Arquivo
Dia D – Especial 69 Anos – Destruição e Morte Vinda dos Céus
Há 69 anos a região da Normandia estava sendo palco do maior desembarque anfíbio da história militar. A Operação Overlord iniciara com a primeira leva desembarcando as 06:30 pontualmente em cinco praias francesas de codinome Ohama, Utah, Gold, Juno e Sword. Essa operação, mundialmente conhecida como O DIA D, ficou no imaginário daqueles que estudam ou são entusiastas da Segunda Guerra Mundial.
Hoje o BLOG terá um dia inteiro com publicações sobre o Dia D e seus desdobramentos.
Iniciamos agora não no Dia D, mas em uma visão diferente para uma análise individual. Os sistemáticos bombardeios as cidades francesas. Quase todas as cidades que estiveram no caminho das tropas aliadas foram bombardeadas, enquanto todas os centros populacionais costeiros foram total ou parcialmente destruídas.
A galeria abaixo mostra 80 fotografias, sendo que as 40 primeiras mostram o momento de um bombardeio ou o momento logo após. A segunda parte da galeria exibe a destruição em solo depois dos bombardeios. Cada foto é uma consequência de uma da galeria anterior, portanto é de imagina a agonia da população civil das cidades como Saint-Lo e Caen. Uma reflexão.
Aguardem que mais publicações que hoje o dia é do Dia D.
DESTRUIÇÃO EM TERRA
Operações Militares na Normandia!
Quando se fala em operações militares no Normandia pensa-se logo no Dia D. É certo que depois do Dia D, outros duros combates ainda estavam por vir. O dia 12 de junho e a partir do dia 20 com violentos combates que aconteceram para consolidar posições, principalmente em Caretan, Caen e as regiões circunvizinhas, formada por planícies com boa vegetação e bastantes obstáculos colocados ainda na preparação das defesas.
Muitos que tiveram a sorte de sobreviver a difícil tomada de Omaha encontraram a morte nas operações subsequentes. Enquanto as unidades paraquedistas americanas e inglesas ficaram largadas por dias em pequenas unidades de combate espalhadas por toda a Normandia.
Do lado alemão os reforços não chegaram antes do dia 12 de junho, quase uma semana depois do Dia D. Se concentraram em uma determinada região evitando o avanço aliado por algumas semanas.
O Dia D – IN LOCO
Há alguns meses atrás estava em uma das mais tradicionais livrarias aqui em Pernambuco, procurando uma boa revista e encontrei e não pude deixar de ouvir um comentário de um senhor que foleava uma revista sobre o Dia D: “ninguém merece! Mais uma matéria sobre o Dia D, parece que só teve isso na Segunda Guerra”. É fato que a Operação Overlord foi atípica no contexto da guerra, mas é fato também que o assunto é muito exaurido, mas vamos falar um pouco mais. Em relação a outras batalhas da Segunda Guerra, o Dia D não foi nem de perto a maior. Contudo, não podemos deixar de estudar o assunto por algumas razões que enumero abaixo:
- Invasão da Europa – o contexto de que em 1943/1944 a Alemanha declarava em sua propaganda que a Muralha do Atlântico era inexpugnável selou uma área de interesse pela Invasão da Europa que permaneceu até depois da guerra. Tanto que o seu comandante se transformou em Presidente dos Estados Unidos;
- Liberdade da França – Os franceses que eram parte integrante da balança do poder na Europa durante século estava sob o julgo de nação inimiga a quase quatro anos, e seu povo vivia a expectativa da liberdade.
- Baixas Civis – Ponto questionado a muito, qual o preço da liberdade da França? Um bombardeio de proporções épicas atingiu todas as cidades da Normandia deixando um rastro de mortos civis e destruição generalizada de construções e plantações.
- Baixa de soldados – Apesar de importantes objetivos sendo alcançados no primeiro dia a um alto custo de vidas de soldados, principalmente em Omaha, onde centenas de milhares de soldados morreram antes mesmo de disparar um único tiro. E não demorou muito para que os alemães lutassem contra os avanços. Caen por exemplo, resistiu por meses.
