O Soldado Alemão – O Melhor do Mundo?
O povo alemão foi considerado por muito tempo um povo cruel e militarizado, graças a campanha disseminada no pós-guerra. A principal característica oriunda dessa mística é disciplina notória dos alemães. Por isso o soldado alemão foi muito tempo considerado o melhor soldado do mundo, disciplinado e combativo. E as batalhas iniciais da Segunda Guerra elevariam essa observação para o seu mais alto nível.
Com o passar da guerra e com a rendição das forças do General Paulus em Stalingrado, o que o mundo viu e os soviéticos não cansavam de repetir, era de que o soldado alemão era tão humano como qualquer outro soldado de qualquer outro exército. Sujeito aos traumas e medos da guerra. Embora ainda senhora de milhões de quilometros quadrados de território, a máscara do soldado invencível caíra com o 6º Exército.
Quando as forças anglo-americanas abriram uma nova frente na França, o que se via era um Exército já bastante debilitado. Soldados com idade avançada ou muito jovens e unidades inteiras de estrangeiros. Claro, ainda contavam com forças extremamente combativas, mas muito longe da mística de invencibilidade do soldado alemão.
No final da guerra pouca coisa sobrou daquele soldado que era considerado quase uma força de outro planeta invadindo a França. O que sobrou eram os maltrapilhos e os doentes integrantes de uma exército derrotado.
Por fim não existem exércitos invencíveis, nem soldados invencíveis, o que realmente existe são homens muito bem treinados e equipados, mas que no final das conta são apenas homens, nada mais. Outros conflitos no pós-guerra iriam provar que exércitos poderosos poderiam ser vencidos, o Vietnã seria o maior exemplo.
Com vocês a galeria com a face do soldado que já fora considerado invencível.
Muito apropriado o artigo, tenta quebrar a ideia que persiste de que o soldado Alemão nasceu feito e não que se fez como qualquer soldado do mundo.
Contudo a visão de muitos de que foi o melhor de sua época, encontra a meu ver respaldo nas muitas evidencias fornecida pela segunda guerra mundial.
Mas como teria se forjado o soldado Alemão, apenas por acaso? Não acredito nisso, acredito muito mais nas necessidades históricas, que motivaram o povo Alemão a necessidade de lutar pela sobrevivência com povo e nação.
É muito difícil para nós Brasileiros entendermos isso, afinal parece que gozamos de uma paz aparentemente sem ameaças, e encaramos a necessidade de defesa nacional como algo dispendioso e desnecessário, mas é uma falsa segurança a história esta cheia de lições para nós ensinar.
Os Alemães como alunos mais aplicados, e conscientes de sua situação estratégica, tanto perigosa quanto intimidadora trataram desde cedo a cuidar de sua defesa nacional, com o intuito de manter sua integridade territorial e soberania nacional.
E a meu ver tudo começa com as incursões Romanas aos seus territórios, os Alemães sempre resistiram à romanização dos seus territórios o que significaria abrir mão de sua cultura em proveito de outra que pretendia domina-los.
O ponto principal deste conflito de culturas e interesses territoriais a meu ver foi a batalha de Teutenburgo aonde o Germanico Arminius derrotou o Consul Varrus e suas legiões na floresta que deu nome a batalha, foi a demonstração definitiva que os Alemães não aceitariam o predomínio da cultura latina sobre a sua e também que poderiam resistir com êxito sobre a poderosa máquina militar Romana.
Posteriormente houve a ascensão do estado militarizado prussiano, primeiro com as guerras de Frederico o grande, depois com a guerra de unificação dos estados Alemães orientada por Bismarck, a máquina militar Prussiana derrotou, a Dinamarca, Áustria e finalmente a França em 1870, conseguindo o seu objetivo de unificação, Essa derrota Francesa levaria ao cultivo de um sentimento nacional revanchista contra a Alemanha, que aumentaria a ênfase do sentimento militarista Alemão, na defesa da soberania nacional, a ideia era abater a Alemanha enquanto potencia predominante na Europa, esta guerra fria finalmente levaria a primeira guerra mundial.
Como vimos resumidamente à Alemanha teve de pagar um preço bem alto para primeiro sobreviver e depois poder unificar-se como um único povo pertencente a uma única nação, e isso contra interesses hostis das maiores potencias Europeias de sua Época, França, Rússia e Inglaterra, cujo surgimento de uma Alemanha forte no meio da Europa não interessava em absoluto.
