alemães. O plano da Luftwaffe era infligir o maio dano possível à força aérea polonesa para assegurar que não interferisse na invasão por terra que viária a seguir. Às 04h45m, elementos da vanguarda da força de invasão cruzaram a fronteira da Polônia.
Os poloneses foram pegos de surpresa. A mobilização de suas forças, ordenada apenas dois dias antes, nem sequer estava perto de ser concluída. Algumas unidades de reserva contavam com todo ou quase todo o seu efetivo e aguardavam para se deslocar para as posições designadas em caso de invasão, mas muitas outras ainda esperavam a chegada da maioria de seu pessoal e, assim sendo, não estavam em condições de se dirigirem à frente de combate. Para os alemães, isso representou enfrentar oposição inicial enfraquecida até o final da tarde daquele 01 de setembro.
As formações de vanguarda do Grupo de Exércitos do Norte alemão se beneficiaram do fato de seu avanço ser acobertado por um nevoeiro de outono. Houve um ou dois incidentes em que, por causa da baixa visibilidade, unidades alemãs confundiram unidades amigas com tropas polonesas, chegando a trocar tiros entre si, mas nada grave. Os alemães tomaram Danzing rapidamente, com o Terceiro e Quarto Exército deslocando-se para cortar o Corredor Polonês antes que o Terceiro Exército se desviasse em direção a Varsóvia. A oposição foi ligeira, com somente algumas posições polonesas ao longo da costa do Báltico apresentando resistência digna de nota.
Aquele foi o dia em que nasceu o muito do galante ataque da cavalaria polonesa contra tanques. O 18º Regimento de Lanceiros realmente recebeu ordens de realizar uma carga de cavalaria contra a infantaria alemã e parecia que teria sucesso. Contudo, alguns veículos blindados alemães flanquearam os cavaleiros poloneses e abriram fogo sobres os lanceiros, que sofreram baixas pesadas e foram forçados a se retirar.
A situação era delicada para os defensores poloneses, que lutavam por seus planos defensivos em ação. A garantia de apoio de França e Inglaterra se mostrara especialmente inócua, já que não impedira a invasão e parecia haver pouco que qualquer uma das potências pudesse fazer para ajudar seu aliado polonês com suficiente rapidez.
Na segunda manhã da invasão, os alemães esperavam uma oposição mais tenaz conforme se aproximavam do rio Brade. Ali, acreditavam eles, seria a base da principal linha de defesa polonesa. Entretanto, os poloneses não estavam suficientemente preparados. Além disso, ataques aéreos e alvos de transporte foram eficazes e, assim, o rio foi cruzado com facilidade, apesar do esforço de unidades defensoras.
As principais dificuldades alemãs aconteceram quando alguns dos tanques do XIX Corpo Panzer ficaram sem combustível por terem estendido demais suas linhas de suprimento. Isso foi uma amostra do que aconteceria ao longo da guerra, já que o exército alemão dependia muito do transporte animal. Como resultado, em sempre haveria suprimentos disponíveis em momentos críticos.
Naquele instante, a força aérea polonesa já sofrera baixas pesadas. A surpresa do ataque inicial deixou poucas aeronaves em condições de resistir e, embora alguns pilotos tivessem conseguido decolar, estes há não podiam influenciar o que estava por vir. Os pilotos poloneses eram bem treinados e capazes, mas suas aeronaves eram amplamente obsoletas. Isso era particularmente verdadeiro em relação aos caças poloneses, que estavam uma geração atrás dos Messerschmitt Bf-109s da Luftwaffe, mais comumente (embora incorretamente) conhecidos como Me-109. Apesar disso, a força aérea polonesa continuou a operar. Patrulhas de caças defendendo Varsóvia opuseram severas resistências enquanto puderam, porém, em 03 de setembro, a Luftwaffe já estabelecera superioridade aérea em todo o país, permitindo que o poderio aéreo desempenhasse o papel fundamental de apoiar as forças alemãs no solo.
Isso, entretanto, não significou que a Luftwaffe tenha passado todo o tempo sobre os campos de batalha. Um dos principais objetivos de usar ataques aéreos para apoiar movimentações rápidas em combate, na tática que ficou conhecida como Blitzkrieg, era desmoralizar o inimigo, atacando centros de comunicações, administrativos e industriais. Varsóvia foi bombardeada no primeiro dia, enquanto as tropas polonesas que tentava chegar à linha de frente eram impedidas por uma série de ataques aéreos contra estradas, pontes e ferrovias. Além disso, bolsões de resistência polonesas foram bombardeados pelo ar, principalmente por uma aeronave que logo se tornaria infame, o bombardeiro de mergulho Junkers Ju-87, mais conhecido como Stuka.
Parte I – História Completa da Segunda Guerra – De Olho na Polônia
Fonte: David Jordan – The complete history of World War Two
PE – Polícia do Exército – Uma tropa de Elite da FEB!