- Operações Aerotransportadas – A utilização de paraquedistas no Dia D menos um, tornou a operação possível em diversos níveis, desnorteando as forças de defesa, além de executarem a maior operação aerotransportada da história.
Esses foram apenas alguns motivos que levaram a Operação Overlord, o Dia D, a ser a mais famosa operação militar da História, mesmo que ela não tenha sido a maior.
Portanto vamos verificar nas fotografias cada área desta abordagem. Nas melhores fotos do Dia D.
Heinrich Severloh – “A Besta de Omaha” – Final
Exceto Hein Severloh (seta vermelha), apenas o cabo Louis Kwiatkowski disparou uma arma MG 42, na praia (seta azul), mas só às 12h15. O fogo das duas metralhadoras já eram visíveis a uma grande distância. Isso permitiu que as suas posições fossem facilmente reconhecidos. O destroier americano Frankfort bombardeou as posições de Severloh, que desde as 12h00 só tinha munição traçante, vinha cada vez mais próximo o bombardeio naval acerta seu bunker que resistia. Severloh continua atirando…
Só às 15h30 quando os soldados inimigos estavam sendo abatidos a uma distância de apenas 50 metros do Observatório de artilharia, o tenente Frerking deu ordens para que o último homem se retirasse até as nove horas da base WN 62. Estima-se que dos 300 metros de extensão da praia, mais de 3.000 soldados tinham perdido a vida ali. Às 06h30 massas de mortos e feridos, se formavam próximos a Muralha… Adolf Schiller, um soldado de um Posto de Observação ficou profundamente chocado e avaliava superficialmente:
“Os corpos estavam quase três metros de altura…”
Vista aérea da Força Aérea dos EUA a partir de 5.000 metros, do dia 06 de 1944 às 12h30:
A foto mostra a metade inferior do local de desembarque, inclinação de 50 metros do litoral, no centro da defesa WN62 (borda verde). Na metade superior do mar, que estava com a maré cheia nesse horário, os corpos dos soldados mortos já flutuavam na praia. No canto superior esquerdo da fotografia observa-se uma barragem de fogo de artilharia no setor da primeira Bateria, que era liderado pelo Tenente Frerking, localizada pelo círculo vemelho. Um grande número de embarcações de desembarque estavma próximo a área 62 WN na praia (do lado esquerdo momento, existem apenas duas LCTs, que transportavam alguns tanques). Hein Severloh atirava com sua MG 42 nas embarcações de desembarque (área de incêndio, de cor vermelha em que a massa de soldados americanos deitado na praia compõem uma linha escura). A grande quantidade de sangue derramado, o mar ficou descolorido.
Heinrich Severloh caiu durante a noite de 6 para o dia 7 Junho, duas vezes ferido levemente. Foi preso pelos americanos. Felizmente para ele, a algumas centenas de metros atrás da costa, e por isso os americanos nunca souberam realmente que ele era, porque, como disse Severloh:
“Se eles soubessem quem eu era e que havia massacrado as suas tropas, eles teriam imediatamente finalizado o trabalho em mim…”
Foi transferido para os Estados Unidos como prisioneiro de guerra. Em 22 de Maio 1947 foi libertado e retornou para casa.
Heinrich Severloh – “A Besta de Omaha”!
Primeiro deixe-me explicar que sou contra o título do post. Mas coloquei propositadamente para que possamos entender uma outra visão da incrível história que vamos contar agora. Primeiro vamos falar que um jovem que, lutando por seu país e defendendo os interesses de sua pátria, aos 21 anos de idade derrubou, segundo algumas estimativas (exageradas creio eu!), aproximadamente 3.000 mil inimigos. A questão é que esse soldado era ALEMÃO e derrubou americanos. Esse título foi dado a ele nos anos 50 quando a história veio a público e ele se tornou conhecido. Mas se ele fosse americano? Ele seria um MONSTRO ou um HERÓI?
