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Informações Gerais – Blog
Aos Visitantes,
Agradeço a todos que acompanham o meu blog e a todos os comentários que tenho recebido ao longo desses meses, fico muito feliz em saber que os posts estão sendo bem recebidos e despertando o interesse de tantas pessoas, sabendo que algumas dessas pessoas são notadamente entendidas e estudiosos da Segunda Guerra Mundial e outros assuntos que vez ou outra são publicados. Por isso, gostaria de abrir um canal de comunicação direto com os visitantes e trocar informações e experiências para aprimorar nossos conhecimentos.
O email que informo abaixo poderá ser utilizado por todos vocês, para enviar sugestões, críticas ou até mesmo enviar artigos para ser publicado aqui no blog, sintam-se à vontade para deliberar sobre qualquer assunto. Prometo que irei responder a todos os emails e, caso queiram, enviar materiais exclusivos que ainda vão ser publicados.
blogchicomiranda@gmail.com
100 Melhores Filmes de Guerra – A Cruz de Ferro – 09
Quem realiza pesquisas, seja ela da segunda guerra ou outro período histórico e vai assitir um filme, passa o tempo inteiro analisando os cuidados que a produção teve com a veracidade dos acontecimentos, e claro, ao final, sempre tem uma ou outra observação a fazer. Por isso, para que possamos abrir nosso leque de produções que apresentem como “pano de fundo” os conflitos que marcaram a humanidade, estou lançando uma série de posts que elencam os 100 melhores filmes de guerra de todos os tempos, claro, estou colocando minha lista, e vou colocá-la propositalmente em ordem aleatória, deixando os 05 melhores colocados para o final da série. Faça a sua Lista ou acompanhe a nossa!
PS. antes que alguém critique o post, lembrem-se, é só uma brincadeira!!
A Cruz de Ferro (Posição 09)
Neste clássico antibelicista, a Segunda Guerra Mundial é mostrada sob os olhos dos alemães. O diretor Sam Peckinpah mostra que os soldados que combateram com o uniforme nazista eram vítimas dos senhores da guerra. O sargento Steiner (Coburn) participa de uma batalha sangrenta contra as tropas russa, na qual morre o bravo tenente Meyer, líder do pelotão. Só que o capitão aristocrata Stransky (Schell) diz que comandou os soldados na luta e reivindica a Cruz de Ferro, medalha concedida por bravura no campo de batalha. Stainer nega-se a corroborar a farsa. Covardemente, o capitão escarra na honra militar e se vinga do sargento.
Sam Peckinpah não se vale de meias palavras ou meias imagens para reconstruir a carnificina da Segunda Guerra Mundial. As cenas, cruéis e violentas, lembram que o sofrimento não foi privilégio dos Aliados. O enredo é universal: enquanto sonham com o poder, uns poucos alimentam o conflito com sangue da ralé. Em A Cruz de Ferro, a ambição é o estopim, a faísca e o combustível da guerra. E a terrível constatação é que mesmos os vencedores terminam vencidos.
Título Original: Cross of Iron
País: Reino Unido / Alemanha
Ano: 1977
Direção: Sam Peckinpah
Elenco: James Coburn, Maximilian Schell, James Mason, David Warner.
Curiosidade: Os soldados russos entoam uma cança iugoslava, pois os atores eram iugoslavos e não conheciam músicas russas. Ninguém da equipe percebeu, e a cena ficou assim.
Berlim – A Divisão de Uma Cidade Derrotada!
É criada a Comissão de Controle Aliado para administrar a Alemanha derrotada, e em 05 de junho de 1945 é realizado encontro dos Aliados para emitir a primeira Declaração Oficial. Ficou decidido que a Alemanha iria ser dividida em quatro zonas de ocupação. Berlim seria administrada por um governo Aliado. Os quatro membros da comissão são o Marechal Bernard Law Montgomery, o general Dwight Eisenhower, o marechal Zhukov Gregor e o General Jean de Lattre de Tassigny.
O General de Lattre viaja para Berlim para participar do encontro. Em um campo de pouso, ele é cumprimentado por dois generais soviéticos, uma guarda de honra e um desfile da infantaria do Exército Vermelho.
Os membros da comissão, em seguida, se encontram no QG das forças soviéticas para assinar o acordo que cria as zonas de ocupação aliadas.
O General de Lettre, acompanhado pelo marechal Zhukov e vários militares e civis, visitam os manumentos danificados da cidade, como a Embaixada da França, o Portão de Brandeburgo e Unter den Linden Avenida.
Prisioneiros de Guerra – Os Alemães de Pernambuco
Após a declaração de guerra com as potências do Eixo, o Brasil foi obrigado a alinha a política de campo de concentração adotado pelos Aliados, portanto em várias cidades do país e em alguns presídios foram transformados em área de exclusão social dos alemães, italianos e japoneses, passando a serem observados de perto pelo poder público. Nesses locais eram proibidos se comunicarem ou lerem livros em seu idioma materno. No Estado de Pernambuco houve uma situação peculiar, tendo em vista que a Companhia de Tecidos Paulista, tecelagem da família Lundgren que, expandindo suas organizações, deu origem às Casa Pernambucanas, tinha em seu quadro vários funcionários de origem alemã e, muitos deles, declaradamente nazistas. Esses funcionários, trazidos, geralmente para ocuparem cargos especializados e de direção da fábrica, foram objeto de investigação policial, que identificaram a necessidade de intervir diretamente na fábrica em 1942 com um processo de sindicância sob o comando da 7ª Região Militar. Portanto, ficou decidido manter “severa vigilância” por parte da Delegacia de Ordem Política e Social sobre todos os “estrangeiros do eixo” da cidade do Paulista no Estado de Pernambuco. Inclusive os próprios Lundgren foram vistos como sendo suspeitos de serem da Quinta-Coluna; os industriais Alberto Lundgren e Frederico Lundgren, de origem sueca, e identificados como de origem alemã foram hostilizados, mas eles possuíam grande prestígio junto as autoridades estaduais, municipais e policias no Estado.
Com a entrada em definitivo do Brasil na guerra, em agosto, foram realizadas uma severa repressão aos alemães em Paulista. Através da Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) passou instruções quanto ao comportamento que deveriam seguir, todos os funcionários e seus familiares. Entre as restrições estavam a de não poderem residir em outra cidade, exceto Paulista e não poderem se ausentar da cidade sem licença da Secretaria de Segurança Pública, exceto para viagens a Recife para compras e tratamento médico. Não poderiam fazer reuniões e de permanecerem próximos ao litoral e não poderiam realizar excursões a cavalo e deveriam entregar a DOPS todas as máquinas fotográficas para serem fechadas em uma caixa e lacradas.
Em 22 de novembro de 1942, nos arredores da cidade do Paulista, foi criado o Campo de Concentração Chã de Estevão, recebendo alemães que foram trazidos do Presídio Especial do Recife e depois passou a comportar vários funcionários de origem germânica da Cia de Tecidos Paulista. O campo vigorou até 30 de agosto de 1945, controlado pelo sargento Oscar Casado de Albuquerque, acompanhado de dois soldados e uma investigador encarregado de serviço.
Ficaram internados 23 dos 47 funcionários alemães da Companhia. Todos eles chegaram ao Brasil entre os anos de 20 e 30. A maioria eram solteiros, e os casados, normalmente com esposa alemã, tinham filhos nascidos no Brasil.