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Bombardeio Sobre Tóquio: Triste e Esquecido
Publicaremos mais uma série do excelente tradutor A. Raguenet (webkits) que também traduz a série de publicações: Rússia, 1941. Uma Guerra Sem Louros. Desta vez ele trabalha o livro Flyboys do autor James Bradley, que trata um assunto de extrema importância histórica, os bombardeios sobre a cidade de Tóquio que utilizavam B29 e arrasaram com a cidade. Vale a pena acompanhar:
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Amigos, traduzo aqui também um dos capítulos do livro Flyboys do autor James Bradley, mesmo autor do livro Flags of our Fathers.
O capítulo trata sobre o bombardeio incendiário da cidade de Tóquio entre a noite do dia 9 e a madrugada do dia 10 de março de 1945. Uma história de arrepiar.
Na noite de 9 de março de 1945, foi possível ouvir sobre a ilha de Chichi Jima, pertencente ao mesmo arquipélago que Iwo Jima no Pacífico Sul, um som completamente diferente vindo da escuridão. Durante horas, um longo feixe de bombardeiros americanos B-29, 334 no total, voava em direção norte a uma baixa altitude. Geralmente os aviões voavam em pequenos grupos, mas dessa vez era diferente. O som concentrado dos motores cortava a noite avisando que havia algo fora do normal.
O médico japonês Mitsuyoshi Sasaki, lotado na ilha, disse: “Enquanto os aviões passavam por sobre nós para bombardear o Japão, os homens em Chichi Jima começaram a lembrar dos seus irmãos, irmãs e mães e sentiam como se aquele som fosse o de suas mortes.” O oficial Fumio Tamamura contou que “Nós enviamos mensagens por rádio para Tóquio de que os B-29 estavam a caminho. Nós sabíamos o que estava por vir.”
Mas na realidade, ninguém sabia. Ninguém podia imaginar o que aconteceria durante as horas daquela noite de 9 de março e nas primeiras horas da manhã do dia 10 de março. A maior carnificina de seres humanos na história do mundo estava para acontecer. A aeronave, a qual algumas décadas antes era apenas uma frágil junção de pedaços de madeira e que a maioria dos especialistas militares acreditava que nunca seria um fator decisivo na guerra, iria provar a todos como sendo uma das mais eficientes máquinas de matar da história.
C O N T I N U A
Fontes:
http://www.saladeguerra.com.br/2012/03/horror-esquecido-o-grande-bombardeio-de.html
Guerra Aérea e Naval – Destruição em Alto Mar
Não tem escapatória! A guerra naval chegou a um nível impensado, com o advento das forças aéreas, os navios tiveram que compor em seus quadros uma força defensiva antiaérea que pudesse impedir ações dos aviões, por isso os Porta-Aviões eram temidos e caçados durante toda a guerra. Mas os embates eram invitáveis e afundamentos e quedas de aviões tornaram a guerra nos oceanos uma das mais duras já vivenciadas na guerra.
Okinawa – A Última e Dolorosa Conquista do Pacífico
Após a Batalha por Iwo Jima o caminho para a segunda maior ilha do Japão estava aberta, Okinawa. O Décimo Exército Americano invadem em 01 de abril de 1945 e encontra ligeira oposição inicial. Todavia, ataques kamikazes maciços são lançados contra a frota de invasão em 6/7 de abril. No segundo dia, um ataque naval, liderado pelo imenso encouraçado Yamato, é interceptado por um porta-aviões americano. O Yamato, três destroieres e um cruzador leve são afundados. Os cinco destroieres sobreviventes escapam, mas a perda do Yamato após as perdas em Leyte torna a marinha japonesa irrelevante.
Em 09 de abril até o final do mês, os americanos continuam a atacar a linha defensiva de Shuri no sul da ilha, encontrando fanática resistência em seu avanço. A guarnição japonesa é progressivamente dividida em três bolsões, que são destruídos até o fim de junho. Pela primeira vez os soldados japoneses começam a se render, sugerindo que o moral está se esvaindo. Não obstante, o número de soldados que combate até a morte, assim como o número de baixas americanas em Iwo Jima e Okinawa, levantam questões sobre o custo de um assalto final ao Japão.