A verdade é que esse cidadão viveu toda a sua vida com essas mortes sobre seus ombros. Monstro ou Herói a existência dele se tornou pesada com as vidas perdidas naquela praia no dia 06 de junho 1944. Por isso quem pode julgá-lo? Ninguém! Nem mesmo a História.
Então vamos entender o pouco mais desse soldado alemão:
Severloh nasceu em 1923 em Metzingen, distrito de Celle. Décimo primeiro filho de um fazendeiro local, teve o aval do seu pai para entrar para o Exército com 19 anos. A Alemanha já estava em guerra havia 03 anos. Toda a produção, economia e a vida alemã estavam severamente abaladas pelos resultados na Frente Oriental, era o apocalipse da Alemanha se aproximando. Mas nada intimidou o jovem Heinrich Severloh e ele seguiu para se engajar na guerra.
O inverno russo era uma brutal intimidação e seus superiores cruéis. Severloh parecia está com seu destino selado. Mas o destino reservava algo diferente para esse jovem cabo, um papel que entraria para a História da Segunda Guerra Mundial, envolvida em uma das mais sangrentas batalhas para libertação da Europa.
Severloh pertencia à frente russa com o que sobrou da 321ª Divisão de Infantaria, no final de outubro de 1943. Com a reestruturação e uma crise de amidalite, o Cabo Severloh foi transferido para a 352ª Divisão para defender a Normandia. Após a formação da divisão, ele passou a compor uma bateria estacionada em praia que ficou conhecida pelo codinome “Omaha”, um dos principais pontos da invasão para a Operação Overlord, era o Dia D.
Na madrugada de uma sexta-feira de junho de 1944, a invasão aliada a Normandia começou. Hein Severloh, de serviço na noite anterior como um companheiro da bateria no centro de controle de incêndio no ninho resistência 62.
“Foi um horizonte negro de navios”, disse Hein Severloh, “foi assustador, horrível … Eu me ajoelhei na minha posição e orei. Então, pouco antes das cinco da manhã começou a barragem terrível de artilharia naval. – 30 minutos … “
Sob o fogo do pesado bombardeio naval 34.142 soldados norte-americanos se aproximou por terra na seção Omaha Beach, em suas 16 defesas costeiras na manhã apenas 308 soldados alemães estavam nas posições…
Às 6h30m chega às primeiras ondas de desembarque. Inicialmente estavam se aproximando do setor da WN 62, onde estava o cabo Severloh que começou a atirar …
Com uma MG 42 de alta cadência, Severloh começou a atirar nos soldados quando eles deixavam a sua embarcação. Ele só usava seu fuzil quando os soldados se separavam, na tentativa de se proteger, escolhendo os alvos.
Com fuzis e metralhadoras, o Cabo Hein Severloh atirou por longas nove horas, em toda a área de desembarque de Omaha entre os setores Eyse Red e Fox Green.
Contudo a situação piorava! No decurso da manhã um bombardeio pesado dos navios e mais soldados se dirigiam para a área do bunker. O chefe da primeira Bateria, tenente Frerking, no pequeno abrigo de observação da artilharia percebeu que o fogo e a avanço continuava em frente ao WN 62. Ao meio-dia, o ímpeto da resistência diminuía, Frerking tentou várias vezes com seus superiores uma ordem de retirada. O Tenente Frerking permaneceu com seus únicos seis soldados no WN 62, incluindo Hein Severloh, e sua metralhadora.
Continua amanhã…
Dia D – A Operação que Mais Consumiu Recursos Materias e Humanos!
Sem menosprezar, claro, qualquer outra Operação durante a Segunda Guerra Mundial, obviamente nossa análise para o Dia D não se resume apenas ao evento em si, mas as consequências posteriores dessa operação no contexto não só militar, mas logístico. Não há precedentes no fluxo de material que essa operação forneceu para os avanço Aliados sobre a Europa. Portanto segue uma explicação textual de Stephen E. Ambrose em seu clássico – O Dia D, com uma coleção de imagens que retrata essa logística do Dia D.
[…]
Ao todo havia 2.727 navios, variando de belonaves e navios-transporte e embarcações de desembarque que fariam o cruzamento por si mesmos. Eram oriundos de doze nações – Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, França, Bélgica, Noruega, Polônia, Grécia e Holanda. Dividiam-se na Força-Tarefa Naval do Ocidente(931 navios, com destino a Omaha e Utah) e a Força Tarefa Naval do Oriente (1796 navios, com destino a Gold, Juno e Sword). Nos conveses dos LST estavam os barcos Higgins e outras embarcações de todos os tipos, mas naves – como salientou o almirante Morrison – “do que havia em todo o mundo quando Elizabeth I era Rainha da Inglaterra” .
Nos dias 03 de junho, os navios de apoio de artilharia e de bombardeio da Força-Tarefa naval do Ocidente zarparam de Belfast com destino ao sul através do mar da Irlanda. Entre eles achavam-se os encouraçados Nevada, veterano de Pearl Harbor, Texas, o mais velho da frota americana, e o Arkansas, juntamente com sete cruzadores e vinte e uma destroieres. Eles seguiram na frente. Depois circundado Lands End e passado pela ilha de Wight, seguiram os LST, os LCT, os LCM e os navios-transporte, os quais deveriam iniciar a jornada horas antes do amanhecer do dia 04, reunindo-se e alinhando-se em comboios.
Os Feridos e Mortos em Omaha – Dia D
Na praia de Omaha, as primeiras ondas tiveram baixas de quase 90% do efetivo. Muitos dos soldados se afogaram, foram pegos pelas metralhadoras ou artilharia inimiga. O grosso do efetivo nunca tinha entrado em combate, ali, naquela praia era a primeira vez que encontravam a guerra e a morte. A partir de momento que iniciou a invasão, nada mais importava, exceto sair vivo daquele inferno que foi a praia de Omaha. Se invasão falhasse, seria por ali, e o mais provável era que isso acontecesse, pois duas horas depois do início da Operação, corpos se amontoavam levados pelas ondas que sacudia-os de lado para outro, pela palavras de Stephen E. Ambrose: “[…] como uma gato brincando com seu brinquedo predileto, para lá e para cá[…]”.
Para os inimigos históricos dos Estados Unidos não é possível tirar o mérito desses jovens americanos que deram suas vidas por esse pedaço de terra. Assim como outros jovens alemães deram suas vidas para defendê-las. Isso é guerra! Infelizmente algo atroz que se repete vigorosamente ano após ano, não com as dimensões alcançadas da Segunda Guerra, mas em outras proporções ao redor do mundo.
Rommel e o Dia D – Preparação
Não há como negar. Uma dos principais motivos de preocupação para o Comando Supremo Aliado para o Dia D atendia pelo nome de Erwin Rommel. A designação de Rommel para cuidar da defesas estáticas alemãs na França foi determinante para as dificuldades que os Aliados encontrariam a partir de 06 de junho de 1944. Diga-se de passagem, que as coisas não ficaram pior pelo simples fato de Rommel não ter o pleno domínio das unidades diretamente empregadas no litoral normando. Evidentemente acrescenta-se a divergência dele e Rundstedt discordarem de tipo de estratégia que seria utilizada assim que a invasão iniciasse. Sendo que ele apostava tudo na defesa das praias, com as unidades panzers contra-atacando imediatamente antes que a cabeça-de-praia inimiga fosse formada, enquanto que Rundstedt acreditava que o melhor era preservar as unidades blindadas no litoral, longe da artilharia marítima aliada.
Em fevereiro de 1944 Rommel começou a inspecionar a Fortaleza Europa. Como resultado de sua inspeção, o aumento significativo das fortificações, minas, obstáculos e do poderio bélico nas regiões mais desguarnecidas, teoricamente menos provável para um desembarque, mas no local onde ele aconteceria quatro meses depois. Empregou além de tropas a população civil da França. Estava decidido a cumprir sua missão, mesmo que ele mesmo não mais acreditasse nela.
Dia D – É HOJE! 06 de Junho 1944 – O início do Fim da Guerra na Europa
Há 68 anos o mundo prendia a respiração. A maior ofensiva de desembarque da Segunda Guerra estava iniciando. Nas primeiras horas do dia 06 de junho de 1944 centenas de embarcações chegavam a costa da Normandia para abrir novamente a frente ocidental, era o começo do fim. Vamos realizar hoje uma série de publicações sobre o Dia D e novamente republicar as fotos e os posts que já passaram pelo blog. Acompanhem!
Dia D – Visto por Outro Ângulo
O que pensou um soldado ferido no na praia de Omaha? Primeiro: posso me locomover? Não! Então é ficar parado e rezar para que não seja atingido novamente. Muitos foram! Se a resposta é Sim, posso me locomover, vem um dilema: procurar abrigo na linha de frente? A única proteção das primeiras levas era uma barreira de seixos a 50 metros da praia, isso implica em ir percorrer toda a praia correndo o risco de ser atingido novamente. Não existia uma opção cem por cento segura para as primeiras levas em Omaha.
Outros conseguiram serem resgatados ainda no mar ou por embarcações que retornavam levando os feridos, outros eram tratados ali mesmo na praia. Não foram poucos os casos de soldados feridos e atingidos enquanto ainda recebiam os primeiros socorros. Segue uma pequena amostra do que aconteceu.
Lembro que os resgates efetivos começaram quando os americanos começaram a ter o controle do setores de omaha.
A vista dessa vez do Dia D recairá sobre o resgate dos soldados feridos durante os desembarques.
O Fracasso da Defesa no Dia D
O fracasso alemão em omaha teve muitas razões. A tentativa de defesa por toda parte, espalhara as divisões em pouquinhos aqui, gotinhas ali. Além do mais, o comandante da 352ª, general Klaiss, fez uma interpretação completamente errada das intenções dos aliados. Às 2 horas, quando ele recebeu relatórios sobre o lançamento de pára-quedistas no seu flanco esquerdo entre Isigny e Caretan, pensou que os americanos estavam tentando separar a 352ª da 709ª. Às 03:10 ele ordenou que sua divisão de reserva, chamada de Kampfgrupe Meyer, nome do comandante da 905º Regimento, se deslocasse de suas posições ao sul de Bayerux até o estuário do Vire. Mas essa foi uma tentativa absurda; os pára-quedistas eram uns poucos homens da 101º que haviam saltado erradamente.
Às 5:50 Kraiss compreendeu o seu erro. Ele disse a Meyer que detivesse a Kampfgrupe e esperasse ordens posteriores. Dentro de meia os americanos começaram a desembarcar em Omaha, mas só às 07:35 Kraiss enviou reservas para área, e em seguida apenas um batalhão da Kampfgrupe. Às 8:35, ele enviou os outros dois batalhões contra a 50ª Divisão Britânica na praia de Gold. Fracionar a 915ª desta maneira significava que em parte alguma havia condições de desencadear um ataque vigoroso. Os batalhões estavam também várias horas atrasadas ao chegar aos locais de combate, porque quando se deslocavam eram alvejados por caças e bombardeios aliados.
Informações insuficientes, em muitos casos, e absolutamente nenhum em outros, causaram grande embaraço a Kraiss, mas ele era tão culpado de passar adiante más informações quanto uma vítima de recebê-las. Às 10 horas, ele relatou penetrações nas posições avançadas da 352ª em Omaha, mas frizou que não eram perigosas. Às 13:35 informou ao QG do 7º Exército que o assalto americano fora repelido de volta para o mar, exceto em Colleville, que, ele afirmou, estava sendo contra-atacada pela 915ª. Apenas às 18 horas ele admitiu que os americanos haviam infiltrado através de pontos fortes da 352ª, mas mesmo então ele afirmou que apenas Colleville estava em perigo.
