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Primeira Guerra Mundial: O Início da Propaganda de Massa!
É impossível não pensar em propaganda moderna sem trazer a figura de Joseph Goebbels e de toda máquina criada para difundir as ideias nazistas na Alemanha e no mundo. Mas o que poucos sabem é que a propaganda de guerra foi introduzida na Primeira Guerra Mundial. Os impérios Austro-húngaro e Prussiano iniciaram fortes campanhas nacionalistas de apoio ao conflito. A Inglaterra e França também buscavam apoio da população, além de menosprezar o inimigo com charges que passavam mensagens específicas. Quando a entrada dos Estados Unidos, além de mensagens da luta pela liberdade, também eram comuns mensagens que tratavam a venda de bônus de guerra. Estratégia também acompanhada de várias nações envolvidas no conflito.
100 Anos e Uma Única Morte Que Mudou o Mundo
100 anos se passaram e o mundo nunca mais seria o mesmo. A morte em 28 de junho de 1914 do Arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa Duquesa Sofia Maria Josefina, consolidou um dos últimos ingredientes para o estopim do maior conflito armado até aquela data, era a Primeira Guerra Mundial que iniciava. O assassino, um jovem sérvio de apenas 19 anos, Gavrilo Princip, integrante do grupo terrorista conhecido como Mão Negra que se autodeclarava anarquista radical. Segue relato do triste episódio que mudou o rumo da História:
Na manhã de 28 de junho de 1914, Francisco Fernando e sua comitiva partiram de trem de Ilidža para Sarajevo, onde foi recebido com grande pompa pelo governador Oskar Potiorek. Seis carros foram colocados à disposição da comitiva. Entretanto, por engano, três agentes da polícia local embarcaram no primeiro carro juntamente com o chefe de segurança especial, enquanto os oficiais a seu serviço foram deixados para trás. O segundo carro levava o prefeito e o chefe de polícia de Sarajevo. O terceiro carro era um Gräf & Stift, veículo esportivo conversível, onde Francisco Fernando, Sofia, o governador Potiorek e o tenente-coronel conde Franz von Harrach embarcaram. Segundo o programa oficial da visita, a primeira parada da comitiva seria num quartel, para uma rápida inspeção. Às 10 horas da manhã, o grupo seguiu para a câmara municipal.
A comitiva passou pelo primeiro terrorista, Mehmedbašić, que havia sido posicionado por Ilić em frente ao jardim do Café Mostar. Entretanto, ele não conseguiu atirar sua bomba sobre o carro do arquiduque. Vaso Čubrilović, que estava ao seu lado com uma pistola e uma bomba, também não conseguiu agir O próximo terrorista por quem a comitiva passaria era Nedeljko Čabrinović, armado com uma bomba no lado oposto da rua paralela ao rio Miljacka
Às 10h10min da manhã, o carro de Francisco Fernando se aproximou e Čabrinović atirou sua bomba. Entretanto, o artefato bateu na capota aberta do veículo e caiu na rua, explodindo sob o carro seguinte da comitiva. A explosão abriu no chão um buraco de 30 cm de diâmetro e feriu um total de 20 pessoas.
Após o ataque, Čabrinović engoliu a cápsula de cianureto e pulou no rio Miljacka. Porém, a tentativa de suicídio fracassou, pois o terrorista vomitou o veneno e o rio tinha apenas cerca de 12 centímetros de profundidade. Detido pela polícia, Čabrinović foi agredido pela multidão antes de ser levado em custódia.
A comitiva partiu em disparada em direção à câmara municipal, deixando o carro danificado para trás. Cvjetko Popović, Gavrilo Princip e Trifun Grabež não conseguiram efetuar nenhum ataque contra o grupo, devido à velocidade com que se deslocavam.
Após saber que o plano de assassinato havia malogrado, Princip foi até uma delicatessen nas proximidades. No curto trajeto o sérvio avistou o carro aberto de Francisco Fernando manobrando próximo da Ponte Latina. Neste momento, o motorista iniciava o retorno para tomar o caminho certo para o Hospital de Sarajevo, mas o motor do veículo parou durante a manobra e Princip teve a sua oportunidade.