Fonte: História da Segunda Guerra Mundial – David Jordan
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Sobre a Batalha de Okinawa, a história de um povo, a banalização do mal e a insustentável busca pela paz numa base militar.
Fonte: http://okinawabrasil.wordpress.com/
Quando se está em Okinawa, mal se pode imaginar o que este povo, seus mares e cavernas viram acontecer por aqui. Digo povo, mares e cavernas, porque poucas construções sobraram para contar essa história.
A Batalha de Okinawa foi talvez a mais sangrenta em terra que se passou no eixo do pacífico durante a Segunda Guerra Mundial. No Brasil, pouco sabemos sobre ela. Segundo escrito nos livros do colégio e nas apostilas do cursinho, o Japão, também fortemente influenciado por uma política imperialista e fascista, foi aliado da Alemanha e da Itália durante a II Guerra.
Foi no mês de abril de 1945 que a já empobrecida ilha de Okinawa foi invadida pelos Estados Unidos da América.
Com sua superioridade militar as tropas americanas rapidamente causaram um grande estrago na pequena ilha e o já enfraquecido exército japonês teve que recuar para o sul de Okinawa.
Neste processo, a cidade foi praticamente inteira destruída. Como muitas casas por aqui eram feitas de madeira e palha, em pouco tempo, Okinawa se tornou um grande incêndio e a destruição em cidade. Durante a batalha, que durou pouco mais de dois meses, o exército japonês teve mais de 100.000 baixas, o americano mais de 12.000. Mas, claro, quem sofreu mais com essa história foram os civis. Mais de 150.000 okinawanos perderam suas vidas.
Com suas casas destruídas e com a guerra (literalmente) pegando fogo, os okinawanos que sobreviviam aos ataques americanos tinham que se refugiar nas cavernas da ilha ou nos túmulos (ohaka) típicos de Okinawa (ainda preciso escrever sobre o ohaka).
No entanto, com o agravamento da situação e com o abandono das tropas japonesas pelo próprio governo japonês, a população local passou a temer não só os americanos, mas também o exército japonês. Com a escassez de alimentos, os soldados japoneses não só roubavam a pouca comida que estes sobreviventes conseguiam, mas também obrigavam-lhes a cometer suicídios coletivos e coisas do tipo.
Não são poucas as histórias de pessoas que viram seus entes queridos morrerem de fome ou malária, ou mesmo os que tiveram que conviver (ou seria con-morrer) com os corpos em decomposição dentro destas cavernas.
A Segunda Guerra e Seus Fronts em 70 Fotos.
Hitler elencou em sua obra literária os motivos da Alemanha ter perdido a Grande Guerra. Uma de suas colocações pesava exatamente no fato dos germânicos lutarem em dois fronts. Quando eclodiu a Segunda Guerra, Hitler chegou a lutar em vários fronts ao mesmo tempo. Enquanto permanecia na ofensiva soviética, trabalhava rigorosamente para manter a África com o seu general mais famoso. Ainda temos que contar com a Batalha do Atlântico e o bloqueio naval a Inglaterra, além, claro da já perdida Batalha sobre a Inglaterra. Ora, se todos esses fronts fossem reduzidos à importância de campanhas controladas e intensas, o resultado da guerra seria diferente? Bem, não queremos cogitar, mas com certeza sua estratégia poderia ser vencedora se tivesse mantido os territórios conquistados até 1942. O que podemos afirmar é que a luta em ambientes tão diferentes e completamente distantes um dos outro, nos releva um registro nunca visto antes na História das Guerras, e por isso essa se tornou Mundial, por ser travada em terrenos e climas que tornavam as batalhas com soldados especializados em determinada circunstâncias de combate.
Vamos mostra TODOS os fronts nas 70 FOTOS que contam a Segunda Guerra
- A Itália – A Chegada
- Ofensiva Aérea
- O Pacífico
- Frio Extremo da Frente Soviética
- Deserto da África