Às 17 horas, o marechal-de-campo Rundstedt exigiu que a cabeça-de-ponte aliada fosse eliminada naquela noite. Alguns minutos depois, o general Jodl enviou uma ordem no OKW – todas as forças disponíveis deviam ser lançadas na batalha. Às 18:25, Krauss ordenou que sua última unidade não empenhada, o batalhão de engenharia, se deslocasse para St.-Laurent e lutasse como infantaria. No momento em que os engenheiros chegaram ali, estava escuro, tarde demais para fazer outra coisa exceto entrincheirar-se e esperar o amanhecer.
Pouco antes da meia-noite, 06 de junho, Kraiss admitiu ai seu comandante de corpo, general Marcks, que a 352ª precisava desesperadamente de ajuda. “Amanhã a divisão será capaz de oferecer ao inimigo a mesma determinada resistência que ofereceu hoje (mas) por causa das pesadas baixas…os reforços devem ser trazidos até depois de amanhã. As perdas em homens e material nos ninhos de resistência são totais”
Marcks retrucou: “Todas as reservas que me eram disponíveis já foram empregadas. Cada polegada de chão deve ser defendida ao máximo até novos reforços possam ser trazidos.”
Em suma, o pode de combate da 352ª tinha sido dissipado pela obstinada ação defensiva dos pequenos grupos que eram capazes de retardar, mas não deter o avanço aliado. A insistência de Rommel em defender o avanço perto da praia tornara a fase inicial mais árdua para os americanos, mas a um custo excessivo para os alemães – e não havia funcionado. “A esse respeito”, declara a história oficial do exército americano, o “V Corpo havia superado uma severa crise, e o sucesso da sua luta deve ser medido em outros termos que não o tamanho da cabeça-de-praia.”
Omaha – Dia D – General Cota – O Comandante no Setor DOG WHITE
Lembram-se da cena de abertura de “O Resgate do Soldado Ryan”, onde o Capitão Miller assume a fuga da praia?
Isso realmente aconteceu…só que o Comandante em questão era o General de Brigada Norm Cota.
Na Segunda Guerra Mundial, o então coronel Cota esteve envolvido na invasão bem-sucedida do Norte Africano, a Operação Tocha. Em seguida, ele foi fundamental para o planejamento para a Operação Husky, a invasão aliada da Sicília. Promovido a General de Brigada, serviu como conselheiro dos Estados Unidos para as operações combinadas no Reino Unido observando e supervisionando os preparativos para a invasão à França, a Operação Overlord.
Durante a fase de planejamento, Cota era inflexivelmente contra desembarques à luz do dia, acreditando que os desembarques noturnos teriam uma chance maior de sucesso. Assumindo sub-comando da 29ª Divisão de Infantaria, programado para desembarcar em Omaha Beach, Cota defendeu um ataque noturno, mas não convenceu. Apesar de seus protestos, e com o passar do tempo, o alto comando Aliado tinha pouca escolha.
A maioria dos comandantes do Dia D assegurava aos seus homens que os alemães seriam aniquilados pelo bombardeamento dos Aliados no pré- ataque, e que os defensores estavam em desvantagem numérica, inexperientes e desmoralizados. Todas essas avaliações foram revoltantes e imprecisas. Na tarde de 05 de junho Cota deu uma das poucas estimativas precisas para os soldados da 29ª Divisão de Infantaria:
“… As poucas discrepâncias que a gente tentou corrigir (em treino anfíbio) vão ser ampliadas e vão dar lugar a incidentes que vocês podem, à primeira vista verem como caótica. Os bombardeios aéreos, navais e com o apoio de artilharia são tranquilizadores . Mas vocês estão indo encontrar a confusão e o caos. Os desembarques não estão acontecendo na programação esperada e os homens estão desembarcado no lugar errado. O inimigo de alguma forma tentará impedir a nossa conquista. Mas temos que improvisar, sigam em frente, não podemos perder nossas cabeças. “
Apesar de sua previsão original, até Cota subestimou a carnificina total que aguardava o V Corpo (Divisões de Infantaria 29 e 1) na praia de Omaha na manhã de 6 de junho de 1944.
