O povo atinge um alto grau de civilidade quando ele embasa suas ações nas experiências de sua história. Diferentemente, ainda há povos que não respeitam sua própria história, não se dignificam com o sacrifício de seus antepassados, e não vislumbram honrar a memória daqueles que forjaram a nação.
O Brasil ainda não atingiu esse grau de civilidade, ainda não deu provas cabais de que realmente se importa com seu passado, ainda não aprendeu com seus erros.
Pernambuco nasceu a partir da experiência das Capitanias Hereditárias e permeou a História do Brasil em todas as suas fases. Foi invadida no século XVII e sua insurreição deu origem ao Exército Brasileiro, na pragmática Batalha dos Guararapes, em 17 de abril de 19 de abril de 1648, e foi partícipe de todas as demais sublevações do Brasil colônia a república.
Contudo, muitos dos seus habitantes não reconhecem o peso histórico do seu Estado, não reconhecem o importante papel de suas cidades, da “Veneza Brasileira”, se é que alguém sabe o que é a “Veneza Brasileira”.
Mas isso não é apenas culpa dessa geração, isso já vem sendo enraizado na cultura política e cultural dos pernambucanos há década e décadas. Monumentos históricos foram destruídos, casas centenárias são derrubadas, cenários históricos são invadidas ou saqueadas. Portal de Santo Antônio, Arco da Conceição e tantos outros monumentos foram, simplesmente, derrubados, para a construção de uma cidade moderna, se é que para ser moderna é preciso esquecer seu passado.
Crédito: Gustavo Arruda
Então vamos imagina um pouco de Pernambuco à antiga:
Antigo Prédio da Prefeitura do Recife
Ponte da Boa Vista com bonde elétrico na década de 40. No local próximo a essa ponto, existia uma outra, construída pelo holandeses em localização exata desconhecida. Pelos mapas do período acredita-se que ela ficava próximo a atual Casa da Cultura (antiga Casa de Detenção)
Torre de Malakoff.
Rua Marquês de Olinda. Uma das principais ruas do Recife Antigo
Av. Martins de Barros. Essa avenida era considerada a do Porto. Atualmente o início é o Cai de Santa Rita.
Vista da Ponto da Boa Vista para a Rua da Imperatriz. Observando os depósitos na margem do rio.
Rua Nova em 1853
Feira de Caruaru no século XIX
Praça Dezessete
Praça Marciel Pinheiro na década de 40 do Século XX. Em um sobrado nesta praça, morava a escritora Clarisse Lispector. Ela passou parte de sua infância no bairro da Boa Vista e estudou no Colégio Ginário Pernambucano, antes de se mudar para o Rio de Janeiro
Vista a partir do Grande Hotel, considerado no início do século passado o mais luxuoso hotel da cidade, o mesmo dispunha de cassinos e jogatinas, e era frenquentado pela Elite pernambucana. Entre as personalidades se hospedou está o então presidente francês Charlles De Gaulle, o presidente americano Eisenhower.
Em 1912, passou a funcionar o curso de Ciências Jurídicas no prédio na Praça Dr. Adolfo Cirne, no Recife, depois de concluídas as obras Governo da República. O prédio construído por José de Almeida Pernambuco, ocupa uma área de 3.600 metros quadrados, no centro de uma área ajardinada e seu projeto arquitetônico, eclético, com predominância do estilo neo-clássico é de autoria do arquiteto francês Gustave Varin.
Visita do Imperador D. Pedro II e sua família na década de 80 do século XVIII a Pernambuco.
Igreja Batista do Cordeiro uma das primeira igrejas evangélicas do subúrbio do Recife.
Primeira destruição do Bairro do Recife em 1913 com o objetivo de “Modernizar” a entrada da cidade. Essa “reestruração” levou à baixo igrejas, fortes e dezenas de casas. Uma das justificativas era a “exigência do trânsito”….
Vista do Recife final do Século XIX
O palacete do século XIX, que pertenceu ao Dr. Augusto Frederico de Oliveira, filho do Barão de Beberibe tornou-se sede própria do Museu do Estado de Pernambuco a partir de 1940.
Vista aérea de Recife na década de 40
Vista da Rua Direita, atualmente Largo da Paz. A Igreja do Largo da Paz foi utilizada durante a Intetona Comunista de 1932 como Posto de Observação contra as tropas do Governo, instalada uma metralhadora na torre da igreja
Mesma Região
Teatro Santa Isabel. Com um trem se aproximando do lado direito
Mercado Público de São José um dos mais antigos e importante centro de compra da cidade
Derby. Atualmente o Quartel General da Polícia Militar do Estado de Pernambuco. Essa, hoje é a continuação da Av. Conde da Boa Vista, nesse período não havia essa ligação.
Porto do Recife
Boa Viagem
Vista aérea do Recife
Porto do Recife
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Belas fotos, como era aprazível e belo o centro da cidade até antes da década de 80.
É uma pena tantos casarões históricos em vários bairros terem sido destruídos pela desenfreada modernização e pela ganância e venda da cidade nas mãos das construtoras de imóveis.
Se o nosso urbanismo fosse parecido com o das grandes cidades europeias isso não teria ocorrido, Recife não estaria infestada por edifícios enormes por toda zona sul e norte da cidade.
Uma coisa que não da pra esquecer na história de Olinda é sobre o José Ruminho.
http://historiaolinda.blogspot.com.br/2017/06/jose-ruminho-silva-o-serial-killer-de.html