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Archive for 28/08/2011

Pinturas Soviéticas da Segunda Guerra – Final

Estamos encerrado a série  “Pinturas Soviéticas da Segunda Guerra” que para todos os efeitos tratam as pinturas de artistas das Repúblicas Soviéticas produzidas entre os anos de 1940 a 1945 ou que representaram esses anos.

Essa série tem um significado especial pelo fato de caracterizar um período tão sombrio da humanidade, com uma sensibilidade que apenas artistas que passaram e tiveram a experiência podem retratar. Em todos os quadros é latente a representação do desejo de paz, de vingança, de sacrifício pela pátria agredida e todos os sentimentos catalisados e expressados em aquarelas de pinturas que, diga-se de passagem, ficaram anônimas inclusive no pós-guerra . E nesse contexto o homem tem um talento de buscar externar suas esperanças com o seu talento, mesmo na irracionalidade da guerra os olhos do artista tiram beleza espontânea, onde, aos olhos do homem comum não há.

Essa última edição (particularmente é a minha preferida), trás a Queda do Reich. Mas não é boa uma análise segundo a tendência meramente ideológica ou se a produção artística foi usada por Stálin ou, até mesmo, com tristeza pela queda do derrotado ditador alemão. Acredito que a melhor análise dessas obras passam pelo sofrimento de um povo que perdeu milhões de filhos, mas lutou até o fim da guerra, na esperança de voltar para casa. Sintetizando a melhor visão dos quadros é uma visão do soldado, das pessoas e não segundo a análise política.

Para finalizar também a quadros que refletem o sentimento de pessoas que ficaram aguardando seus filhos, maridos e parentes e estes nunca mais retornaram, e essa regra vale para qualquer país envolvido. Além do sofrimento e das lembranças tanto anos depois dos grandes combates.

 A esses artistas a humanidade agradece…

Para quem não acompanhou a série:

Pinturas Soviéticas da Segunda Guerra – 1941/42
Pinturas Soviéticas da Segunda Guerra– 41/42 – Parte II
Pinturas Soviéticas da Segunda Guerra– 42/44 – Parte III
Pinturas Soviéticas da Segunda Guerra– 42/44 – Parte IV

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Guerra Civil Espanhola – O Ensaio – Parte 01

A tradição liberal pela primeira vez subiu ao poder com a Constituição espanhola de 1812  e tentou abolir a monarquia absolutista do antigo regime e estabelecer um Estado liberal. Assim, houve uma série de revoltas entre os liberais e monárquicos ao longo do século XIX. A Espanha permaneceu uma monarquia constitucional durante a maior parte deste período com breves exceções, como a Primeira República Espanhola. A monarquia sob Alfonso XIII durou de 1887-1931, mas a partir de 1923 a Espanha estava sob a ditadura militar de Miguel Primo de Rivera. Primo de Rivera prometeu eliminar a corrupção e regenerar Espanha, ele suspendeu a Constituição, estabeleceu a lei marcial e impôs um rígido sistema de censura.

No entanto, a reforma social foi deixada em segundo plano, a inflação disparou e depois de perder o apoio do exército, ele foi forçado a renunciar em 1930. Em 1931, Alfonso XIII concordou em eleições democráticas, o povo votou por uma República, o velho Afonso saiu do seu trono e foi para o exílio. A Segunda República Espanhola foi liderada por uma coligação de esquerda e centro, que aprovou uma série de reformas controversas, como a Lei Agrária 1.932, que distribuiu terras entre os camponeses. Estas reformas, juntamente com políticas anticlerical e militar que causou uma forte oposição.

Nas eleições de novembro 1933 o partido de direita CEDA conseguiu 115 cadeiras, enquanto o Partido Socialista só conseguiu 58. CEDA agora formava uma aliança parlamentar com o Partido Radical. Nos próximos dois anos, a nova administração acabaria com as reformas que tinham sido introduzidas pelo governo anterior. Quando um governo da Frente Popular progressiva foi eleito em fevereiro de 1936, com a promessa de reforma agrária realista, as forças conservadoras imediatamente começaram a planejar a resistência. Em julho de 1936, houve uma tentativa de um golpe militar, mas foi mal sucedido e o governo manteve-se no controle de grandes partes do país.

Os nacionalistas recorreram às ditaduras fascistas na Itália, Alemanha e Portugal para conseguir apoio, e logo começou a receber homens e suprimentos de Benito Mussolini, Adolf Hitler, Salazar. Com esse fato a guerra civil espanhola tomava corpo e não seria limitado apenas como um assunto interno da Espanha, em vez disso, tornou-se um símbolo da democracia contra o fascismo. O mundo ainda se recuperava dos efeitos da Grande Depressão e a Espanha republicana era visto como um farol de esperança e um provedor de soluções.

Além disso, o mundo estava conhecendo a política dos Estados que adotou um sistema totalitário – o Japão tinha invadido a Manchúria, no início da década, os italianos haviam invadido a Etiópia em 1935, Hitler estava sendo um demônio para os judeus na Alemanha – por isso, quando os fascistas envolveram-se na Espanha, as democracias precisavam agir.

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