Sangue em Omaha
Cota desembarcou com parte do Regimento de Infantaria 116 ª da 29ª Divisão, na segunda onda, aproximadamente uma hora após a hora-H, no setor conhecido como Omaha DOG- WHITE. Seu barco se aproximou sob fogo pesado de metralhadoras e morteiros, quando a rampa desceu três soldados foram mortos imediatamente.
Cota foi um dos mais altos oficiais na praia naquele dia. Ele é famoso por comandar pessoalmente o ataque, motivando os soldados em estado de choque e sobreviventes para fixarem na ação, e abrir uma das saídas para os primeiros veículos saírem da praia. Duas citações famosas são atribuídas a ele:
O encontro com Max Schneider, comandante do 5º Batalhão Ranger, Cota perguntou: “Que roupa é essa?” Alguém gritou “5º Rangers!” Cota respondeu: “Bem, diabos, então, Rangers, liderem o caminho!”.
– Cota morreu em 1971 e está enterrado no Cemitério em West Point.
- Agora toda a extensão da Operação Overlord é atração turística
- As baixos em Omaha foram pesadas
- Esse é um Monumento que retrata o desesperado momento do abrigo
- O Desespero
- Esse Rascunho foi transcrito por Eisenhower como uma declaração a Imprensa caso os desembarques falhassem…Essa carta foi jogada no lixo depois do sucesso dos desembarques, mas recuperada posteriormente pelo secretário do general
- Morto em Ação
- Jornal New York Times do Dia 06 de Junho 1944
- Norman Cota – Um dos Comandantes que fez a diferença no Dia D
- Uma embarcação ambulância no Dia D
06 de Junho de 1944 – 67 Anos do Dia D
Nesse momento nas Praias da Normadia acontecia uma das batalhas mais importantes da Segunda Grande Guerra, A Invasão da Europa iniciava com o desembarque em massa de milhares de soldados em praias determinadas como Juno, Sword, Gold, Omaha e Utah, sendo os dois últimos setores sendo exclusivamente áreas de invasão do Primeiro Exército dos EUA comandos pelo General Omar Bradley e os demais configuravam o Segundo Exército Bratânico sob o comando do General Dempsey, esses dois exército eram apenas uma parte integrante de uma operação militar que envolveu dezenas de nações e milhões de homens e recursos militares nunca vistos antes ou depois na história militar da humanidade. Todos eles sob um mesmo comando, um general que recebeu o título de Supremo-Comandante da Força Expedicionária Aliada. O Dia D acorreu com um atraso de 24 horas, devido as condições climáticas, e a Hora H, iniciou exatamente às 06h00m, com os desembarques sendo precedidos por intensos bombardeios navais e aéreos, e que infelizmente para as praia de codinome Omaha não tiveram o efeito desejado, e tornou a operação particularmente custosa nesse setor, onde mais de 7 mil homens morreram antes de mesmo de disparar o primeiro tiro.
“Nossa expectativa de vida era zero”, declarou o praça John MacPhee. “Nós estávamos sobrecarregados com excesso de peso. Não passávamos de mulas de carga. Eu era muito jovem, em excelente forma. Podia caminhar durante horas, suportar um bocado de contratempos, mas estava tão enjoado que pensava que iria morrer. De fato, que me dera tê-lo feito. Eu estava totalmente exausto.”
