O Turismo Militar Durante a Segunda Guerra: Integração Cultural
Antes mesmo de falar em globalização a Segunda Guerra proporcionou uma integração cultural inimaginável. Houve um deslocamento forçado de milhões de soldados de diversos países que enfrentam o flagelo da guerra ou que participaram diretamente do conflito, tais como o Brasil e Estados Unidos. Nesse aspecto, cidades italianas, francesas, belgas, polonesas, tchecas, holandesas e tantas outras que foram ocupadas pelos alemães e, posteriormente, libertadas pelos Aliados, tiveram a chance de respirar economicamente oferecendo serviços e depois faturando com o turismo de guerra. Exemplo desse tipo de atividade econômica eram os “Passes Livres”, que eram oferecidos aos soldados para um breve descanso em cidades como Paris e Veneza. Outro aspecto importante foi o envolvimento entre os militares e as mulheres dos países locais, fenômeno também verificado por ocasião da ocupação alemã. Não foram poucos os casos de italianas que deixaram seu país para se casarem no Brasil. Na França há casos de americanos que não retornaram mais para a América. Já a relação entre as forças de ocupação e os homens locais nem sempre eram amistosas, na verdade, entre as diversas tropas de países diferentes sempre houve brigas e quebra-quebra. Essa integração, inimaginável antes da guerra, tornou a Segunda Guerra um dos primeiros eventos da História a permitir a integração de culturas.