Arquivo

Posts Tagged ‘prisioneiros de guerra’

Rússia, 1941. Uma Guerra Sem Louros – Parte XVII

Parte 17

Pode ter havido dúvidas sobre a “justeza” da causa alemã, embora elas não fossem disseminadas. “Nós sabíamos que essa não era uma guerra de defesa forçada contra nós.” admitiu Klemig. “Era uma guerra de agressão estúpida e uma olhada no mapa mostrava que ela não poderia ser ganha.”. As pressões também se manifestavam de outras maneiras preocupantes. O Schütze Benno Zeiser teve de impedir que seu amigo Franzl espancasse prisioneiros soviéticos. Ele dizia:

“Me deixa! Eu não agüento mais! Parem de olhar para mim dessa maneira! Eu estou louco! Eu sou um lunático! Nada além dessa miséria infernal todo o tempo. Nada além dessas criaturas, esses vermes miseráveis! Olhe para eles se arrastando pelo chão! Não consegue ouvi-los gemendo? Eles tem que ser pisoteados de uma vez por todas, bestas imundas! Remover da face da terra!”

Claro que Franzl estava sofrendo um colapso nervoso. Ele dizia: “Você tem que entender, eu não agüento mais!”.

A propaganda Nacional Socialista havia “desumanizado” o inimigo mesmo antes do início da campanha. Quando da sua captura, os Comissários russos eram separados dos soldados e executados. Os maus-tratos e a execução indiscriminada dos prisioneiros de guerra russos não eram apenas resultado das ordens específicas vindas de cima e nem eram necessariamente conduzidas de uma maneira disciplinar. Os relatórios das Divisões e de outras unidades indicam que as execuções indiscriminadas e violentas dos prisioneiros soviéticos começaram mesmo desde os primeiros dias da campanha. Os oficiais mais graduados tinham objeção ao fato, mais por questões disciplinares do que por questões morais. O medo era de que os excessos pudessem levar a uma situação anárquica dentro das fileiras e, ao mesmo tempo, intensificar a já feroz resistência russa. O General Lemelsen, comandante do XXXXVIIIº Corpo Panzer, após três dias de campanha, repreendeu a sua tropa ao reclamar que:

“Eu observei que tem ocorrido a execução indiscriminada tanto de prisioneiros de guerra quanto de civis. O soldado russo quando feito prisioneiros ainda utilizando o uniforme e após ter lutado bravamente, tem o direito a um tratamento decente.”

Ele, porém, não questionou a “ação impiedosa” que o Führer havia ordenado “contra partisans e comissários bolcheviques”. Os soldados interpretaram esta ordem de forma tão liberal que uma nova diretiva foi instaurada após 5 dias de modo a coibir os excessos.

“Apesar das minhas instruções de 26/04/1941, (…) ainda se observa o fuzilamento de prisioneiros de guerra e de desertores conduzidas de uma maneira criminosa e sem sentido. Isso é assassinato! A Wehrmacht Alemã está conduzindo uma guerra contra o Bolchevismo, não contra o povo russo.”

Lemelsen foi perceptivo o suficiente para compreender que “as cenas de incontáveis corpos de soldados deitados nas estradas, claramente mortos por causa de um tiro na cabeça à queima-roupa, sem suas armas e com as mãos para cima, rapidamente serão propagadas pelo exército inimigo.”.

C O N T I N U A

Traduzido Por A.Reguenet

Rússia, 1941. Uma Guerra Sem Louros – Parte XIV

PARTE 14

O resultado era a desumanização. “Muitos alemães optaram por não olhar para tais acontecimentos” admitiu o tenente de pioneiros Paul Stresemann. “Se eu soubesse tudo o que estava acontecendo… eu provavelmente teria saído correndo.”. Stresemann argumenta que, apesar de todo o sofrimento, “eu posso dizer que, durante todo o meu tempo de serviço no exército, não vi uma simples atrocidade.”.