Dedico este post à “Associação Uma Vez PE – Sempre PE”, e em especial ao grande amigo e mestre Chico Miranda, exemplo de dedicação em preservação da História.
Antes do embarque para o Teatro de Operações da Itália, foi organizada uma tropa de elite, muito especializada, os “MP – Military Police”, e seus integrantes, como sabemos, foram recrutados em grande parte na Polícia Militar de São Paulo, que por sua vez, a maioria eram oriundos do estado de Santa Catarina, descendentes de saxônicos, consequentemente foram apelidados de “catarinas”.
Devido ao seu rigoroso treinamento especializado em policiamento, logo impuseram respeito à tropa apresentando um alto índice de eficiência, igualando-se às melhores polícias dos outros exércitos. Os comandados do 1º Ten R2 José Sabino Maciel Monteiro, estavam sempre impecavelmente fardados, mantendo uma postura em seus postos de serviços, que impunham respeito a qualquer pessoa, ou organizando o tráfego na famosa Rota 64, com inflexibilidade e intransigência, sem distinção de patente.
Os integrantes desta tropa, como dissemos, eram em sua maioria descendentes de alemães e poloneses, de forma que eram louros e falavam com um forte sotaque, que muitas vezes se tornava impossível entender o que estavam dizendo, e para complicar eles usavam os mesmos “field-jackets” dos americanos e não raro eram confundidos com eles.
Devemos explicar que os uniformes da Força Expedicionária não foram planejados para enfrentar o rigoroso inverno europeu, portanto era possível encontrar diversos tipos de uniforme em uma mesma tropa, levando aos nossos soldados a recorrer aos uniformes americanos, para aguentar o frio e o vento daqueles dias de guerra, e o “field-jacket” ( uma jaqueta de cor bege, forrado de lã e com capuz, que se fechava inteiramente com um zíper. Nossos uniformes eram uma mistura de cores, com calças verde-oliva, “field-jacket” bege, gorro de lã verde petróleo, mas de toda forma serviu para aquecer a todos.
O Ministro da Guerra Eurico Gaspar Dutra cercou-se de uma grande comitiva quando a FEB começou a vencer suas batalhas, e foi visitar alguns setores onde nossos pracinhas participavam de ações contra o inimigo. Nesta comitiva estava o Cel Bina Machado, homem de cultura, e que viveu nos EUA por vários anos, por isso dominava perfeitamente o inglês.
Ao chegar ao acampamento do 6º RI, passou a percorrê-lo, conversando animadamente com os soldados que ali estavam, em um acampamento próximo à cidade de Barga. Ao aproximar-se de um soldado alto, louro, tipo clássico de soldado americano, com aquela mistura uniformes, dirigiu-se educadamente ao mesmo, em um inglês refinado, fazendo-lhe diversas perguntas, enquanto o soldado permanecia imóvel, olhando-o fixamente sem nada responder. O Cel Bina Machado já estava ficando irritado com o silêncio do praça, inclusive se questionando se ele se achava tão superior que não se dignava a lhe dirigir a palavra, ou se o seu inglês estava mal a ponto de não ser entendido.
Ele chamou o comandante do Regimento e disse: Oh, Segadas, o que há com esta “besta”, que não se digna a me responder? Faz quase meia hora que faço perguntas e ele não dá uma palavra em resposta, e ainda fica me olhando com esta cara de bobo.
– Não é possível Bina, este é um dos nossos soldados mais educados do nosso grupo, diga-me por favor, em que língua você está falando com ele?
– Em inglês é claro! Ele não é americano?
O Gen Segadas deu uma gostosa gargalhada e disse: É óbvio que ele não poderia lhe responder nada, caro amigo. Seu inglês continua impecável como sempre, acontece que este soldado é brasileiro e não entende nada de inglês.
– Então, foi a vez do Cel Bina ficar surpreso. Este soldado não é americano? E esta farda que ele usa, não é toda americana?
– Claro que é, mas quando percebemos que nosso material era inadequado, tivemos que recorrer aos americanos. Quanto a este rapaz, é o meu motorista, e tem este biotipo, pois é descendente de poloneses. É um dos nossos “catarinas”.
O Cel Bina Machado ficou muito sem graça por ter perguntado por que o “besta” não respondia.
Realmente os “MP”, quer brasileiros ou americanos, eram rigorosamente respeitados, e as infrações de trânsito na Rota “64” eram punidas rigorosamente.
Fonte: “E foi assim que a Cobra Fumou” – Elza Cansanção – 1987
“ Brazilian Expedicionary Force in World War II” – C.C. Maximiano e R. Bonalume Neto
Osprey Publishing – 2011
Nota: A Associação de Polícia do Exército é que agradece ao amigo Rigoberto Souza pela força e amizade a TODOS os PEs de ontem e de hoje!
