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Os Navios Brasileiros Torpedeados – Quinta Parte


            O Navio “Gonçalves Dias”, navegava ao sul do Haiti em direção ao Porto de New Orleans, transportando uma carga de café, e por volta das 21h15min do dia 24 de Maio de 1942, quando sentiu-se um forte impacto, do primeiro torpedo e, logo a seguir um segundo torpedo o atingiu. Era um ataque do submarino alemão U-502, sob comando do Capitão Jorger Von Rodsentiel.

            Com o impacto o geradores de energia se desligaram, impossibilitando qualquer pedido de socorro feito via rádio. Apenas duas baleeiras estavam em condições de entrar na água e, nelas embarcaram os 44 sobreviventes e quando  procuravam afastar-se o mais rapidamente da embarcação que afundava rapidamente, viram surgir primeiro a torre e depois todo o submarino a cerca de 30 metros de distância. Posteriormente, quatro homens de aparência alemã surgiram no passadiço, e um deles falando em inglês com forte sotaque alemão, procurou saber qual a nacionalidade do navio, sua procedência e porto de destino, e depois de confabularem entre si, indicaram a direção da terra e se foram. Faziam parte da tripulação 52 homens, dos quais 6 vieram a falecer.

            O Navio “Alegrete” já alcançara Santa lúcia, nas Antilhas e acabara de transpor o farol de Moule Chique, quando o seu Comandante Gomes de Souza pensou ter avistado o periscópio de um submarino, e chamou rapidamente o rádio telegrafista para comprovar mas este, entretanto ele nada pôde constatar. Eram 13h30min de 1º de Junho e, por volta das 17 horas o comandante se encontrava na cabine, recebendo a comunicação que a pouco tempo atrás, um outro navio brasileiro havia sido atingido por um torpedo, quando foi sentido um violento impacto e, imediatamente ele enviou o sinal de SOS e ao mesmo tempo, destruiu todos os códigos de cifras do Estado Maior da Armada, bem como as instruções que recebera em Belém do Navy Control.

            Mandou descer as quatro baleeiras e nelas se acomodaram os 64 tripulantes e, o navio foi deixado com todas as luzes acesas. Duas horas depois do ataque, quando já anoitecera, os náufragos viram a embarcação receber 18 tiros de canhão, além do impacto de mais dois torpedos.

            O comandante do submarino U-156, o Capitão Hartersteis não se contentou apenas em torpedeá-lo, mandou destruí-lo a tiros.

Segundo os arquivos da Marinha alemã, e a relação do almirante britânico, mais dois navios brasileiros foram postos a pique pelo submarino alemão U-159, que estava sob o comando do Capitão Witte. Um destes foi o Navio “Paracuri”, que transportava 64 tripulantes, que felizmente, escaparam ilesos. A outra embarcação não foi identificada, mas ambos foram afundados no Atlântico Norte.

            O Navio “Pedrinhas” pertencia à Companhia de Comércio de Pernambuco,  pesava 3.666 toneladas e, quando navegava do Porto do Recife, com destino à cidade de Nova Iorque, sob comando de Ernesto Mamede Vidal. No dia 26 de Junho, quando se localizava a 23º07N e 62º06W, frente a Porto Rico, recebeu o impacto do torpedo que partiu do submarino U-203, comandado pelo capitão Rudolf Mutzelburg.

            A tripulação era composta por 48 homens, e a guarnição da peça de artilharia da Marinha de Guerra, que salvaram-se ao chegar na costa de Porto Rico.

            O Comandante José martins, do Navio “Tamandaré”, recebeu a informação de que a zona que teria de navegar estava infestada de submarinos e decidiu, portanto, alterar sua rota. Ele navegava tranquilamente, quando foi informado da presença de um submarino nazista avariado, que  havia submergido.

            Ao verificar a rota do inimigo, achou que poderia enfrentá-lo com a artilharia de bordo e, fez os cálculos e preparou-se  para o ataque. Atirou várias vezes, mas o inimigo, com manobras rápidas se defendeu, e durante a noite preparou o contra ataque para iniciá-lo no dia 26 de Junho, às 02h10min o U-66, sob comando do Capitão Frederich Markworth, lançou um torpedo que atingiu em cheio a embarcação brasileira. Vale ressaltar que este submarino era bem menor do que o que foi atacado pelo Navio “Tamandaré”, que tinha uma tripulação de 52 homens, dos quais 4 morreram.

Tripulação

 

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