As próprias circunstâncias estavam causando condições intoleráveis. “É claro que, quando um número tão grande de prisioneiros é feito na Rússia, obviamente haverá um certo caos na alimentação, etc. já que tudo estava virado em uma terrível bagunça.”. Knappe achava que os “prisioneiros pareciam apáticos e sem expressão. Seus uniformes simples criavam a impressão de uma enorme massa opaca e desinteressante.”. Benno Zeiser recuou diante do horror provocado pela negligência institucionalizada:

“Assim que nós rapidamente demos passagem para aquela nuvem nauseante que os cercava, o que vimos nos deixou paralisado e imóveis e acabamos esquecendo daquele cheiro nojento. Eram eles realmente seres humanos, aquelas figuras marrom-acizentadas, aquelas sombras se arrastando em nossa direção, tropeçando e cambaleando, formas em movimento no seu último suspiro, criaturas que obedeciam às ordens de marchar apenas por causa de uma última centelha de vontade de viver?”.

Soldados tendem a não se prender por demais diante de visões perturbadoras e as tropas alemães não eram exceção já que estavam mais preocupadas com a necessidade de sobrevivência. O tenente Paul Stresemann alegou que “eu não fazia ideia que tantos daqueles pobres diabos acabariam passando fome ou morrendo no ocidente depois de terem ido embora marchando por vários e vários quilômetros e em longas colunas.”. Siegfried Knappe explicou: “era uma situação terrível, mas não era pelo fato de que eles foram ignorados – era simplesmente porque não existia a possibilidade de alimentá-los em tal número e ainda alimentar as nossas próprias tropas.”.

Ele está enganado. Tal política era deliberada. A desculpa inconsistente utilizada era de que a União Soviética não havia ratificado o acordo da Convenção de Genebra em 1929 com relação aos prisioneiros. Porém, a Alemanha estava vinculada à lei internacional que abrangia todos os países e a qual demandava um tratamento humanitário dos prisioneiros de guerra na ausência de um acordo padronizado entre as partes. E tanto o Terceiro Reich quanto a União Soviética haviam ratificado o Acordo de Genebra em 1929 com relação aos feridos obrigando um tratamento específico para os enfermos e feridos.

C O N T I N U A

Traduzido Por A.Reguenet

Rússia, 1941. Uma Guerra Sem Louros – Parte XII

PARTE 12

Klein Kindergarten Krieg. Prisioneiros e partisans.

Dezenas de milhares de prisioneiros soviéticos eram mostrados nos cinejornais para as platéias dos cinemas na Alemanha enquanto que os textos se regozijavam diante das vitórias. Mas de cada 100 prisioneiros mostrados, apenas 3 sobreviveriam.

O primeiro problema ao ser feito prisioneiro era, antes de tudo, sobreviver ao combate. A intensidade da luta por muitas vezes excluía esta possibilidade. Por exemplo: na maioria das vezes, as consequências do fracasso no enfrentamento entre infantaria e tanques eram fatais. Um sub-oficial alemão de uma força anti-tanques descreveu o que normalmente acontecia:

“Todos os membros da tripulação eram mortos assim que pulavam para fora (do tanque) e nenhum prisioneiro era feito. Isso era a guerra. Havia ocasiões quando tais coisas aconteciam. Se nós percebêssemos que não poderíamos recolher ou cuidar dos prisioneiros, eles eram mortos durante a ação. Mas eu não estou dizendo que eles eram mortos depois de serem feitos prisioneiros – isso nunca!”

Durante as primeiras semanas do avanço, as duas maiores batalhas envolvendo os cercos de Bialystok e Minsk envolveram a captura de 328.000 prisioneiros com mais 310.000 feitos em Smolensk. O General Von Waldau, chefe do Luftwaffen-Führungsstabes (Equipe de Operações da Luftwaffe) calculou que praticamente 800.000 prisioneiros foram feitos até o final de julho. Tal número iria chegar a 3,3 milhões em dezembro. As estimativas são de que 2 milhões de prisioneiros soviéticos pereceram apenas nos primeiros meses da campanha. O tenente da artilharia Siegfried Knappe ficou impressionado com o inacreditável número de rendições:

“Nós começamos a capturar prisioneiros desde o primeiro dia da invasão. A infantaria os trazia aos milhares, às dezenas de milhares e até às centenas de milhares.”.

CONTINUA

Traduzido Por A.Reguenet

Expressão da Miséria Humana: Prisioneiros de Guerra

Condição indesejada de qualquer combatente, cair nas mãos do inimigo. Um Prisioneiro de Guerra (POW) é algo que os Exércitos tiveram que conviver em grande escala na Segunda Guerra Mundial, e até os dias de hoje geram criticas pela política adota por algumas nações em relação às condições que esse soldado ficou prisioneiro. Não por acaso, desde a Grande Guerra, já havia extrema preocupação com a condição de POW, tanto que a Terceira Convenção de Genebra, realizada em 1929, deliberou especificamente sobre o tratamento dispensado a Prisioneiros de Guerra. O direito a uma condição mínima, com uma alimentação mínima, foram algumas das decisões da Convenção.

Nada disso impediu que Prisioneiros de Guerra fossem mortos, humilhados ou colocando em uma situação de miséria total. E engana-se quem acredita que os alemães foram os únicos a praticarem atrocidades contra seus prisioneiros. Os russos e os americanos deixaram muito a deseja no quesito humanidade em relação aos inimigos capturados, sendo que o primeiro executaram milhares de alemães durante a campanha contra Berlim.

Mas nada se compara ao Teatro de Operações do Pacífico, apesar de menor em termos de operações, produziu bizarrices incomparáveis, tais como a norma da U.S. Navy, que proibiu a coleção de partes de corpos de inimigos, prática corriqueira entre os integrantes da Marinha americana. Em contrapartida, os japoneses foram acusados, nas Filipinas, de marchas forçadas de mais de 100 km sem qualquer alimentação, a chamada Marcha da Morte. Isso, sem falar das atrocidades cometidas contra os chineses.

No final das contas, o tratamento aos Prisioneiros de Guerra, nada mais é do que a  mais perfeita expressão do que a Segunda Guerra representou para a humanidade,  desprezo pela vida e decadência de valores básicos para a paz.

Acompanhe no Facebook: https://www.facebook.com/BlogChicoMiranda

Campo de Concentração de Pouso Alegre – MG

Entre os campos de concentração ou presídios verificados como estabelecimentos destinados ao internamento dos “súditos do Eixo” no Brasil, encontramos uma única situação envolvendo prisioneiros militares. Trata-se do Campo Militar para Prisioneiros de Guerra de Pouso Alegre, que acomodou, entre 21 de setembro de 1943 e 15 de abril de 1944, 62 marinheiros do navio alemão Anneleise Essberger.

Esse campo gora regulamentado pelo Ministério da Guerra para meio do Aviso Reservado n 411/348, de 24 de agosto de 1943, no qual o general Mario José Pinto Guedes, respondendo pelo expediente, designou o quartel do 1º Grupo do 8º Regimento de Artilharia Montada de Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, como sede do campo de prisioneiros de guerra a ser instalado e regulamentado pela Convenção de Genebra.

O quartel do Exército do I/8º RAM de Pouso Alegre, atualmente denominado de 14º Grupo de Artilharia de Campanha (14º GAC), foi criado em 23 de fevereiro  de 1915 pelo Decreto n. 11488 de 10 de fevereiro de 1915, como 10º Regimento de Artilharia Montada, mas foi organizado em 19 de março de 1918, sendo esta data aniversário da Unidade. A partir de 20 de julho de 1919, passou a ser chamado o 8º RAM, constituindo-se no 1º Grupo do 8º RAM somente em 1940. Após a declaração de guerra o quartel foi designado para cooperar com o esforço de guerra na proteção do litoral brasileiro.

Mesmo sendo um cargueiro da Marinha Mercante Alemã, o Anneleise Essberger contava com uma tripulação de 35 marinheiros, 14 oficiais e 13 suboficiais. Essa tripulação mista justificava-se pelo fato de o cargueiro ser um furador de bloqueio, destinado a abastecer os submarinos alemães no Atlântico de combustível, mantimentos, munições e matérias-primas. Fazia a rota Bordeaux, na França, até Kobe, no Japão, transportando cargas de borracha entre o Atlântico e o Pacífico.

Em 1942, o Anneleise Essberger rumava do Japão pelo Atlântico Sul quando foi interceptado pela 4ª Esquadra Americana, sediada em Recife, sob o comando do Almirante norte-americanos Jonas Ingran, já na linha do Equador. Desde o início de novembro, cruzadores e contratorpedeiros norte-americanos aguardavam a chegada de  furadores de bloqueio do Eixo, quando, no dia 22, o Somers da esquadra americana aproximou-se de uma navio desconhecido intimidando-o  a se identificar. A demora visava retardar sua captura pelos Estados Unidos possibilitando que a própria tripulação o destruísse.

Ao cair da noite, com o cargueiro afundando, seus tripulantes foram capturados e levados para Recife, entregues ao general Mascarenhas de Morais, comandante da 7ª Região Militar. Lá chegaram a bordo do cruzador norte-americano Cincinatti, sendo recebidos na Praça de Derby pelo Capitão de Infantaria José Arnaldo Cabral de Vasconcelos, comandante da Polícia Militar de Pernambuco, em cuja sede os prisioneiros ficavam internados de novembro de 1942 e julho de 1943. De Recife foram conduzidos para o Rio de Janeiro pelo navio brasileiro Poconé, aportando na capital federal em 03 de julho de 1943, e recolhidos pela Polícia Militar do Distrito Federal, comandada pelo Coronel Odylio Denys, até serem encaminhados para Pouso Alegre.

                “A Guerra chegou a Pouso Alegre a 21 de setembro de 1943, desembarcando na estaçãozinha da Rede [Ferroviária Mineira de Viação Sul], por volta das sete horas da noite. Ela apareceu sob a forma de 48 prisioneiros de guerra alemães, escoltados desde o Rio de Janeiro, por soldados teuto-brasileiros do Exército” – ARARIPE, L. Prisioneiros de Guerra Alemães no Brasil: campo provisório de concentração de Pouso Alegre (MG) durante a Segunda Guerra Mundial (I), p.53.

O trajeto pela Rede Ferroviária Mineira de Viação Sul da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, até a pequena estação próxima ao quartel do Exército de Pouso Alegre levava 12 horas, com uma baldeação na cidade paulista de Cruzeiro. Além da desconfortável viagem, os prisioneiros alemães ignoravam o destino do trem devido às venezianas bloqueadas, que os impediam de ver a paisagem. Ao chegarem a Minas, em trajes civis, com uma ou outra peça remanescente do uniforme da marinha alemã, traziam pouca bagagem, com mudas de roupas e raros objetos pessoais. Marcharam da estação de trem até o quartel, escoltados por cinco sargentos, três cabos e 15 soldados do Batalhão de Guardas, sob o comando do Primeiro-Tenente Diniz Silva.

A cidade de Pouso Alegre no final da Guerra

efetivo da Unidade no Período anterior a instituição do Campo

A 2ª Bateria

A 2ª Bateria

A estão de trem onde desembarcaram os prisioneiros alemães

 

A cidade de Pouso Alegre na década em 40

Fonte: Prisioneiros de Guerra – Os “Súditos do Eixo” nos campos de concentração brasileiros (1942-1945) – Editora Humanitas – São Paulo – 2010

Folhetos e Propaganda de Guerra no Front Italiano!

Folhetos como propaganda inimiga foram largamente utilizadas por todas as forças durante a Segunda Guerra e tinham vários objetivos já que o alvo poderia ser tropas inimigas ou civis de uma determinada região.

As forças aliadas, USAAF e RAF, faziam vôos rasantes com milhões de folhetos sendo despejandos por aviões B17, B24 e Lancaster sobre a Alemanha nazista. Do mesmo modo a Luftwaffe bombardeou a Inglaterra com todo tipo de folhetos. Os alemães ainda utilizaram o foguete V1 com a propaganda estratégica.

 Após Dia D, muitos desses papéis de propaganda foram disseminados em distâncias curtas com tiro de artilharia. Estes folhetos são, na sua maioria, o tipo de propaganda chamada tática (pretende ter um efeito imediato sobre um inimigo por perto).

Os Folhetos do Front Italiano

É fato que hoje em dia todos os folhetos usados ​​no front italiano são raros. Não apenas os folhetos preparados pelos alemães, mas também pelos aliados. Há apenas um ou dois livros que descrevem os folhetos aliados com a finalidade de estudá-los. Os folhetos conhecidos ou fazem parte de coleções particulares ou em Arquivo do Estado. E nenhum deles são facilmente acessíveis.

 Os folhetos escritos em alemão eram jogados ao ar para os alemães na Itália. Contudo havia um pequeno problema! Os artilheiros aliados e as tripulações não gostavam da idéia de deixar papel para os alemães!

“Por que deveríamos fornecer-lhes papel higiênico – que seria melhor deixá-los alguns explosivos de alta potência”, era o pensamento geral.