Um relato detalhado do atentado foi descrito por Joachim Remak no livro Sarajevo:
“Uma bala perfurou o pescoço de Francisco Fernando, enquanto a outra perfurou o abdome de Sofia (…) Como o carro estava manobrando (para retornar à residência do governador), um filete de sangue escorreu da boca do arquiduque sobre a face direita do Conde Harrach (que estava no estribo do carro). Harrach usou um lenço para tentar conter o sangue. Vendo isso, a duquesa exclamou: “Pelo amor de Deus, o que aconteceu com você?” e afundou-se no assento, caindo com o rosto entre os joelhos de seu marido.”
“Harrach e Potoriek (…) acharam que ela havia desmaiado (…) só o marido parecia ter idéia do que estava acontecendo. Virando-se para a esposa, apesar da bala em seu pescoço, Francisco Fernando implorou: “Sopherl! Sopherl! Sterbe nicht! Bleibe am Leben für unsere Kinder!” (“Querida Sofia! Não morra! Fique viva para os nossos filhos!!!”). Dito isto, ele curvou-se para a frente. Seu chapéu de plumas (…) caiu e muitas de suas penas verdes foram encontradas em todo o assoalho do carro. O conde Harrach puxou o colarinho do uniforme do arquiduque para segurá-lo. Ele perguntou: “Leiden Eure Kaiserliche Hoheit sehr?” (“Vossa Alteza Imperial está sentindo muita dor?”) “Es ist nichts…” (“Não é nada…”), disse o arquiduque com voz fraca, mas audível. Ele parecia estar a perder a consciência durante seus últimos minutos mas, com voz crescente embora fraca, repetiu esta frase, talvez, seis ou sete vezes mais.”
“Um ronco começou a brotar de sua garganta, diminuindo quando o carro parou em frente ao Konak bersibin (Câmara Municipal). Apesar dos esforços médicos, o arquiduque morreu pouco depois de ser levado para dentro do prédio, enquanto sua amada esposa morreu de hemorragia interna antes da comitiva chegar ao Konak.”
Princip foi imediatamente detido. Durante o julgamento ele afirmaria que sua intenção não era matar Sofia, mas o governador Potiorek.
Medalha…Medalha…Objeto de Reconhecimento do Soldado…Quase sempre!
Desde o princípio da civilização, quando o homem iniciou seus conflitos tribais até os grandes eventos militares, todos os povos sentiam a necessidade de condecorar seus soldados e seus comandantes pelas conquistas militares. Muito mais do que os despojos de guerra, as medalhas projetavam a bravura e as conquistas dos soldados, consequentemente respeito e status social.
Após o fim da Grande Guerra, a pobreza abateu sobre a República de Weimar, os bravos soldados alemães que lutaram durante anos e receberam altas condecorações militares, muitos mutilados de guerra, colocavam seus uniformes, com suas medalhas e se sentavam nas calçadas das principais cidades germânicas para pedir esmolas. Suas condecorações eram os instrumentos para sensibilizar as pessoas e lhe dar sustento. O próprio Hitler sustentava a mais famosa condecoração militar da Alemanha, a Cruz de Ferro. O Cabo Hitler recebeu a medalha quando levava mensagens de seu regimento. Até o fim da sua vida, Adolf ostentou sua Cruz de Ferro com orgulho.
Durante a Segunda Guerra Mundial as condecorações foram um elemento primordial na dura defesa do território soviético. Muitas condecorações militares foram criadas e oferecidas a homens e mulheres que lutaram em todas as frentes soviéticas contra o invasor alemão. Ao final da guerra e nos anos subsequentes, todos ostentavam suas medalhas e condecorações orgulhosamente.
A participação do Brasil no teatro de operações da Itália produziu vários heróis. Todos devidamente condecorados com medalhas de mérito de bravura individual, como é o caso do Tenente Apollo Rezk, o militar mais condecorado na campanha italiana. Todos que participaram da Força Expedicionária Brasileira foram agraciados com a Medalha de Campanha. Aos feridos, Sangue do Brasil.
Infelizmente, hoje as condecorações militares são mais objetos do ego humano do que o reconhecimento por serviços prestados. Muitas medalhas distribuídas de forma indiscriminada e por conveniência política, tornaram-se apenas condecorações do narcisismo de pessoas conhecidas como Muttley, personagem do desenho Corrida Maluca, que repetia insistentemente Medalha…Medalha…, depois de qualquer ação.
A Maior Catástrofe Militar Portuguesa Depois de Alcácer-Quibir
Portugal entrou no conflito a partir de 1914 já na linha africana, com o objetivo de defender suas colônias. Mas apenas em 09 de março de 1916, Portugal declara guerra à Alemanha e forma, no ano seguinte, o Corpo Expedicionária Português (CEP). Em 1918, as tropas portuguesas foram deslocadas para defender a região de Flandres na Bélgica. A Alemanha preparava uma ofensiva desesperada para retomar a região dos Calais na França.
As tropas portuguesas estavam exaustas. Deveriam ser rendidas por tropas inglesas, mas por falta de barcos, o CEP ficou estacionado, defendendo a linha. Porém, muitos oficiais abastados conseguiram retornar para Lisboa e outros conseguiram favores para abandonarem suas tropas. Em todo momento o General Gomes da Costa, comandante do CEP, informava o governo de Lisboa sobre as condições das tropas. Casos de insubordinação, suicídio e deserções eram cada vez mais frequentes.
Em 09 de abril de 1918, o General Erich Ludendorff eclodiu a ofensiva “Georgette”. Em algumas horas de combate 7,5 mil soldados portugueses estavam feridos, mortos ou desaparecidos em combate. Infelizmente, a ofensiva ocorreu quando o exército português recebeu ordens para se deslocarem à retaguarda, sendo substituídas por tropas britânicas. O caos e o desespero dos portugueses eram generalizados.
Dentre os muitos casos de heroísmo em situações de guerra que ocorreram no decurso das Batalhas, um soldado português chama a atenção: Aníbal Milhais. Enquanto os soldados recuavam, o soldado Milhais ficou entrincheirado e defendeu sua posição contra o avanço da Wehrmacht. Depois passou à frente e, durante toda a Batalha, esteve lutando de trincheira em trincheira. Ao final, conseguiu retornar as linhas aliadas e foi condecorado com a Ordem da Torre e da Espada, maior condecoração de Portugal. Ficou conhecido como soldado Milhão.
Mais sobre sobre o soldado Milhões:
Baterias de Costa e a Guerra Estática da Alemanha
Quando a França caiu em 23 de junho de 1940, a Alemanha subjugava grande parte da Europa Continental. Os domínios do Reich chegavam ao auge e um Exército de ocupação seria crucial para a manutenção do domínio alemão. Esse Exército, deveria, além de manter o controle interno dos inimigos do Reich, também deveria estar preparados para um possível ataque das nações inimigas. Quando a frente oriental foi aberta e uma nova fase da guerra se voltava para uma possível invasão da França, ergueu-se a mais conhecida fortificação estática da Segunda Guerra Mundial, a Muralha do Atlântico. Um conjunto de fortificações que se estendiam dos Países Baixos até as costas normandas. A propaganda de Goebbels classificava a Muralha com instransponível e inexorável. Mas não resistiu a primeira inspeção de Rommel. Que a chamou de enganação, e só servia de propaganda.
A Wehrmacht, no final de 1943, estava agora atrás da Muralha fazendo uma guerra estática, parecido com as trincheiras da Grande Guerra, aguardando um movimento do inimigo. Ou melhor, o próprio sistema de defesa estático da Alemanha era tão complicado quanto a diversidade de unidades militares estacionadas pela França. As Baterias Costeiras estavam subordinadas a Kriegsmarine , mas até iniciar os desembarques de tropas inimigas, a partir deste momento, a subordinação passaria a Wehrmacht, que deveria impedir exatamente a consolidação de pressionar o inimigo de volta para o mar.
Essa complicação de subordinação também se dava para as unidades Panzers que só podiam ser acionadas por ordem direta de Hitler, ou seja, Rommel deveria contra-atacar, mas sem contar com as Unidades de Blindados, exceto se solicitasse em tempo para que eles fossem deslocados.
Um dos grandes fatores de preocupação para Rundstedt e Rommel era o poderio naval dos aliados, por isso as fortificações costeiras foram construídas com uma proteção de concreto reforçado e dispostos de tal forma que resistissem a projéteis diretamente. Essas Baterias de Costas estavam prontas para atacar embarcações e tropas que chegasse às praias por elas protegidas. A proteção funcionou no Dia D. A maioria dos que lutaram nos Bunkers e Fortificações nas praias que desembarcaram inimigos, estavam vivos depois dos bombardeios navais e aéreos. Estavam surdos, mas vivos!
Vamos verificar como estas baterias funcionavam e o que restou delas no Dia D.
Eis O Dia D, Ainda Chama Atenção
O Dia D ou, no contexto militar, Operação Overlord, sempre esteve na mística das grandes batalhas da Segunda Guerra Mundial. Sempre habitou a mente daqueles que pesquisaram o assunto e sempre foi objeto de estudo de operações anfíbias nos centros de estudos militares do mundo. Os atacantes, representados pelo Supremo Comando Aliado, tinha à frente ninguém menos do que General Dwight David Eisenhower , veterano da Grande Guerra, foi escolhido por conseguir conciliar e transitar entre as arestas da alta cúpula militar americana e inglesa. Ele planejou, supriu e tentou executar da melhor forma possível a invasão à Muralha Europa, empregando todos os meios tecnológicos e humanos disponíveis do ocidente.
Do outro lado, estava dois experiente Marechais, o primeiro Gerd von Rundstedt, Comandante em Chefe da Frente Ocidental, estava cansado na idade e mais ainda daquela guerra, mas era um soldado profissional, comandando meio milhão de homens atrás da Muralha que a propaganda do Dr. Goebbels insistia em adjetivá-la de “intransponível”. Mas coube ao Marechal-de-Campo Erwin Rommel, nomeado Comandante do Grupo de Exército B, as defesas costeiras do Passo do Calais até o extremo sul da França. “A Raposa do Deserto” era respeitado pelos inimigos e graças a sua intervenção o Dia D, principalmente em alguns aspectos, o Dia D se tornou muito mais duro do que se podia imaginar.
Em abril de 1944, Rommel inicia uma série de melhorias nas defesas, que visavam aumentar as chances de fracasso de uma investida direta dos aliados. Isso incluía aumento do número de fortificações, expansão de áreas alagadas contra um desembarque aeroterrestre e criação de novas áreas de obstáculos marítimos em várias áreas que poderiam ser utilizadas como locais de desembarque. Segundo a doutrina empregada por Rommel, os Aliados deveriam ser repelidos sem que conquistassem um Cabeça-de-Praia, isso quer dizer que as defesas deveriam evitar a chegada e a fixação de tropas inimigas nas praias. Os blindados deveriam ser acionados assim que os desembarques iniciassem, acabando com qualquer chance de reforços através do Canal.
Mas os blindados não poderiam ser acionados sem uma ordem direta do próprio Hitler. Quando a ordem chegou, o Dia 06 de junho de 1944, já estava se encerrando e as tropas Aliadas, mesmo sofrendo terríveis baixas, já se posicionavam em direção ao interior; em direção a Caen, maior objetivo após os desembarques.
O Dia D, apesar de estudado e comentado a exaustão, ainda é motivo de reflexão, pois todos aqueles recursos de homens e material empregados em um espaço geográfico limitado e em um curto período não mais deva se repetir, já que a grandiosidade se reflete, infelizmente, na quantidade de civis e militares que perderam suas vidas nessa operação.
Aviões – Essa Estranha Máquina da Grande Guerra
No final do século XIX se pensou que o grande avanço aeronáutico bélico estaria na utilização de balões nos campos de batalha. Um pequeno exemplo da utilização dos balões foi durante a Guerra Civil Americana, onde o ajuste dos tiros de Artilharia e a sondagem da movimentação das tropas eram realizados a partir de observadores em balões.
Com o advento do avião, já na Primeira Guerra Mundial, os balões ainda eram muito utilizados, juntamente com Dirigíveis para Observação avançada e até para bombardear as linhas inimigas. Contudo já se tornava preponderante a presença dos aviões. Os observadores dos balões nada podiam fazer quando os aviões inimigos se aproximavam. Então se fez necessário à melhoria de um equipamento que iria revolucionar a forma de se fazer guerra, o paraquedas. Último recurso para salvar a vida dos observadores dos balões em caso de ataque de aviões inimigos.
Outro elemento importante que se desenvolveu contra ataques aéreos foram as baterias antiaéreas. Inicialmente utilizavam armas portáteis para atacar as aeronaves inimigas, posteriormente o calibre das armas dessa força defensora foram aumentando de acordo com a evolução das aeronaves.
Podemos dizer que a Grande Guerra apresentou ao mundo tecnologias bélica que se consolidaram com o passar dos anos e que ficaram famosas algumas décadas depois, infelizmente.

Treinamento de Salto a partir de Balões em caso de ataque de aviões essa era a única opção de sobrevivência do Observador
- A Evolução da Grande Guerra
- Utilização de Bombadeios em grande escala
- Baterias Antiaéreas Alemãs
- Acreditem! Isso era uma máquina fotográfica para capturar fotos dos campos de batalha
- Treinamento de Salto a partir de Balões em caso de ataque de aviões essa era a única opção de sobrevivência do Observador
Os Uniformes e Soldados Mais Estranhos da Grande Guerra – Parte IV
Essa Primeira Guerra foi bastante estranha, pois projetou a tecnologia que seria desenvolvida ao longo do século XX, mas também deixou evidente equipamentos, uniformes e armas que foram utilizadas nos séculos anteriores. No final das contas é um grande divisor de águas em tecnologia militar. Vamos apreciar esses estranhos e, porque não dizer, hilários exemplos:

Fico pensando o cara combater com esse negócio, deveria ter uns50 kilos. Acho que houve cavaleiro medieval bem mais flexível para o combate
- Frente e Verso!! KKKKKKKKK
- O que é isso? Super-homem da Primeira Guerra? Homem de Ferro?
- Fico pensando o cara combater com esse negócio, deveria ter uma 50 kilos. Acho que houve cavaleiro medieval bem mais flexível para o combate
- Eu Juro, tem um soldado ai dentro!
Especial: 08 de Maio de 1945 – A Rendição!
Amanhã, estamos comemorando 67 anos do fim da guerra na Europa. Realmente a data deve ser lembrada e refletida para que possamos, como civilização, entender o contexto de toda a guerra, suas causas e consequências para o mundo hoje. E isso é História, é o principal instrumento para que os homens possam utiliza e entender os erros do passado e caminhar para o futuro com a ponderação necessária a paz, o respeito a sobrevivência dos povos e seu direito de existir, tudo que a Segunda Guerra ensinou para uma geração que sofreu como nenhuma outra, e as futuras pudessem entender tudo isso! Aprendemos?
Para lembrar a DATA vamos publicar um Especial hoje e amanhã tentando realizar uma análise histórica do conflito, com fotos inéditas e artigos dos mais variados.
Artigo: A Rendição e suas consequências
No dia 08 de maio de 1945 deu-se oficialmente a rendição alemã, pondo um fim ao conflito que se arrastava desde setembro de 1939. Apesar da continuação da Segunda Guerra Mundial no Teatro de Operações do Pacífico, o principal inimigo das nações Aliadas na Europa assinava sua rendição incondicional após uma última e desesperada batalha por sua capital, Berlim. Hitler não representava mais perigo desde 30 de abril, quando se suicídio em seu bunker, muito embora ainda haja aqueles que sustentem a teoria de que o Fürher não morrera sob essas circunstâncias. Esse dia marca o início de um novo processo que lançaria o mundo em um novo paradigma entre dois blocos de influência, os vencedores se dividiriam em socialistas e capitalistas e a Alemanha seria o centro nervoso da chamada Guerra Fria.
Em 1945 a Grande Guerra Patriótica da União Soviética teria oficialmente assegurado à vitória em 09 de maio, data que muitos países consideram a fim da guerra da Europa, já que as condições de rendição foram vazadas para impressa ocidental antes de sua divulgação, fazendo com que países como Inglaterra e França festejassem o fim da beligerância antes da divulgação oficial. Contudo, no dia 07 houve a primeira capitulação geral em Reims, mas Stálin deu ordens expressas sobre a cerimônia de rendição, e deveria ser em Berlim.
É importante pontuar que a partir desse momento o mundo, e os próprios Aliados, já olhavam com desconfiança para a União Soviética, principalmente porque as ações em Berlim que deixaram a capital alemã totalmente nas mãos dos Vermelhos, e ainda havia a influência nos Estados fronteiriços libertados como a Polônia, Tchecoslováquia, Hungria e Bulgária. Eram muitos países potencialmente influenciados pelo Comunismo e isso incomodava os aliados acidentais. Na Conferência de Potsdam se considerou as áreas de influência e a divisão da Alemanha em zonas de ocupação: Francesa no sudoeste, Britânica a sudoeste, e americana no sul e soviética no leste, essa formação durou até 1949 quando os setores se franceses, britânicos e americanos se tornaram a Alemanha Ocidental (RFA), com capital em Bonn, enquanto o setor soviético se transformou na República Democrática Alemã (RDA) ou simplesmente Alemanha Oriental. O caso mais grave era exatamente Berlim, sendo uma ilha no lado soviético, ficou dividida entre Berlim Oriental e Berlim Ocidental. Essa era as consequências geopolíticas do pós-guerra que permeou o mundo por 45 anos.
Os Uniformes e Soldados Mais Estranhos da Grande Guerra – Parte III
Assim como se repetiu durante a Segunda Guerra, várias nações da África e do Oriente se engajaram na luta juntamente com as nações europeias. Levando em consideração que no início do século XX o colonialismo ainda era bastante presente no cenário geopolítico, muitas dessas colônias foram forçadas a enviar unidades para combater nas frentes de batalha, da mesma forma que grupos políticos que faziam oposição à ocupação do seu país, como é o caso da Índia, enviou contingente para lutar contra o Reino Unido.
Segue abaixo uma continuação da série de “Os Uniformes e Soldados mais estranho da Grande Guerra”.
- Senegales
Os Uniformes e Soldados Mais Estranhos da Grande Guerra
Realmente a 1ª Guerra Mundial expressou uma nova tendência dentros dos exércitos. Mas tevem um componente interessante, comum a todos as guerras; soldados estranhos com seus uniformes mais esquisitos ainda. Vamos conferir alguns exemplos:
- Essa cobertura é horrível
- Filme de Horror
De Tanque a Aviões – A Força da Indústria Alemã.
O importante para qualquer pessoa que faz análise da Segunda Guerra é o equilíbrio e a maturidade para não negar o fato histórico, isso independente de escolhas pessoas em relação a qualquer tipo de partidarismo filosófico ou ideológico. O Fato Histórico é soberano e se impõe e deve ser respeitado.
É fato histórico o grande avanço tecnológico e militar da Alemanha de Hitler, e deve ser levando em consideração na busca pela explicação dos desdobramentos da Segunda Guerra. A economia alemã antes mesmo de qualquer veto restritivo, que por ventura ainda resistia como resquício da imposição dos vencedores da Grande Guerra, constituiu sua produção na estatização das empresas e na produção de guerra, portanto grandes indústrias foram transformadas em subsidiárias do Estado para a composição da economia de guerra. E com a tomada de territórios ricos em matéria-prima, como os países baixos e a própria França, tornou a Alemanha a potência militar que assustou o mundo por longos seis anos.