Stálin – Um Mentiroso Convincente – Discurso Parte II
Platão disse uma vez que os governantes nunca devem contar toda a verdade ao povo, contudo o ditador Joseph Stálin gostava de enganar o povo segundo seus interesses políticos miseravelmente, e sua forma de agir era, muitas vezes, pouco convencional. Por exemplo, no início da década de 30 o líder soviético encomendou um censo populacional e os resultados foram, para “surpresa” dos líderes soviéticos, pouco produtivos, já que população diminuiu quase 32% entre as décadas de 20 e 30, devido as execuções em massa que eram deliberamente empreendidos pelo regime socialista. Resultado? Os recenseadores foram enviados a campos de concentração e trabalhos forçados ou executado! Óbvio!!
Na segunda parte do discurso proferido pelo pouco convencional Stálin para o povo soviético lutar contra a invasão nazista, é de se pensar que a “maldosa horda fascista”, foram recebidos como libertadores em várias cidades soviéticas. Stálin tenta minimizar novamente o Pacto Ribbentrop-Molotov, como sendo um legítimo instrumento de paz entre o URSS e a Alemanha de Hitler. Mentira! O infeliz dividiu a Polônia antes da invasão alemã, considerando inclusive áreas de influência entre os países do leste europeu. E em termos mais obscuros se comprometendo em enviar tropas russas para uma possível agressão ocidental.
Mas uma coisa o Stálin tinha razão…Quando ele diz que militarmente Hitler teve vantagens no avanço em terreno soviético, mas politicamente os russos tiveram a vantagem do mundo.
Finalizando, Stálin incentiva os soviéticos a lutarem por sua liberdade, infelizmente eles não viram liberdade nem durante a guerra, nem depois dela, nem mesmo seus filhos viram a liberdade…Eles vieram saber o sentido da liberdade cívica só há alguns anos.
Parte II “O que a Alemanha fascista ganhou e o que ela perdeu, por perfidamente, rasgar o pacto e atacar a URSS? Ela ganhou certa posição vantajosa para as suas tropas por um curto período de tempo, mas perdeu politicamente, expondo-se aos olhos do mundo inteiro como um agressor sanguinário. Não pode haver dúvida, que este ganho militar de curta duração, para a Alemanha é só episódio, enquanto o tremendo ganho político da URSS é um fator importante e duradouro, que é obrigado a formar a base para o desenvolvimento de sucesso militar decisiva do Exército Vermelho na guerra contra o fascismo Alemanha. É por isso que todo o nosso valoroso Exército Vermelho, toda a nossa valente Marinha, todos os falcões da nossa Força Aérea, todos os povos do nosso país, todos os melhores homens e mulheres da Europa, América e Ásia, e, finalmente, todos os melhores homens e mulheres da Alemanha – denunciar os atos traiçoeiros dos fascistas alemães, simpatizam com o governo soviético, aprovam o seu comportamento, e ver que a nossa causa é justa e, que o inimigo será derrotado e que a vitória será nossa . Em conseqüência desta guerra que tem sido forçada sobre nós, o nosso país tem vindo a enfrentar a morte com seu inimigo mais amargo e mais astuto – o fascismo alemão. Nossas tropas estão lutando heroicamente contra um inimigo fortemente armado com tanques e aviões. Superando inúmeras dificuldades, o Exército Vermelho e a Marinha Vermelha estão abnegadamente lutando por cada centímetro de solo soviético. As principais forças do Exército Vermelho estão entrando em ação armada, com milhares de tanques e aviões. Os homens do Exército Vermelho estão exibindo valor sem precedentes. Nossa resistência ao inimigo está a crescendo em força e poder. Lado a lado com o Exército Vermelho, todo o povo soviético está levantando em defesa de nossa terra natal. O que é necessário para pôr fim ao risco que pende sobre o nosso país, e que medidas devem ser tomadas para acabar com o inimigo? Acima de tudo, é essencial que o nosso povo, o povo soviético, deve apreciar a imensidão integral do perigo que ameaça nosso país e arrematar a complacência, o descuido e a mentalidade de trabalho construtivo pacífico que era tão natural antes da guerra, mas que é fatal, hoje, quando a guerra mudou radicalmente a situação. O inimigo é cruel e implacável. Ele está aqui para tomar as terras que foram regadas com o suor do nosso rosto, para aproveitar os grãos e o petróleo que foram obtidos com o trabalho de nossas mãos. Ele está para restabelecer o primado dos latifundiários, para restaurar o czarismo, para destruir a cultura nacional e à existência como estados nacionais dos russos, ucranianos, bielo-russos, lituanos, letões, estónios, os uzbeques, os tártaros, moldavos, georgianos, armênios, Azerbaijanians e os outros povos livres da União Soviética, de germanizar eles, para convertê-los em escravos dos príncipes alemães e os barões. Assim, a questão é de vida ou morte para o Estado soviético, de vida ou morte para os povos da URSS, de que os povos da União Soviética devem ser gratuitos ou cair na escravidão. O povo soviético deve perceber isto e deixar de ser descuidada, pois eles precisam se mobilizar e reorganizar todo o seu trabalho em pé de guerra nova, onde não pode haver misericórdia para o inimigo.” Link da Parte I FOTOS: