USS Indianapolis (CA-35) – Uma das História mais Tristes da Segunda Guerra – Parte I
Evidentemente um pedido de um grande amigo a gente não deixa passar em branco. Joaquim Fernandes me passou um email para uma publicação sobre uma das histórias mais sofríveis da Segunda Guerra Mundial, a história do USS Indianapolis (CA-35). Resolvemos realizar um especial sobre esse episódio, com todos os desdobramentos desse triste acontecimento.
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O cruzador pesado Indianapolis partiu do Porto de San Francisco logo após o amanhecer em 16 de julho de 1945 envolto sob forte sigilo. Em seus compartimentos carregava a bomba atômica que três semanas mais tarde seria lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima. A embarcação seguiu, sem escolta, para a ilha de Tinian, onde descarregou a sua carga letal em 26 de julho. Com sua missão cumprida, o Indianapolis, em seguida, começou uma jornada para o inferno que iria terminar com o pior desastre naval da história dos EUA.
De Tinian, partiu para a ilha de Guam e de lá foi enviada ao Golfo de Leyte, nas Filipinas, para se preparar para a invasão do Japão. Viajando sem escolta, sua viagem iria levá-la através de um oceano infestado de submarinos japoneses e tubarões.
Em poucos minutos após a meia-noite do dia 30 de julho, dois torpedos japoneses atingiram a embarcação, causando uma explosão que partiu o navio em dois. Levou apenas 12 minutos para o navio a proa afundar. De sua tripulação de 1.196, estimasse que pelo menos 900 sobreviveram à explosão – mas o pior ainda estava por vir.
Alguns sobreviventes na água foram capazes de atingir botes ou detritos para se agarrar. Muitos usavam coletes salva-vidas que oferecia flutuabilidade mínima. Muitos, no entanto, não tinham nem botes, nem colete salva-vidas e foram obrigados a nadar continuamente para sobreviver, encontrando alívio somente quando encontravam um colete salva-vidas disponíveis nos corpos dos marinheiros mortos. Os tubarões começaram a atacar assim que o sol nasceu e continuou seu ataque durante todo o calvário.
O alarme não foi acionado quando o navio não conseguiu chegar ao seu destino. Não foram enviados forças de resgate para encontrar o navio – seu afundamento passou despercebido. Durante quatro dias, um número cada vez menor de sobreviventes lutavam uma batalha de vida e morte. Então, a sorte interveio. Um avião de reconhecimento da Marinha em patrulha de rotina encontrou os sobreviventes e transmitiu a posição. Navios próximos correram para o local e começaram a resgatar os marinheiros. A contagem feita após a conclusão do resgate revelou que apenas 317 dos 900 originalmente estimado que sobreviveram ao afundando do navio conseguiram ser resgatados.
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A foto do Indianápolis no estaleiro parece que não é do Cruzador Pesado.
Li em uma reportagem que seu comandante, durante anos foi considerado culpado, por “demorar” a reagir.
Depois ele suicidou.
Anos mais tarde, foi declarado oficialmente inocente. Ma já era tarde.
Abraço.
Por esse fato trágico, os responsáveis que delegaram essa missão negaram uma escolta solicitada pelo capitão, mas foram eles protegidos pelo Comando da Marinha, quando o fato veio a público. Com a apuração dos fatos souberam bem eles fazer do capitão do CA 35 Indianapolis o bode expiatório, o famoso boi de piranha, levando-o a uma Corte Marcial. O cruzador e toda tripulação foram vítimas da irresponsabilidade praticada pelo o Comando da Marinha na época do acontecido, isso ainda hoje gera indignação.
Prezado Amigo
Recentemente, assisti a um filme sobre o USS Indianapolis e a lamentável história de seu comandante; utilizado como “boi de piranha” pelo governo dos Estados Unidos, para justificar, perante a população e à imprensa, o absurdo de mandar-lo a um mar infestado de submarinos japoneses, sem a obrigatória escolta de Destroiers. Por incrível que pareça, a única pessoa que o defendeu, na sua absurda Corte Marcial, foi o comandante do submarino japonês que o torpedeou.
Gostaria que, se possível for, que o amigo abordar-se esse crime, que terminou com o suicídio do capitão do USS Indianapolis.
Meu caro amigo Luiz Antonio Alves de Souza:
Teria sido muito bom que esse cruzador pesado, o USS-35 Indianapolis, tivesse sido afundado na sua viagem de ida, em missão secreta, transportando armas atômicas, por aviões ou submarino inimigos, o desfecho teria sido outro, certamente o responsável
por essa ordem absurda teria vindo a tona e os ataques a Hiroshima e Nagasaki teriam sido adiados. Presumo que essa ordem absurda para essa missão, partiu da Casa Branca, por isso sobrou para o capitão do navio sem nada a dever e que escapou por milagre.