E nação forte e capaz de se manter, era nação militarmente forte, Assim por tudo o que vimos não é difícil entender a necessidade Alemã de se converter numa espécie de Esparta, moderna, diante de muitas ameaças a posição privilegiada que trabalhou para ocupar na Europa, e permanecendo a ameaça vitalícia da França e Inglaterra nas suas fronteiras ocidentais e da URSS nas orientais.
Após a primeira guerra mundial, aonde a Alemanha enfrentou as forças do mundo todo, e finalmente permanecendo o impasse, muito mais por questões internas que externas, aceitou o plano de paz inimigo que não era nada além de um engodo grosseiro.
Versalhes confirmou assim a necessidade histórica ao povo Alemão de um exercito forte novamente, afim de que a Alemanha reconquistasse seu lugar na Europa novamente.
O militarismo reacendeu com força após a derrota, primeiro de maneira discreta pelo Reichswer, organizado por Von Seeckt, depois com a ascensão de Hitler de maneira explicita, com o repudio a Versalhes e a reconquista dos territórios perdidos.
Hitler falhou no seu intuito de restabelecer a antiga grandeza da Alemanha, ele talvez se imaginasse um novo Bismarck, mas o fato é que estava muito longe disso, Bismarck teve sucesso na sua politica de hegemonia Alemã, com o emprego racional do forte exercito Prussiano apenas quando necessário e sempre para manter o que era Alemão e não para conquistas que só criariam inimigos irreconciliáveis.
Durante a fatídica segunda guerra mundial, Hitler ganhou fama de grande conduto militar graças ao profissionalismo e liderança militar da Wermarcht, enquanto pode contar com recursos satisfatórios o Landser (Soldado regular Alemão), pode mostrar toda a superioridade de seu treinamento militar sobre outros exércitos, finda essa condição soube distinguir-se numa defesa aguerrida e desesperada do território conquistado e por fim do território de sua pátria, ocupado pela superioridade avassaladora de recursos dos inimigos.
Professor Mauro,
Sempre é um prazer ler seus comentários equilibrados e de profunda analise. Estava sentindo falta. Mais uma vez obrigado.
Amigo Chico, sei que posso chama-lo dessa maneira, ainda permaneço tentando reverter os desagradáveis efeitos do AVC que tive, e que me absorvem toda a atenção, mas sempre acompanho seus post ricamente ilustrados com fotos e textos impecáveis no seu conteúdo, de fato podem ser tomados como uma referencia confiável por todos aqueles que hoje ou no futuro entabularem quaisquer conversas referente ao assunto, que você consegue desenvolver de modo interessante com didática acessível, para o neófito ao especialista.
A todos aqueles que reclamam da falta de entusiasmo para a leitura o assunto exposto aqui e da maneira que e exposto se constitui numa introdução atraente ao universo da mesma, que não pode e não deve ser ignorada por ninguém.
Continue seguindo em frente Chico eu o acompanharei, como amigo, seguidor e colaborador sempre que possível.
valeu[ a coerrencia prof.mauro, outro cidadao pe no chao chama-se robert faurison
Obrigado amigo! continue participando.
Apesar de Hitler ser considerado gênio militar pelos seus generais, ele não sabia como comandar um exército de campanha ou organiza-lo.Por exemplo: Ele foi responsável pela capitulação do 6o exército em Stalingrado no mês de janeiro de 1943 pois ele deu uma ordem direta para o General Paulus de não fazer retirada, isso permitiu que o General Chuikov conseguisse realizar o famoso movimento de pinça que os alemães tanto faziam.O que resultou foi um certo exército cercado e desprovido de suprimentos.
PS:O exército alemão era tão bom que mesmo no final da guerra e desprovido de tudo, ainda conseguia tirar muito do inimigo em homens.Também o exército alemão conquistou a França em 6 semanas e a Polônia em 2 ou 5 enquanto os Aliados levaram quase um ano para tira-los de lá.
O que você diz é muito pertinente mesmo Fontenelle, só quero fazer umas colocações, quem considerava na verdade Hitler gênio militar era a propaganda de Joseph Goebbels os generais não pensavam dessa maneira, mesmo os mais nazistas eram a favor de um Hitler político e não militar.