Mas o alto comando já havia reconhecido a importância da guerra de propaganda com panfletos. Portanto, a fim de fazer os folhetos mais aceitáveis para os homens de artilharia na frente e às tripulações dos aviões, foi, em algum momento, decidido que deve haver traduções em Inglês feito para informar os homens que deveriam lidar com os folhetos sobre o conteúdo da propaganda. Esperava-se que eles também reconhecem a importância de suas cargas.

Assim, com toda carga de granadas de artilharia com propaganda (conchas cheias de folhetos em língua alemã) e com toda carga de folheto para a aeronave, apenas uma ou duas destas traduções foram incluídos para a leitura pelos homens.
Antes de embalar os folhetos para o avião, ou antes, de carregar uma arma de artilharia com uma carga de propaganda, o soldado aliado que primeiro olhar através da versão da tradução em inglês que estava lotado com ele. Isso tornou mais fácil para eles entenderem a finalidade destes trabalhos.

Propaganda nazista destina as tropas no front italiano que colocava como ênfase o bombardeio de Londres pelos mísseis balísticos V1.

Em julho de 1944 este folheto nazista caiu sobre tropas dos EUA e britânicas lutando na Itália. Ele diz ao soldado aliado quão bem ele vai
ser tratado depois de se tornarem Prisioneiros de Guerra pelos alemães

Folheto Aliado dizendo aos soldados alemães que seus oficiais estão mentindo sobre o tratamento que irão receber dos soldados aliados, quando se tornarem Prisioneiros de Guerra.

Aliada folheto perguntado aos soldados alemães quando foi a última vez que viram ou ouviram Hitler.
A idéia era deixar o soldado com dúvidas se Hitler estava vivo.

Folheto aliada T30 (capa) em alemão, dizendo: “Vítima olhe para você”.  Ela mostra um menino-soldado da juventude hitlerista se rendendo. A tradução original desta página tem uma nota do tradutor, dizendo: ” Vítima olhe para você” é uma variação do título de um livro muito popular na Alemanha “Sehen dich um Tiere” (Animal olhe para você).



U-Boot 513 – Os Interrogatórios – Parte IV

 

USS Barnegat

 
  AVP10/A12  
  Serial No. 001  
     
  SEGREDO 24 julho de 1943.  
     
 
Assunto: Prisioneiros de Guerra de submarino alemão afundado por nenhum avião. 5 º Esquadrão de Patrulha setenta e quatro em cerca de 1.700 Zebra em 19 de Julho de 1943 – Recuperação de, tratamento e informação aprendida.

 

 
  ser realizada até o ponto de destino final.  

3. Foram feitas tentativas de se obter tantas informações quanto possível de prisioneiros, ouvindo-os sem qualquer interrogatório, e  as que foram obtidas e estão submetidas abaixo.

O comandante do submarino prontamente se ofereceu a fornecer as seguintes informações:

(A) Ele era comandante do submarino.
(B) Nome – Fritz Guggenberger, 28 anos.
(C) Posto: Capitão-Tenente (Tenente-Comandante).
(D) Que ele ingressou na Marinha em 1934 e fez um cruzeiro pelo mundo depois que concluiu a Academia Naval, onde passou três anos.
(E) É casada e tem uma filha com idade 1-1/2 anos.
(F) Ao dar a informação acima, ele comentou: “Nós não temos nenhum desejo de lutar contra os americanos”.
A seguinte conversa ocorreu entre Guggenberger e o oficial médico, enquanto ele foi o primeiro a ser tratado na enfermaria:
 

Guggenberger.

  Sprechen Sie Deutsch?

Oficial Médico

  Não.
     

Guggenberger.

  Você fala Inglês?

Oficial Médico

  Sim
     

 Guggenberger

  Esta cama é boa. Obrigado pelos cobertores. (Por causa da exposição e uma lesão syrette de morfina foi administrada).
     

Guggenberger.

  Isso é muito prático (referindo-se ao syrette).
     

Guggenberger

  É este um navio da aviação?

Oficial Médico

  Sim.

Oficial Médico

  Inglês?

Oficial Médico

  Não.
     

GGuggenberger

  Brasileiro?

Oficial Médico

  Norte-americano.
     

Guggenberger

  Foi o avião americano também?

Oficial Médico

  Sim.
     

Guggenberger

  O avião mostrou grande coragem em atacar-nos.

