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Dia D – Relatos de Omaha – Parte I
As operações anfíbias no Dia D em Omaha Beach foram temas de longas discussões desde o dia 06 de junho de 1944 até os dias atuais, e seus desdobramentos a partir do número elevado de baixa foram citados pelos críticos várias vezes, em contrapartida, todos são unanimes em afirmar que, havendo a invasão na Normadia, a única alternativa para operação era tomar aquele trecho de praia. Segue abaixo alguns relatos de fontes diversas, para fazer jus, citaremos a fonte no final de cada post:
O Plano
O plano da Overlord para Omaha era preciso elaborado. Tinha o 116º Regimento da 29ª Divisão do Exército dos Estados Unidos, penetrando pela direita (oeste), apoiado pela Companhia C do 2º Batalhão das Tropas de Assalto Anfíbia (os Rangens). O 16º Regimento da 1ª Divisão penetraria pela esquerda. Seria um ataque linear com os dois regimentos penetrando com as companhias em conjunto. Havia oito setores da esquerda para direita chamados Charlie, Dog Green, Dog White, Dog Red, Easy Green, Easy Red, Fox Green e Fox Red.
As primeiras levas constituíam em dois batalhões de cada um dos regimentos, chegando às praias numa coluna de companhias, com terceiro batalhão avançando atrás. Á frente das equipes de assalto estariam os carros de combate, equipes de demolição submarina da Marinha e engenheiros do Exército. Cada equipe de assalto e as unidades de apoio tinham tarefas específicas para executar, todas aparelhadas para abrir as saídas. Quando a infantaria suprimisse qualquer tipo de fogo vindo dos alemães.
Em seguida, as próximas levas de embarcações de desembarque trariam reforços num rigoroso e severo horário destinado a empregar um poder de fogo que iam de M1 a obuseiros de 105mm, além de carros de combate, caminhões, jeeps, unidades de saúde, pessoal de controle de trafégo e pessoal administrativo.
Por volta da hora H mais 120 minutos, os veículos estariam subindo o barranco aberto para o cimo do penhasco e começando a deslocar-se para o interior na direção de seus objetivos no Dia D em Vierville, St.-Laurent e Colleville, rumando depois para Pont-du-Hoc ou para tomar Trevières, a oito quilômetros de Omaha.
Mas como citado por Eisenhower: “os planos são tudo antes da batalha, mas inúteis assim que travada”
Os problemas
Com exceção da Companhia A do 116º, nenhuma outra unidade desembarcou onde se esperava. Metade da Companhia E estava a mais de um quilometro do alvo, a outra metade a mais de dois quilometro a leste do setor. Consequencia dos ventos e da maré. Vento noroeste de dez a dezoito nós criava ondas de 90cm a 1,20m, que empurrava as embarcações de desembarque da direita para esquerda.
Por volta da Hora H, não só os barcos estavam fora da posição, como também os homens neles confinados, enjoados, infelizes. Muitos haviam descido pelas redes de corda para a embarcação quatro horas antes.
Pelo menos dez dos 200 barcos na primeira leva afundaram; a maioria das tropas foi apanhada pelos barcos de salvamento da Guarda Costeira, depois de horas na água; muitos se afogaram pelo excesso de equipamento.
De um modo geral, os homens da primeira leva estavam exaustos e confusos mesmo antes que se travasse qualquer batalha. Todavia, a aflição causada pelo borrifo que os atingia no rosto com cada onda e pelo enjoo que sentiam era tal que eles estavam ansiosos para atingir a praia, sentido que nada poderia ser pior do que ficar nos malditos barcos Higgins.
Relatos
“Alvo Dora – Fogo!”, gritou o tenente Frerking ao telefone. Quando a bateria abriu fogo, atirados alemães ansiosos, por toda área, puxaram seus gatilhos. Á esquerda de Frerking havia posições MG-42; à sua frente uma posição fortificada de morteiros; nos declives avançavam do penhasco, soldados de infantaria em trincheiras. Eles entraram em ação.‑1
No barco da Companhia A que liderava o percurso, o LCA 1015, o capitão Taylor Fellers e cada um dos seus homens foram mortos antes que a rampa fosse baixada. Simplesmente evaporou em uma explosão. Ninguém jamais soube se resultado de te atingindo uma mina ou de ter sido atingido por um 882
Por toda a praia as metralhadoras alemãs estavam lançando fogo de monstruosa proporções sobre os desafortunados americanos (um metralhador ao lado de Frerking no ponto forte 62 disparou 12 mil cartuchos naquela manhã ). Por causa dos desembarques feitos no lugar errado os soldados achavam-se aglomerados, com grandes lacunas entre os grupos, de até um quilometro de comprimento, o que permitiu aos alemães concentrar seu fogo.
O Soldado John Barnes, da Companhia A, 116ºm estava no LCA. Ao aproximar-se da praia, em linha com onze outras embarcações, alguém gritou: “Dê uma olhada! Aí está uma coisa que contaremos a nossos netos!”
“Se vivermos”, pensou Barnes
CONTINUE ACOMPANHANDO – PRÓXIMO POST 20/30/2011
1. Carell, Invasion – They’re Coming!, p.76
2. Joseph Balkoski, Beyond the beachhead
III Reich – EM CORES – LIFE
Aos olhos da imprensa internacional o III Reich fez várias iniciativas para transparecer um regime forte, organizado e de grande coesão. Por isso, toda a imprensa era convidada a participar das festividades nazistas e seus comícios suntuosos e com alto grau de culto à pátria. Segue abaixo o acervo da revista Life que durante todos os anos 30 e início dos anos 40 registrou as várias faces exibidas pela Alemanha Nazista.