Consideremos a formação militar de Hitler, ele era cabo, portanto, não podemos leva-lo a sério quando tentava discutir de igual para igual com marechais-de-campo, como Manstein,Rommel ou Rundestd (Desculpem a grafia meus artigos são de cabeça) Ele reivindicava para si duas autorias duvidosas primeiro a da Blitzkrieg, que pertencia de fato a Guderian e depois o plano de invasão da França que pertencia inteiramente ao General Von Manstein, seu mérito pessoal foi ver nessas idéias, boas idéias, que podiam serem postas em prática com possibilidade de sucesso, contra a oposição dos militares mais ortodoxos.
Quanto a Stalingrado uma decisão sem dúvida criminosa, de manter aqueles homens lá contra o conselho do Estado maior da Wermarcht, vejo pessoalmente dois motivos para sua atitude suicida, a primeira um indução (Exemplo) Traumático, e segundo uma fuga da realidade que o levou ao passado que conhecia mais que o presente, a primeira guerra mundial.
No primeiro motivo ele teria se traumatizado durante a campanha da Noruega quando assustado com a situação adversa que seus soldados das tropas montanhesas enfrentavam face a resistência combinada de Franceses, Ingleses e Noruegueses cogitou em abandonar a Noruega, o General Falkenhost comandante das tropas alpinas censurou Hitler duramente, e apresentou motivos táticos e estratégicos para permanecer otimista quanto a campanha, recusando a retirada, ele teria terminado a sua exposição da situação com uma frase dura para Hitler “Da próxima vez não tenha tanta pressa de levantar a bandeira branca” (Ele Hitler, nessa época, ainda era muito tolerante com seus comandados para ouvir e pensar no que diziam).
No segundo motivo parece que depois de Stalingrado Hitler perdeu a fé na sua Blitzkrieg e voltou no tempo para a estratégia de guerra estática da primeira guerra mundial ele achava que o exercito Alemão podia se manter indefinidamente numa linha defensiva como parecia ocorrer no primeira guerra, não levou em consideração que a realidade agora era outra não havia mais guerra estática ou você estava avançando ou retrocedendo, a realidade tecnológica era muito diferente da primeira guerra, os tanques e aviões da segunda guerra sempre permitiam que um exercito no ataque penetrasse nas linhas defensivas inimigas e desbaratasse todo o dispositivo inimigo, somente um contra-ataque poderia evitar o pior foi assim em Kursk durante a operação cidadela que levou a derrota aos germânicos, portanto o tempo que ele esperava para repor as perdas e produzir suas armas de terror (suas únicas esperanças agora) lhe era negado pelos constantes ataques soviéticos, os quais ele ajudou muito com as suas Festungs suicidas, Stalingrado foi culpa direta dele, a derrota final do Afrika Korps na Tunísia culpa dele, a derrota em Kursk dele, e a aniquilação do grupo de Exércitos Centro dele.
Não ha duvida que foi homem muito inteligente um Politico muito arguto capaz de jogar com as aspirações humanas como ninguém, mas não estava preparado para conduzir uma guerra mundial, era preciso domínio técnico para tanto, que se tivesse de fato talvez nunca iniciasse uma guerra que não poderia vencer.
Forjou o soldado alemão e a Alemanha, a Prússia.
Os prussianos se caracterizaram pela organização perfeita, respeito à autoridade, militarismo, eficiência e sacrifício.
No final da Segunda Grande Guerra Mundial, os russos e os norte – americanos, não hesitaram em eliminar a Prússia do mapa alemão. Apenas uma parte constituiu a Alemanha Oriental.
Caro Mauro, Hitler foi culpado tb por n ter conquistado moscou quando preferiu desviar suas tropas para a ucrania. guderian ficou louco.
Hitler tinha o maior general de campo em seu exército chamava-se Rommel, ele com toda sua inteligência sabia e avisou ao próprio da invasão na normandia,como estrategista ele se julgava ignorou deu no que deu!!
Será mesmo que os Americanos tomaram uma surra no Vietnã?
Só uma observação: os EUA nunca foram vencidos militarmente no Vietnã, apesar de sua incompetência em compreender perfeitamente uma insurgência. Foram vencidos politicamente, pela sua própria liberdade de expressão e excessiva liberalidade com a mídia. Por isso as ffaa dos EUA são hj voluntárias.