Capitão Tenente Guggenberger mostra considerável surpresa quando soube que o navio e o avião eram americanos e queria saber se o navio que os resgatou estava conectado com o avião que o afundou. Ele se mostrou surpreso que a Marinha dos EUA estivesse operando tanto para o sul, e afirmou que permaneceu à tona sob fogo assumindo que “era brasileiro e que se afastavam”. Ele queria muito agradecer ao Comandante, presumivelmente por ter salvado sua vida.

Capitão Tenente Guggenberger disse ao oficial responsável que seus homens estavam “apenas dispostos a contar seus nomes e postos”. Ele também pediu autorização para vê-los e, claro, esta foi recusada.

Em conexão com surpresa evidenciado o Capitão do submarino, que era um avião americano que tinha afundado, um ponto não ficou claro, já que o bote salva-vidas de borracha que foi lançado aproximadamente quatro horas antes do resgate, já que esse barco e inúmeros outros artigos que foram lançados pelo avião, tinham claramente a inscrição “da Marinha dos EUA”, assim não entendemos a surpresa.

 

U-Boot 513 – Os Prisioneiros de Guerra – Parte III

  Não. arquivo
 

USS Barnegat

  AVP10/A12
  Serial No. 001
   
  SEGREDO 24 julho de 1943.
   
 
Assunto: Prisioneiros de Guerra de submarino alemão afundado por nenhum avião. 5 º Esquadrão de Patrulha setenta e quatro em cerca de 1.700 Zebra em 19 de Julho de 1943 – Recuperação de, tratamento e informação aprendida.

 

2. Os cinco prisioneiros foram trazidos a bordo e não foi necessária a separação. Eles foram colocados imediatamente sob guarda armada, enviados para o refeitório e mantidos separados do restante do navio. Assim que chegaram ao refeitório eles foram revistados, tudo os pertences foram confiscados e colocados em envelopes separados e devidamente armazenados. A troca de roupa era necessária já que suas roupas estavam molhadas de óleo. Nomes e as posto foram obtidos neste momento. Depois de ser dado café e um banho quente, foram colocados em um compartimento separado sob guarda armada, onde receberam tratamento médico. Todos estavam em estado de choque e ferimentos diversos. Nenhuma tentativa foi feita para interrogá-lo, e eles foram mantidos separados e incomunicáveis do restante da tripulação. Cada prisioneiro foi emitido calças, um terno de jardineiras, e tênis de borracha. Eles têm sido mantidos constantemente sob guarda armada e em nenhum momento vi ou falei com o oficial comandante sobrevivente.

Os últimos dois presos, perfazendo um total de sete, foram trazidos a bordo cerca de 20 minutos após a primeira leva. A balsa tinha quebrado após os primeiros cinco que vieram a bordo e uma segunda abordagem foi necessária para resgatar os demais. Experimentamos considerável dificuldade para resgatar os dois últimos do bote, devido o movimento do navio com o bote. Ambos os homens foram levados imediatamente a enfermaria e foram mantidos lá. Todos os bens, incluindo roupas, foram levados com eles e os seus nomes e posto foi identificado. Um deles foi o Comandante do submarino e outro membro da tripulação. Ambos foram mantidos incomunicáveis ​​e em nenhum momento falaram com os outros cinco presos. Foi melhor manter o oficial sobrevivente junto com o outro tripulante, devido à condição do aglomerado do navio e o estado de seus ferimentos. Um guarda armado foi mantido com os dois de forma contínua e evitou qualquer conversa entre eles. No entanto, a intenção de manter este homem, que esta na enfermaria com o seu comandante, separados dos outros cinco, de modo a evitar qualquer possibilidade de informações ou instruções que possa ser passada para eles, e respeitosamente sugerimos este procedimento.

 

 

 

Série Grande Guerra: A Batalha de Verdun

Em 12 de dezembro, 1916 o QG francês nomeia Nivelle Guillaumat para liderar o exército da campanha em Verdun. 15 de dezembro, é lançada uma ofensiva contra objetivos que são facilmente tomados: em três dias, os alemães todo o terreno que levado cinco meses para conquistar, na ofensiva são feitos 11300 prisioneiros. Durante vários meses Verdun passa a ser uma zona tranquila.

 

Prisioneiros de Guerra do Dia D!

Não foram poucos os Prisioneiros de Guerra do Dia D, tanto do lado dos Aliados quanto do lado da Alemanha.

 

%d blogueiros gostam disto: