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Desvendando Adolf Hitler II: A Infância!


“Jamais senti por Dolfie aquele carinho que existe de costume entre irmão e irmã. Ele era tão distante, como se não fizesse parte de nossa vida…Era eu que sempre devia me ocupar dele, era para ele babá e empregada; devia satisfazer cada um de seus pedidos, mas não obstante isto, ele nunca pôde me suportar,… Lembro-me que, para fazer com que ele se levantasse de manhã, mamãe só tinha de me dizer: “Vá dar-lhe um beijo”: logo pulava da cama, não podendo suportar a ideia de ser beijado por uma mulher.” (Entrevista realizada com Paula Hitler, irmã mais nova de Adolf Hitler em 1958, dois anos antes de sua morte).

                Quando a família chegou a cidade de Liz em novembro de 1898, graças a mais uma transferência de Alois Hitler, Adolf tinha apenas 9 anos de idade. Ele consideraria Liz, a cidade mais “alemã” do Império Austríaco, como sua cidade natal. Ali, passaria o que chamou de “os anos mais felizes de sua existência”. Chegou para cursar o terceiro ano da escola primária. Logo estava com amigos e brincava alegremente nos campos ao redor da cidade. Nesse período teve os primeiros encontros com algumas literaturas que marcariam sua vida, curiosamente, uma delas era as aventuras de Karl May, contos do Velho Oeste americano, que ele iria nutrir um fascínio até o final da vida. Segundo Ian Kershaw:

“A maioria dos jovens deixaria para trás as aventuras de Karl May e as fantasias infantis depois que cresciam. Para Adolf, no entanto, o fascínio por esse autor nunca se apagou. No comando do país, ainda lia as histórias de May e as recomendava aos seus generais, aos quais acusava de falta de imaginação” (Kershaw, 2001).

                Até aquele momento, o próprio Adolf declarava aquele período escolar como ridiculamente fáceis, permitindo-lhe tempo livre. Contudo, nem tudo eram flores, pois o seu irmão, Alois Jr., deixara a casa da família para tentar a vida longe da rigidez paterna, e Adolf passou a ser o alvo das atenções do pai para continuidade da família. Alois Hitler achava que Adolf deveria se preparar para uma promissora vida no serviço público austríaco. Já Adolf não suportava a ideia de passar a vida atrás de uma mesa. Ele mesmo declara:

“Não tinha ainda 11 anos quando pela primeira vez em minha vida me rebelei… Não queria tornar-me um empregado…Não não! Tinha comigo conversas sem fim, cheias de entusiasmo e elogios para com esta profissão, mostravam-me como exemplo a carreira de meu pai; mas todas as tentativas tinham exatamente o efeito contrário…Um dia, de repente, percebi claramente qual era minha verdadeira aspiração: ser pintor. Artista!” (Hitler, 1926)

                Em 17 de novembro de 1900, Adolf inicia seus estudos na Realschule, uma escola técnica. Essa mudança foi a primeira grande dificuldade na vida do futuro líder alemão. Para frequentar a escola, tinha que enfrentar uma hora de viagem de Liz para Lambach. Não foi um período de sucessos, seu rendimento escolar variava entre medíocre para péssimo. Alguns comentários dos professores do jovem Hitler era que tratava-se de um garoto introspectivo e de poucos amigos. Seus professores deixaram algumas impressões ainda no período entre guerra, como por exemplo, o Professor Karl Mittelmaier, da Escola de Lambach: “Era um rapaz distraído, mas sensato. Trazia frequentemente um espelho, que usava para brincar com o sol”. Professor Eduard Hümer, professor de francês em Linz: “Era sem dúvida dotado, mesmo se só em algumas matérias. Mas não sabia controlar-se: o mínimo que dele se dizia é que era briguento, teimoso, presunçoso, sempre mal-humorado, incapaz de submeter-se a qualquer tipo de disciplina”.

Curiosidade – O primeiro amor

                Hitler nutriu na infância, segundo seu amigo August Kubzek, simpatia e grande amor juvenil por uma moça de família chamada Stephanie, com dois anos a mais que o jovem Hitler, muito provavelmente notou seus olhares furtivos. Para ela, Hitler escreveu várias poesias, nunca vistas pela moça, apenas pelo amigo Kubizek. Stephanie apareceria em seus poemas vestida de azul, montada em um cavalo branco em meio a campos cheios de flores.

                Nesse momento da história pessoal de Adolf Hitler observa-se uma virada, um garoto feliz e com bom relacionamento em Liz, passou a ser apático, distante e problemático nos anos seguintes.

                Na fria manhã de 03 de janeiro de 1903, Alois Hitler morria de causas naturais em sua casa. Foi o início de uma nova jornada. Nada mais poderia segurar Adolf nas exigências sobre seu futuro. Ele agora seria o senhor do seu futuro e, por consequência, determinaria também o futuro de outros milhões.

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  1. James
    24/10/2015 às 11:29 PM

    Isso , a história contada na verdade ! Não como querem …

  2. 25/10/2015 às 1:26 PM

    Ja na Infancia demostra que nao batia muito bem mau caracter!!!!!

  3. M. Moriarty
    20/11/2015 às 3:50 AM

    Tive a oportunidade de ver algum material com Paula Hitler inclusive uma entrevista sua, ela trabalhou algum tempo como camareira no Berghorf, sempre mostrou-se despeitada sobretudo com Eva Braun, sempre falava dela pelas costas, inevitavelmente Hitler viria a saber desse seu comportamento e tratou de afasta-la do seu convívio.

    Paula Hitler ou Wolf como Hitler solicitou uma vez a que mudasse seu nome, após a Guerra falou mal do irmão em entrevista atendendo ao desejo dos entrevistadores de construir um Hitler estereotipado, e com isto me parece conseguir mais condescendência dos vencedores, mas essa mesma Paula Hitler que falou mal do irmão nunca falava que quando a mãe de ambos Klara faleceu, Hitler renunciou a sua parte na pensão de órfão em seu beneficio, ela também não menciona que Hitler lhe concedeu apoio financeiro regular de 1930 até 1945, data de sua morte, Durante o Nazismo Paula compartilhou dos ideais nacionalistas do irmão, Paula nunca teve participação muita ativa na vida do seu irmão para saber muito sobre ele, e suas declarações visavam muito mais a melhorar sua imagem do que prestar informações confiáveis.

    “A maioria dos jovens deixaria para trás as aventuras de Karl May e as fantasias infantis depois que cresciam” (Kershaw, 2001). Bem aqui me parece mais uma daquelas tentativas do autor Kershaw de tentar induzir o leitor conduzindo-o através de uma opinião própria, ele tenta deformar o que me parece um simples gosto literário num defeito emocional de imaturidade, qualquer um de nos tem seus gostos alguns deles muito duvidosos sem dúvida, e penso que embora inofensivos se alguém se predispusesse a nos demonizar encontraria matéria farta nos nossos defeitos, tanto quanto nos defeitos de cada um, mas isso não seria uma apreciação racional e sim de apelo emotivo.

    Segundo Kershaw o pai de Hitler tinha conversas intermináveis com o filho a respeito de sua profissão, penso não haver nada de errado em alguém querer enaltecer-se mostrando as vantagens e as pseudo-vantagens de sua profissão ao filho, e em querer que o mesmo seguisse a sua profissão isso não demonstra autoritarismo exacerbado, pelo contrário penso que se o jovem Hitler tivesse seguido os conselhos do pai teria evitado muitos aborrecimentos ao mundo e seu pai não se afiguraria aqui sequer para que dele pudéssemos falar bem.

    “Professor Eduard Hümer, professor de francês em Linz: “Era sem dúvida dotado, mesmo se só em algumas matérias. Mas não sabia controlar-se: o mínimo que dele se dizia é que era briguento, teimoso, presunçoso, sempre mal-humorado, incapaz de submeter-se a qualquer tipo de disciplina”. Interessante nos meus estudos em filosofia li por diversas vezes que as virtudes, qualidades que nos possuímos e que nos permite ser úteis tem duas faces, “Semelhante a uma moeda” e que podemos interpretar a virtude de acordo com seu uso, e que também podemos confundir seu uso através de interpretações tendenciosas, por exemplo, sobre a força o bom uso que fizermos dela nos permite alcançar grandes benefícios, já o mau uso muitos prejuízos, em Plutarco “Vidas comparadas” Li uma interpretação do autor que visava a enaltecer um varão ilustre, aonde ele demonstrava que essas mesmas qualidades enumeradas por Kershaw através do professor Hümer, eram sinais de uma virtude latente e muito promissora, no lugar de briguento: competitivo, de teimoso: decidido, de presunçoso: convicto, mal-humorado: sério, indisciplinado: avesso a submissão pela vontade de outrem. Portanto a descrição de uma pessoa varia muito conforme se deseja apresenta-la basta optarmos por um dos lados da moeda e construímos ou um vilão ou mocinho, de acordo com o interesse a que servimos.

    Esse tipo de pensamento também vale segundo vejo, na tentativa de apresentar os esforços de Hitler como pintor, o jovem Hitler é apresentado como um sonhador desvairado, sem noção da realidade de seu próprio potencial, se o autor estivesse falando de outro personagem certamente haveria muito mais condescendência, sem dúvida a sua luta seria apresentada como um sinal de perseverança pelos seus objetivos, e que você nunca deve desistir mesmo que outros lhe digam que você está errado, ou não tem talento para a coisa, mas é claro no caso de Hitler a insistência é vista como sinal de distúrbio de personalidade.

    Também o medo compreensível gerado pela insegurança de um jovem de aproximar-se de uma moça, sentimento universal experimentado por qualquer jovem é aqui apresentado por Kershaw não sem ironia e sarcasmo sutil, alias podemos citar a própria Paula quando diz: “Vá dar-lhe um beijo”: logo pulava da cama, não podendo suportar a ideia de ser beijado por uma mulher.” A meu ver é bem claro o interesse sutil de apresentar dúvidas quanto a sua orientação sexual, em ambos os casos fugindo de figuras femininas, essas insinuação são bem conhecidas por alguns que estudam a fundo a II Guerra mundial, mas aqueles que verdadeiramente a estudam sabem que essa insinuação assim como muitas outras sobre Hitler e os nazistas, foi o resultado direto de um trabalho Inglês orientado para a difamação dos lideres nazistas, durante a guerra os Ingleses concluíram que essas calúnias seriam muito bem recebidas e que serviriam como injeção de animo no moral daqueles que as lessem, contudo como tiveram um caráter secreto foram tomadas como reais por muitos durante a guerra e tornaram-se matéria de pesquisa de muitos escritores considerados sérios que publicavam seus livros baseados nas “Pesquisas realizadas pelo staff composto de médicos, psicólogos e informações de pessoas que supostamente possuíam informação privilegiada sobre o inimigo” Assim as calunias foram e continuam sendo convenientemente mistificadas, parece que a ideia e que quanto mais o vilão for condenado (Mesmo que por mentiras), mais os mocinhos serão elevados (Mesmo que por mentiras).

    Por fim amigos conhecemos o vilão da historia “Hitler” É inegável que se trate de uma figura vingativa e cruel e que por seus erros de cálculos levaria a ruina da Alemanha e a perda da hegemonia mundial da Europa para EUA e URSS. Mas no meu entender não é a abordagem sobre o vilão que precisamos rever, mas a dos supostos mocinhos vamos condenar pelo entendimento de causa e efeito, nunca demonizar por mistificação. É ridículo o exemplo que temos dos EUA primeiro se associando com Josef Stalin na luta contra Hitler e o chamando de o bom e velho tio Joe, um perfeito assassino selvagem e um mau caráter presumido. Mas quando a guerra termina e com ela o seu interesse na amizade com os comunistas, sem nenhum pudor o discurso muda do dia para a noite o bom tio Joe vira a besta comunista a ser evitada e se possível destruída, isso ocorreu é claro em vista da ameaça aos interesses políticos e econômicos dos EUA e não para defender os interesses do mundo livre como eles afirmam, portanto nada se resume ao maniqueísmo do bem contra o mal, mas do pragmatismo amoral do jogo de interesses, mas ai só existem mocinhos e bandidos na cabeça de iludidos.

    Pessoalmente acho que certos acontecimentos históricos como a Segunda guerra mundial recebem por parte daqueles que tentam controlar a história, através das “Histórias oficiais” um tratamento de pregação religiosa eles pregam a sua “palavra” e pensam fazer um bom trabalho de mistificação de massas pela propaganda histórica, muito conveniente para a preguiça mental e o conformismo da maioria em colocar uma suposta verdade conveniente qualquer em algum lugar em que prevaleça uma inconveniente lacuna histórica.

    • 21/11/2015 às 10:25 AM

      Mauro,

      Evidentemente devemos considerar de forma bem clara as exposições dos autores, principalmente Kershaw. Não é possível desvincular evidência que fomentaram a personalidade de Hitler. A influência do seu pai, indiscutivelmente um homem duro com sua família, frustrado por não ter um único filho que seguisse seus caminhos, sua única esperança era Hitler, traz a compreensão de que a personalidade do futuro líder alemão foi sim influenciado pela dureza do trato do pai.
      Com relação a questão filosófica de sua personalidade, no campo teórico é bem discutível, conforme a percepção da mãe de todas as ciências. Acredito que a forma como Hitler se relacionava já transparecia sua personalidade ainda no processo de formação. Não obstante a sua fase boêmia, creio que se refere a mais uma fase de sua vida, sem pretensões ou objetivos claros, mas não posso concordar com o amigo quando diz que Hitler poderia ser exemplo de perseverança, pois ele posteriormente desiste de seus sonhos. Ele não se torna um pinto famoso como gostaria, portanto não pode ser estereotipado como exemplo neste aspecto.
      Por fim cabe ao leitor a interpretação do que contribuiu para determinar a personalidade de Hitler ou não. O resultado final é indiscutível! Os meios que contribuíram para isso é que são passíveis de análise.

      • M. Moriarty
        21/11/2015 às 11:40 PM

        Concordo quando você salienta a aplicação das interpretações a tudo referente ao assunto, essas são interpretações pessoais, minhas e ninguém precisa concordar necessariamente com elas, meu intuito é só de fazê-las conhecer afim de que se constituam em objeto de especulação aqueles que assim o desejarem faze-lo, como você pode perceber não é meu costume afirmar coisas e depois colocar um ponto final, como se o no enunciado não coubesse duas ou mais interpretações que pudessem ser desenvolvidas.

        Alguém poderia questionar minha autoridade em questionar o Kershaw, mas, por favor, fique atento ao fato de que Kershaw diverge de autoridades consideradas tão competentes quanto ele no assunto e que por sua vez, também é objeto de divergência de alguns outros igualmente competentes, portanto o exercício da discordância é normal nos meios acadêmicos não sendo obrigatoriamente objeto de divergências apenas entre os estudiosos diletantes do assunto.

        Quando você diz “não é possível desvincular evidências que fomentaram a personalidade de Hitler” não entendo bem ao que você se refere, pois a afirmação comporta dupla interpretação: A primeira: que o modo cruel de Alois tratar Hitler seria a “causa” determinante da influência na sua personalidade, se quiséssemos induzir, ou seja, generalizar a partir de um único exemplo então amigo ninguém teria nada mesmo a dizer, contudo podemos considerar o fato de que o tipo de educação que recebeu Hitler do pai era muito comum na época “Espancamentos eram visto como um recurso didático para se moldar o caráter, John Toland”, portanto podemos deduzir tratar-se de prática comum da época e não um caso isolado com relevância capital, porque se partíssemos de um raciocínio dedutivo, teríamos que comparar o exemplo de Hitler com o de milhares talvez de milhões de garotos Austríacos e Alemães nessas mesmas circunstâncias de vida e não encontraríamos paralelo algum de fator determinante (evidência) de causa de sua personalidade comparado aos outros exemplos.

        A segunda: Poderíamos pensar que você está se baseando direta ou indiretamente em “evidências psicológicas” atribuídas ao resultado de supostos estudos psicológico sobre esse assunto, que é o ramo que mais busca especular sobre esses tipos de relações, alias é ao que Kershaw apela constantemente nas suas especulações. Mas há algo que precisamos considerar amigo, psicológica não é considerada ciência, portanto não podemos especular que sua interpretação dos fatos seja determinante, ela apenas está no campo da investigação teórica, não possui evidências sólidas que corroborem suas afirmações, portanto não é o caso de desvincular evidência, pois uma evidência que se defende por si mesma com argumentos confiáveis não pode ser desvinculada, apenas uma evidência irrelevante pode ser questionada, pois os seus fundamentos são duvidosos, não possui relação relevante com aquilo que tenta provar, no máximo mostra-se tendenciosa ou acidental.

        Quando você desdobra o próximo tópico começando por “Conforme a percepção da mãe de todas as ciências” que é sem dúvida a filosofia, minha apreciação coincide com o tópico anterior de ceticismo sobre o que se afirma como verdadeiro, quando você afirma “Acredito que a forma como Hitler se relacionava já transparecia sua personalidade” e claro que conhecendo o futuro como você conhece é possível ser inequívoco numa apreciação como essa, porque o tempo e não uma investigação cientifica contemporânea a Hitler lhe deu essa certeza, esse mesmo tempo que desdobraria a Filosofia em múltiplos objetos de investigação, e que teria o lugar assumido pela psicologia nesse objeto especifico de investigação, que como esclareci não é considerada ciência, mas que se baseia apenas em pressupostos teoréticos (Por exemplo, um psicólogo pode afirmar que alguém sofre de distúrbio bipolar baseado na comparação de comportamentos idênticos entre si, mas ele não pode provar nada cientificamente, pois não existe um exame clinico que comprove tal afirmação, como um exame de urina pode comprovar uma infecção urinaria). Portanto a sua afirmação pode ser verossímil no máximo e teorética, mas continua carente de relevância comprobatória, continuamos na incerteza de tudo.

        Curiosamente você fala “Não posso concordar com o amigo quando diz que Hitler poderia ser exemplo de perseverança”, eu também não concordaria comigo se de fato tivesse dito isso, mas uma leitura mais atenta do que escrevi, mostra claramente que eu não disse isso, eu através do exemplo de Plutarco apenas ressaltei que aquilo que consideramos por virtudes podem ser alvo de interpretações divergentes por outros, conforme as próprias interpretações de Plutarco em “Vidas comparadas” Aonde ele compara a vida de homens ilustres, mostrando ocasionalmente preferencia por uns e outros, aqueles que prefere, lhes outorga um tributo e o nomeia como virtude, aos que não admira, quando é forçado a admitir nele o mesmo atributo o interpreta negativamente como se fosse um vício, resumindo tudo numa questão interpretativa. E tudo o que resta no final amigo não passa de falácia de autoridade, ou seja, é verdadeiro porque Kershaw é uma autoridade no assunto, deve ser porque escreveu livros muito lidos e tem o reconhecimento de muitos que concordam com ele, mas sua credibilidade deve ser reconhecida por seus argumentos postos a prova e confirmados sem dúvidas e não por sua reputação. O que diria a você sobre isso amigo é que alertado sobre a falácia da interpretação das virtudes eu próprio não confundiria perseverança com fanatismo, a perseverança é uma qualidade que denota persistência com o domínio da razão na busca aos seus objetivos, O fanatismo é cego na razão, busca seus objetivos como uma realidade que lhe foi revelada de maneira inequívoca e infalível, e está claro para mim amigo Miranda a qual atributo Hitler pertence, espero ter lhe esclarecido o que eu quis dizer de fato.

        Essa meu amigo é minha opinião, não tenho nenhuma pretensão de estabelecê-la como uma verdade absoluta, (Mesmo porque verdades absolutas não existem), é apenas com o intuito de ser ouvido, e é por isso que coloco aqui no seu Blog aonde todos tem seu direito democrático de expressão garantido por você, se temos dúvidas elas podem ser expressas na certeza de que serão respeitadas com questionamentos responsáveis, argumentos contra ou a favor de argumentos, nunca por discriminações, é por isso que continuo sempre parabenizando sua postura, ora condescendente ora didática mas sempre tolerante com todos.

        Minhas saudações a você F.M.

      • 24/11/2015 às 11:31 AM

        Minha admiração por suas colocações são independentes de posições, pois nos permite “pensar”, nobre amigo MM. As disseções são salutares quando expressam as várias perspectivas do fato histórico, cabendo a quem acompanha nossas considerações a teoria que mais se aproxima da elucidação histórica.

        Minha opinião é que qualquer historiador, contemporâneo ou não, não possui unanimidade, Kershaw com certeza não é a exceção. Posso elencar algumas dezenas de historiadores renomados que possuem argumentação conflitantes sobre fatos históricos consagrados. Como você sabe, faz parte da ciência a exposição e análise de visões conflitantes.

        O que é cabível de entendimento é que o ambiente familiar de Hitler, fato irrefutável do meu ponto de vista, foi sim um dos fatores para acentuar sua personalidade futura, contudo concordo com a percepção do amigo que a dureza da educação patriarcal do final do século XIX era bastante comum, mas acredito que cada individuo reage segundo uma pré-disposição.

        Nenhuma argumentação postada ou incluídas nos comentários são finalísticos por sua natureza, pelo contrário, traz mais de uma perspectiva, argumentação e contra-argumentação são elementos importantes na formação de uma visão histórica conscientes. Por isso, prezo demais por suas considerações e respeito profundamente suas colocações, não obstante as minhas contra-argumentações, elas são necessárias para lançar mais luz sobre uma personalidade tão importante para a História.

        Hitler é, segundo uma macro visão pessoal, um perfeito alinhamento entre o produto de seu período, oportunidade, pensamentos consagrados de um arianismo proveniente ainda das ideias positivistas do século anterior. Esses, do meu ponto de vista, são os elementos que contribuíram para formação desse estadista.

        Do mais ratifico que seus comentários sempre serão bem vindos!

        Forte Abraço!

  1. 07/11/2015 às 6:05 PM
  2. 22/12/2015 às 9:41 AM

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