Saltanto da rampa para a água à altura do peito, MacPhee mal pôde chegar à praia. “Eu caí, e para o que parecia ser uma eternidade ali fiquei.” Ele foi atingido três vezes, uma vez na parte inferior das costas, duas vezes na perna esquerda. Seu braço estava paralizado. “Isso foi a conta. Perdi todo meu medo e sabia que ia morrer. Fiz as pazes com o meu Criador e fiquei esperando”.
MacPhee teve sorte. Dois de seus companheiros o arrastaram para um abrigo na Muralha do Atlântic; por fim ele foi evacuado e disseram-lhe que tinha um ferimento de um milhão de doláres. Para ele a guerra estava acabada.
Do Lado Alemão:
As experiência do praça Franz Gockel da 352ª forneceram algumas vívidas imagens do que pareceu o Dia D para os soldados de infantaria alemã. às 08h30m ele havia pensando que a batalha estava ganha, mas os americanos continuavam a desembarcar. À sua esquerda e à sua direita, grupo de combate e pelotões americanos haviam contornado o WN 62 (Ninho de Resistência), e em seguida atacado da retaguarda, “tornado necessário que nos defendêssemos do ataque por trás”. Ao meio-dia, ele tinha meia ração de pão e uma lata de leite, mas não vieram reforços ou suprimentos. Um mensageiro enviado para buscar ajudar nunca mais foi visto. Os americanos pressionavam e “nossa resistência se tornava mais fraca”.
Franz teve a mão esquerda perfurada por uma bala. O médico que envolveu em ataduras sorriu e disse que parecia um bom Heimatscuss (ferimento de um milhão de doláres). As tropas americanas penetraram na rede de trincheiras e de repente estavam a apenas vinte metros de distância.
Franz agarrou o fuzil e correu na direção de Colleville. Nas proximidades ele se juntou ao comandante de sua companhia e aos pouco sobreviventes do NR 62. Os americanos já estavam na aldeia.
Dos vinte homens do NR 62, apenas três escaparam ilesos, e foram feito prisioneiros. Gockel concluiu: “Nenhum de meus camaradas, que conseguiram sobreviver à invasão continuou a acreditar na vitória.”
…Mais Em Brave.
Prisioneiros de Guerra do Dia D!
Não foram poucos os Prisioneiros de Guerra do Dia D, tanto do lado dos Aliados quanto do lado da Alemanha.
- Soldados rumando para Inglaterra. Espantados com o desembarque avassalador dos Aliados
- Informações dos Aliados já revelavam a idade avançada dos soldados que lutavam na França
- Por recomendações médicas os PGs estão vestidos desta forma. Aguardam transporte para Inglaterra e de lá EUA
- Marinheiro americano ensina nó a PG alemão
- Alimentação reforçada
- Prisioneiros em forma
- Diversão a bordo
- Revista do Comandante da Embarcação em Oficiais alemãos
- Oficiais nazistas capturados
- Soldados nazista Móngois – Os estrageiros do Reich
- Em forma para o embarque
- Prisioneiros ainda nas praias
- Rendição nas Praias
- Em marcha para o embarque
- Rendidos
- A caminho para as embarcações
Fortificações Destruídas no Dia D
O Exército Alemão em 1944 estava muito longe de ser a temida wehrmacht que assustou o mundo com a blitzkrieg de 1939. Tinha por objetivo, naquele período da guerra, evitar um desembarque Aliado em toda a costa francesa, para tanto incrementou as fortificações costeiras para deter a invasão, e o próprio Hitler ordenou a construção da chamada “Muralha do Atlântico”, que na verdade serviu mais como objeto de propaganda nazista do que algo instransponível. Contudo, no início de 1944 quando o Marechal de Campo Rommel assumiu o comando das defesas francesas aumentou ferozmente as defesas fixas, tudo isso, ele tinha a certeza de que o avanço Aliado só poderia ser detido ainda durante os desembarques na praia, e chamou o dia da invasão “O mais longo dos dias”. Enfim, segue abaixo alguns exemplos das fortificações que foram destruídas durante a invasão da Normandia.